Destaque em Ilha de Ferro, Erom Cordeiro lembra beijo gay deletado há 17 anos de ‘América’, em cartaz agora no Globoplay


Depois de atuar em “Pantanal”, o intérprete do bandido Playboy, em Ilha de Ferro, fala sobre “América”: “Na época, fiquei frustrado. Estávamos levando uma discussão importante para uma novela das 9, tinha um ibope gigantesco. Entrei nas últimas semanas, foi rápido, mas intenso, ainda mais eu sendo um artista, sendo gay”, diz e com um ritmo frenético de trabalhos para o streaming afirma: “Em geral, não existe férias para ator, existe desemprego, então, fico feliz e nunca fui contratado de emissora nenhuma”, diz

* Por Carlos Lima Costa

Gravada há 17 anos e, atualmente, no cardápio de novelas do Globoplay, “América” foi um sucesso, em 2005. Erom Cordeiro, que, nos últimos anos, se destaca em inúmeras séries, como agora em “Ilha de Ferro”, na qual mostra uma interpretação contundente na pele do bandido Playboy, vivia na trama de Glória Perez seu papel de maior destaque até então. Havia um envolvimento entre os personagens dele e de Bruno Gagliasso. Um beijo na boca foi gravado, mas o público que torcia, se decepcionou. A cena deste que seria o primeiro beijo gay das telenovelas foi cortada. Nessas quase duas décadas, a teledramaturgia avançou na pauta LGBTQIA+ e cenas de beijos entre pessoas do mesmo gênero foram exibidas nas mais variadas produções. Erom relembra o momento em que era um tema tabu e analisa o avanço.

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Erom Cordeiro, destaque em Ilha de Ferro e várias séries, recorda beijo gay deletado de América, novela que está no Globoplay (Foto: TV Globo/Renato Rocha Miranda)

“Em seguida fiz uma novela com atores portugueses (Paixões Proibidas) e ao tocar nesse assunto, me falaram: ‘Vocês ainda estão nessa?’ Não tem muito tempo, participei do “Orgulho Além da Tela”, documentário do Globoplay sobre personagens LGBTQIA+ dentro da teledramaturgia, onde disse que não tinha conhecimento sobre o  que tinha acontecido. Depois, soube que teve uma fala da Gloria Perez, dizendo que sumiram com a fita, que a cena foi deletada dos arquivos. Queria que aquele discurso fosse jogado na roda, com todo mundo discutindo e aceitando que existe também essa forma de amar, não é um bicho de sete cabeças. São pessoas que se amam, se atraem por outras do mesmo sexo. Ouvir isso, hoje, é simples. Naquela época, era uma questão pra gente. Vejo progresso na TV, nos streamings, mas ainda tem muito a caminhar na sociedade e na dramaturgia”, avalia.

Na época, fiquei frustrado. Estávamos levando uma discussão importante para uma novela das 9, tinha um ibope gigantesco. Entrei nas últimas semanas, foi rápido, mas intenso, ainda mais eu sendo um artista, sendo gay – Erom Cordeiro, ator

Bruno Gagliasso e Erom Cordeiro: Atores gravaram beijo gay na novela América, mas cena não foi exibida (Foto: TV Globo/Marcio de Souza)

No último dia 4, Erom celebrou seis anos de amor e parceria com o ator Rodrigo Bolzan com postagem em seu Instagram (“Muita estrada já trilhada e muito ainda a percorrer”, escreveu). Hoje, inúmeras personalidades falam abertamente da orientação sexual. Em outros tempos, atores e atrizes mantinham isso escondido, porque poderia prejudicar a carreira, principalmente dos galãs. O tabu não é mais o mesmo, o que importa é a qualidade artística do profissional. “Exato. Teve um grande avanço. Vemos as pessoas falando mais sobre isso, é bem mais tranquilo. Eu nunca tive esses personagens mais galãs. Apesar de fazer alguns que tinham uma pegada um pouco mais para esse lado, nunca tive um papel protagonista dentro de uma novela. Mas a preocupação sobre a questão da minha orientação sexual dentro da profissão sempre existiu. Não vou ser hipócrita de falar que pra mim sempre foi tudo bem. Em algum momento vinham me perguntar lá atrás. Ultimamente não, porque mais ou menos todo mundo sabia dentro da classe. Era mais o grande público que pela rede social veio a descobrir isso a pouco tempo. Agora, a família, meu núcleo de amizade, as pessoas com quem eu trabalhava, sempre souberam e mesmo assim, sempre me chamaram para personagens diversos”, relata.

