Este 2018 que está chegando ao fim foi um ano de muitos aprendizados. E muitos desses ensinamentos vieram pelas colunas cheias de conteúdo do cirurgião plástico Dr. Alessandro Martins. Com larga experiência em reconstrução de mamas, ele formou-se no Instituto Nacional do Câncer (INCA) e divide a sua rotina entre os procedimentos, as consultas e a vida em sala de aula. Com os anos de experiência e o destaque profissional, Dr. Alessandro hoje também é coordenador do curso integrado dos serviços de cirurgia plástica no Rio de Janeiro e, com muita honra para o site HT, um dos colunistas mais lidos por aqui. Por isso, em sua última coluna do ano, a gente reuniu os seis temas abordados por ele que foram mais acessados neste 2018.
A prótese de mama é hoje em dia um dos procedimentos mamários mais comuns dentre as cirurgias estéticas. É procurada tanto por pacientes jovens quanto mais velhas. Existe uma lenda de que o fato da paciente ter um implante mamário possa ser um fator que poderia confundir ou mesmo dificultar o diagnóstico precoce de um câncer de mama. Entretanto, essa afirmação não é verdadeira. O fato de você ter uma prótese não impede de você fazer diagnóstico do câncer, uma vez que hoje em dia a gente tem uma grande evolução das técnicas de imagem, entre elas, o desenvolvimento da ressonância nuclear magnética. A ressonância é o exame de escolha para fazer o acompanhamento das mamas em pacientes que foram submetidas a essa cirurgia, servindo tanto para avaliar complicações do implante, como para ver doenças benignas ou malignas na mama.
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A rejeição é uma dúvida muito comum entre pacientes que vão ser submetidas a uma cirurgia para inclusão da prótese de silicone. O silicone é um material inerte e, apesar de ele realmente ser um corpo estranho, foi projetado para não causar reações alérgicas ou imunológicas ao corpo da paciente. Quando a prótese é colocada, forma-se uma cápsula ao seu redor, que é fundamental para o processo de cicatrização. Ela, teoricamente, separa a prótese da mama, ou seja a prótese, que é um corpo estranho, da mama, que é o corpo da paciente. Essa é a evolução normal cicatricial das cirurgias para a inclusão de prótese Entretanto, algumas complicações podem ocorrer durante o pós-operatório.
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Há pouco mais de 20 anos, as próteses eram feitas com uma uma membrana na porção de silicone externa, que era mais fina. Enquanto o gel de silicone, que era o conteudo dessa prótese, era mais fluido. Com o passar dos anos, essa membrana externa ia sofrendo ação do corpo e, muitas vezes, acabava danificada e o seu conteúdo interior extravasava e acabava entremeado ao tecido mamario. Por conta disso, essas próteses antigas sempre vinham com a indicação – tanto da empresa fabricante, quanto dos cirurgiões plásticos – de ser trocada de dez em dez anos por conta do risco desse rompimento. Hoje em dia, essa tecnologia da prótese evoluiu bastante e as atuais possuem membrana mais espessa e mais resistente, enquanto o conteúdo do gel de silicone passou ter mais coesividade, com isso, mesmo que a prótese seja rompida, esse gel nao tem a capacidade de extravasar. Ele continua dentro da protese, porque ele não é mais fluido. Por isso, essa ideia de que é obrigatório trocar a prótese de mama de tempos em tempos caiu por terra.
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Os implantes de glúteos atualmente são muito modernos, tecnológicos e altamente resistentes. Feitos de silicone e na maneira adequada são colocados dentro do músculo glúteo máximo – um dos maiores do corpo e que dá formato à região. Não se pode colocar mais os implantes glúteos no subcutâneo, porque, além de ficarem muito evidentes, acabam apresentando complicações. É um mito dizer que a (o) paciente não vai poder sentar e ter que ficar de barriga para baixo. Ela (e) sai andando do hospital. A orientação é que, ao sentar, direcione o peso para a frente. Na verdade nós sentamos em cima das pernas, e dessa maneira os glúteos ficam protegidos, por isso esse aconselhamento.
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Existem vários fatores que contribuem para a flacidez na região que vão desde material genético até gravidez e menopausa. Não existe meio de prevenir este diagnóstico, mas é aconselhável que as pacientes evitem perder e ganhar peso de forma descontrolada ao logo da vida. “O objetivo é devolver o volume e o formato bonito da mama que foi perdido ao longo dos anos, respeitando sempre o biotipo da paciente, o seu desejo de resultado e uma coerência das técnicas cirúrgicas disponíveis no mercado”, explicou. As mamas de mulheres acima de 50 anos sofrem alterações em seu formato, qualidade da pele, volume e consistência devido a vários fatores. “A maioria já teve filhos e, durante a gestação, parte do tecido glandular, que confere firmeza e forma para as mamas, se transforma em gordura, que é mais mole, devido à alteração hormonal do período e à própria amamentação. Com isso, as mamas tendem a esvaziar o seu colo e a sofrer um grau de queda”, comentou.
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A ideia de barriga negativa, quadris largos, coxas grossas e glúteos projetados é um padrão bastante procurado pelo brasileiro, mas o importante quando se trata de cirurgia para a melhora do contorno corporal é se compreender que da mesma forma – como todos os tipos de cirurgia plástica – cada pessoa tem uma estrutura corporal, e isso não pode ser alterado e que não deve ser modificada pela cirurgia plástica. É importante respeitar o biotipo de cada um e suas diferenças corporais para se obter uma harmonia corporal, como contei na minha coluna específica sobre contorno corporal há 15 dias. Dando prosseguimento ao tema, destaco alguns tipos de lipoaspiração, tipos de pacientes indicados para fazer essa cirurgia, novas tecnologias e a importância da segurança para se ter um resultado harmonioso. Lembrando que a lipoaspiração é indicada para pacientes com pouca flacidez cutânea, com gordura localizada e que estão dentro da faixa de peso considerada normal.
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