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Rodrigo Bolzan e Erom Cordeiro: Seis anos de história de amor (Foto: Reprodução Instagram)

A preocupação maior era com o que ele via acontecer ao seu redor. “Não sentia esse preconceito me atingir, mas me dava uma angústia ver o que acontecia pra tanta gente, o preconceito e não só contra os gays ou lésbicas: a transfobia. Somos o país que mais mata pessoas trans no mundo. Esse tipo de violência sempre me deixou angustiado e indignado em relação a tudo que envolvia a nossa galera, enfim, nós gays, lésbicas, toda essa comunidade LGBTQIA+”, enfatiza.

PERSONAGENS VIOLENTOS NA TRAJETÓRIA

Recentemente, antes da estreia da segunda temporada de Ilha de Ferro, ele marcou presença também na tela da Globo, na série “Filhas de Eva”. Ambas foram exibidas originalmente no Globoplay. Por conta de seu personagem, Erom era xingado nas ruas. Assim, ele revela como os telespectadores tem reagido a “Ilha de Ferro”, na qual protagoniza cenas fortes e violentas na pele do bandido Playboy. “Na época do Julio Cesar, de ‘Filhas de Eva’, algumas pessoas paravam e comentavam que ele era malandro, mentiroso, 171 total. Nunca foi de forma agressiva. Elogiavam a série, o meu trabalho. ‘Ilha de Ferro’, eu gravei antes, em 2018. Rever agora foi curioso. O Playboy é um tanto demoníaco, sai querendo tocar o terror dentro daquela situação de buscar um dinheiro que ele descobre que o Bruno (Klebber Toledo), irmão do Dante (Cauã Reymond), tem, vai com sede e acaba matando. É um assassino, um bandido perigoso. Já falaram: ‘Nossa você está nessa batida com esses personagens um tanto violentos, sem caráter. O Playboy é violência e maldade pura”, comenta.

Erom Cordeiro, caracterizado com o bandido Playboy, na série Ilha de Ferro (Foto: Globo/Estevam Avellar)

Seguindo próximo dessa linha, ele fez breve participação em “Pantanal”, como Lucio, capanga contratado por Muda (Bella Campos). “É curioso. Ultimamente tem caído na minha mão personagens com essa pegada. Mas o Lucio tentou demover a Muda da ideia de vingança, antes de ir para as vias de fato. Enfim, ele assassina a Maria Marruá (Juliana Paes), e, depois, é morto pela entidade, o Velho do Rio (Osmar Prado), que se transforma em sucuri.

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Somos o país que mais mata pessoas trans no mundo. Esse tipo de violência sempre me deixou angustiado e indignado em relação a tudo que envolvia a nossa galera, enfim, nós gays, lésbicas, toda essa comunidade LGBTQIA+ – Erom Cordeiro

Na série “Supermax”, do Globoplay, ele já havia gravado com serpentes e uma píton. “A sucuri é um animal emblemático, lindo, mas ao mesmo tempo perigoso. Não tem peçonha, mas tem uma mandíbula, uma presa, um bote muito forte. Quando soube que ia fazer, fiquei com muita apreensão para o dia. Ao chegar em Aquidauana, onde pegamos o transporte para entrar no Pantanal, encontrei a equipe do Centro Amazônico de Herpetologia que vinha de Belém do Pará trazendo a Bonita (a sucuri). Foi ótimo conversar com todos. Foram atenciosos e cuidadosos. Na hora de gravar a cena, eu estava com medo, mas deu tudo certo. Agora, não tem como passar incólume por aquela situação, foi especial fazer a cena com aquele bicho incrível lá, onde eu nunca tinha ido e tinha vontade de conhecer. Temos que pedir licença e respeito para pisar ali”, observa.

Erom Cordeiro e a sucuri com a qual contracenou, em Pantanal (Foto: Reprodução Instagram)

E lembra da parceria com o intérprete do Velho do Rio. “O Osmar Prado é referência, um ator fantástico, pessoa incrível. Quando cheguei ao Pantanal, conversei muito com ele e foi muito lindo tudo que ele me falou e toda a entrega, esse trabalho de composição do Velho do Rio. Foi uma grande honra estar junto ali mesmo que tenha sido uma cena rápida. Essa é uma novela que está sendo muito feliz em todos os pontos, está todo mundo arrasando. Pra mim, foi uma grande alegria ter feito parte”, ressalta. Osmar integra também o elenco de Ilha de Ferro, mas em núcleo diferente.

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Erom começa a citar vários trabalhos recentes que tem transitado nesse universo. Ele está concluindo as gravações da terceira e quarta temporadas de ‘A Divisão’, série Globoplay, na qual interpreta um detetive da Polícia Civil, da Delegacia de Ações Anti-Sequestro. Em Os Últimos Dias de Gilda, no mesmo streaming, em 2020, deu vida a um policial miliciano. Em “Os Ausentes”, primeira série brasileira da HBO Max, que ele protagonizou, ano passado, seu personagem era um ex-delegado. “Esse universo está me rondando, é curioso pensar sobre isso. Realmente vem tendo essa constância desses papéis com essa pegada mais forte. Não tenho ideia formada do motivo disso estar acontecendo”, diz.

Vivemos um momento perigoso e delicado da nossa história – Erom Cordeiro

Se formos um pouco mais longe, em “Império” (2014/2015), já havia esse clima. “É verdade (risos), o Fernando virou um ciumento contumaz, com a ideia fixa de atrapalhar a personagem da Leandra (Leal) que o troca por outro (Rafael Cardoso). Unido com Cora (Drica Moraes) ele vira um sociopata, psicopata perseguindo os dois, querendo vingança”, diverte-se com a lembrança.

APARÊNCIA E ATUAÇÃO REMETEM A WILLEM DAFOE

Um pouco na aparência aliada ao desenvolvimento de sua atuação, em cena Erom remete a figura do ator hollywoodiano norte-americano Willem Dafoe. “Eu sou fã, sou louco por ele. Já me falaram algumas vezes da temperatura, até mesmo da aparência. Ouço isso de muito bom grado, pela referência dele que é um monstro, um ator incrível. Fico honrado com a comparação ou lembrança. Apesar de não pensar no jeito como ele atua, não me inspirar nele, mas é uma pessoa que orbita meu baú de referências de grandes atores e atuações”, afirma.

Erom Cordeiro tem gravado várias séries que tem a violência no centro da história (Foto: Ana Alexandrino)

No teatro, Erom também já interpretou papéis densos. “Agora, quando dá o corta no set ou quando acaba a peça, eu deixo tudo ali, não levo nada pra casa. Nem levo nada de casa para o personagem. Acho que todos nós temos essas zonas sombrias. A questão é como você tem a habilidade de acessar aquele tipo de emoção para determinada cena, personagem, história, mas me comparando a esses tipos, eu sou um cara muito leve”, frisa o ator, natural de Maceió, Alagoas, que há 27 anos mora no Rio.

TRILHAS E PREOCUPAÇÃO COM O MEIO AMBIENTE

Ter ido ao Pantanal foi fantástico para Erom, que costuma fazer trilhas como a da Pedra do Sino, cujo cume fica a 2.275 metros de altitude. “Sempre gosto de dar uma fugida para esses lugares. O Rio é um estado que proporciona isso. As florestas e cachoeiras na capital são inríveis. É sempre um escape para essa loucura da cidade e da intensidade do trabalho. Agora, gravando” A Divisão”, mesmo quando estava marcado às seis da manhã, eu acordava, às quatro e dava uma breve corrida e, às vezes, um mergulho no mar para começar o meu dia. É quase como um ritual de reenergização. Já tentei escalar, fiz pequenos treinamentos, mas não sou escalador. Geralmente essas caminhadas para a Pedra da Gávea, Pedra do Sino, que chamamos de escalaminhada, são trilhas que em algum momento você tem meio que dar uma breve escalada, mas nada muito íngreme ou perigoso. O grande barato não é só chegar no alto, é o ir e voltar, tem o esforço físico, psíquico, mental, que dá uma descarregada”, frisa Erom, que se preocupa com o meio ambiente. “Eu acompanho o que está acontecendo, a peleja dos povos originários, o que vai de encontro a questão do desmatamento, do garimpo, enfim, que faz com que os indígenas percam direitos em relação as suas terras. Eu poderia ser mais atuante, mas tento reverberar essa luta minimamente possível dentro das minhas possibilidades”, assegura.

Em geral, não existem férias para ator, existe desemprego. Só se você é contratado de uma emissora. Eu nunca fui contratado de emissora nenhuma – Erom Cordeiro

Profissionalmente, este ano de 2022 tem sido intenso para Erom. No primeiro semestre, gravou a segunda temporada de “O Rei da TV”, sobre Silvio Santos, para a Star Plus. A exibição deve acontecer no início de 2023. Ele interpreta um publicitário que chega para dar uma modernizada no SBT e bate de frente com Silvio ao tentar dar uma modernizada nos programas que já eram a cara da emissora. “Tem uma pegada ali de humor. Eu tentei achar dentro da história do SBT, mas não tem essa figura. Acho que ele é a junção de algumas pessoas que passaram por essa função “, conta o ator, que apesar de ter gravado a novela Revelação, no SBT, entre 2008/2009, nunca esteve com o apresentador.

COM CONTRATOS POR OBRA, ATOR EMENDA INÚMERAS SÉRIES

Trabalhos não tem faltado. Depois de “Pantanal”, ele participou da série “Todo Dia A Mesma Noite”, sobre a tragédia da boate Kiss (242 pessoas morreram no incêndio, na cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul, em 2013) que vai estrear no Netflix, com direção de Julia Rezende. Em seguida, filmou “O Vazio de Domingo à Tarde”, dirigido por Gustavo Galvão. Também fez a segunda temporada de “Natureza Morta”, série do canal Cine Brasil TV, dirigida por Flávio Frederico, onde interpreta um fotógrafo de moda, um psicopata, que na primeira temporada, acabava assassinando mulheres de olhos verdes. “A segunda temporada mostra a fuga dele e a delegada (Carol Castro) correndo atrás desse cara”, conta Erom, feliz com esse ritmo profissional de um workaholic.

Erom está no elenco da série O Rei da TV, sobre Silvio Santos (Foto: Ana Alexandrino)

“Claro, que tem momentos que a gente opta por não fazer um determinado trabalho, mas não existem férias para ator, existe desemprego. Só se você é contratado de uma emissora. Eu nunca fui contratado de emissora nenhuma. Foram sempre contratos por obra. Então, quando acaba um trabalho, tenho que estar preocupado com o que eu vou fazer, pois tenho contas para pagar. Mas além dessa necessidade, existe em mim também um grande prazer em emendar uma coisa na outra. Estou terminando “A Divisão” e estou indo para o Nordeste filmar o longa “Sem Coração”, de Nara Normande e Tião. Em seguida, vou começar um projeto de teatro, em São Paulo. Fico feliz de estar nesse ritmo, ainda mais após a pandemia, quando fiquei um ano sem trabalho, em casa, me coçando, preocupado com a vida, com dinheiro, contas a pagar. Eu sempre mergulhei de cabeça, mas quando o trabalho retornou, mergulhei ainda mais”, explica.

“Foram sempre contratos por obra. Então, quando acaba um trabalho, tenho que estar preocupado com o que eu vou fazer, pois tenho contas para pagar”, frisa Erom (Foto: Rael Barja)

Para ele, não ter contrato fixo tem sido bom. “Esse trânsito tem sido saudável. Claro que tenho feito muitos trabalhos para o Globoplay. Minha última novela mesmo, antes de “Pantanal”, tinha sido uma participação pequena no último capítulo de “Espelho da Vida”, mas minha última novela inteira foi “Império”, em 2014. Então, dentro da Globo e fora tenho feito mais séries. Ter esse vínculo por obra me permitiu também transitar por outros canais”, argumenta.

Este ano, Erom filmou participação no longa-metragem As Polacas, de João Jardim (Foto: Rael Barja)

O feminicídio, abordado, em “Natureza Morta”, tem sido tema frequente no noticiário policial. As mulheres sofrem com esse momento de violência, que também se observa na política. Existe uma onda de ódio no país. “É uma grande tristeza. Esse período que a gente está vivendo meio que mostrou realmente uma parcela da população que reverbera esse tipo de atitude. Espero muito que isso acabe, essa máquina de desinformação, esse discurso fascista. Em relação ao personagem, é claro que tenho uma leitura crítica de tudo que eu faço. Obviamente, ele tem essa pegada violenta, você pode falar que é um cara doente da cabeça, com disfunção mental, mas qual o limite dessa disfunção para simplesmente ser alguém que reproduz um padrão violento, a violência contra a mulher, a homofobia, a violência contra os indígenas, o racismo que está na base da nossa sociedade. Então, não dá para fazer de conta que está tudo bem”, pondera ele, que, em julho, fez ainda uma participação no filme “As Polacas”, do João Jardim, sobre as mulheres judias que eram trazidas para o Brasil com promessas de uma vida estável e eram jogadas dentro de um trabalho de prostituição. “Também violência extrema”.

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