SENAI CETIQT preservando a memória do país: projeto ‘Design, Moda e Cultura: Memória Viva é Memória Preservada com Eva Klabin’ é apresentado na Argentina


O projeto foi idealizado pela professora de história da indumentária do SENAI CETIQT, Ana Paula Carvalho. Com a ajuda de Paulo Fulco, especialista em modelagem e desenvolvimento de produto, Ronaldo Luiz de Souza, engenheiro especializado em processos têxteis, e da professora Gisela Monteiro, alunas do curso de Design de Moda estão tendo a oportunidade de catalogar peças históricas do vestuário da lendária colecionadora e mecenas das artes Eva Klabin (1903-1991) e ainda farão uma releitura das roupas para os dias de hoje

SENAI CETIQT inova e aumenta ainda mais o nível de expertise de seus estudantes. A empreitada da vez, além de ser um diferencial acadêmico, instiga os alunos a se preocuparem em manter a memória do nosso país. A iniciativa ‘Design, Moda e Cultura: Memória Viva é Memória Preservada com Eva Klabin’ é um projeto de iniciação científica promovido pelo SENAI CETIQT em parceria com a Casa Museu Eva Klabin, na Lagoa, e que ganhou projeção internacional. Cinco alunas do curso de Design de Moda estão tendo a oportunidade de catalogar peças históricas do vestuário da lendária colecionadora e mecenas das artes Eva Klabin (1903-1991) e ainda farão uma releitura das roupas para os dias de hoje.

A importância deste projeto é tão grande que o levou ao exterior. O preview da iniciativa foi exibido no XIII Encuentro Latinoamericano de Diseño, em Buenos Aires, na Argentina, e o resultado final poderá ser conferido na própria Casa Museu Eva Klabin no dia 1º de dezembro. Na ocasião, os estudantes vão expor os seus trabalhos e os resultados das pesquisas.

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Ruth Levy, assistente da curadoria da Casa Museu Eva Klabin, ao lado das alunas do SENAI CETIQT Raíssa Campos e Claudia Helena e os professores Ana Paula Carvalho, Paulo Fulco e Gisela Monteiro (Foto: Divulgação)

O projeto foi idealizado pela professora de história da indumentária do SENAI CETIQT, Ana Paula Carvalho. Com a ajuda de Paulo Fulco, especialista em modelagem e desenvolvimento de produto, Ronaldo Luiz de Souza, engenheiro especializado em processos têxteis, e da professora Gisela Monteiro, a iniciação científica foi tomando forma. “Pesquisamos o guarda-roupa de Eva Klabin, que, além de colecionar na linda casa da década de 30, em estilo normando, importantes exemplares das artes plásticas, conservou um acervo têxtil extraordinário com mais de 80 peças assinadas por renomados estilistas internacionais e brasileiros. A partir disto, recolhemos todas as informações possíveis sobre cada roupa, desde materiais utilizados na fabricação, tipo de costura e acabamento até a ocasião usada por Eva Klabin. Sendo assim, a ideia é resgatar os trajes para que os alunos possam fazer uma releitura deles”, comentou Ana Paula.

Foram selecionados cinco conjuntos do acervo e, a partir deles, cada uma das cinco alunas de iniciação científica terá que criar uma peça para ser exposta no final do ano. “Acho interessante que as alunas façam esta releitura e, por consequência, estudem as formas. Isto é importante para formação acadêmica e elas estão aprendendo a criar uma roupa de ótima qualidade. É uma boa prática sobre como lidar com o futuro da profissão revistando o passado. Existe um lado muito técnico nesta proposta que o SENAI CETIQT desenvolve muito bem”, comentou Márcio Doctors, curador da Casa Museu Eva Klabin.

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Acervo do museu que foi aberto exclusivamente para a equipe do SENAI CETIQT  (Foto: Divulgação)

Atualmente, as alunas Juliana Cordeiro da Silva, Luana da Silva Marques Corrêa, Luciana Chede Marques da Silva, Claudia Helena Porto e Raíssa do Sacramento Campos estão desenvolvendo a roupa que irão expor na mostra a ser realizada na Casa Museu Eva Klabin. O trabalho é livre e está sendo monitorado pelo professor Paulo Fulco – que, recentemente, lançou o livro Costurar e Empreender: O Universo da Confecção. “Elas estudaram, mapearam e tiraram as medidas das peças para criar um croqui contemporâneo. A proposta é pensar: ‘Se a Eva estivesse viva, como usaria esta roupa?’. Fazer uma releitura e uma reinterpretação de um traje de época faz parte do universo de possibilidades que os estudantes do SENAI CETIQT possuem já que não existe uma proposta parecida em nenhuma outra instituição. Peças históricas serão a referência de criação delas”, salientou Ana Paula.

As estudantes passaram por um processo seletivo para entrar nesta iniciação científica e, atualmente, integram o quarto, quinto e sexto períodos da faculdade. “Elas já possuem certo know how de criação por estarem em níveis mais avançados. Sendo assim, a própria faculdade está proporcionando as ferramentas para elas voarem mais alto e incrementarem os seus currículos. O SENAI CETIQT está, inclusive, ajudando no fornecimento dos tecidos usados na produção”, comentou a professora de história. A instituição está dando uma assistência completa às estudantes, ofertando, até mesmo, o transporte dos manequins até a Casa Museu.

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Para que a releitura consiga relembrar o estilo de Eva Klabin foi necessário um extenso processo de pesquisa sobre o seu legado de vida. Além da consulta a livros, informações disponíveis na internet, os alunos e professores tiveram a possibilidade de mergulhar no mundo de Eva Klabin na Casa Museu. Além da medição das peças, eles puderam fotografar as roupas e ainda separar uma amostra para estudo. “Para se fazer uma releitura perfeita é necessário reunir a maior quantidade possível de informação. Desta forma, estamos trabalhando em uma ficha técnica mais específica que vamos oferecer ao museu para eles poderem usar no acervo junto com a catalogação. Com isto, a equipe terá uma documentação completa”, explicou Paulo Fulco.

Atualmente, o museu possui uma ficha com a numeração de cada peça, mas os alunos com a ajuda dos professores do SENAI CETIQT vão resgatar a história presente naquele material para entender como o traje foi feito e usado. “Acho muito importante incorporar alunas de graduação, pessoas que ainda estão entrando no mercado, neste processo de estudo das peças. Este processo de catalogação é, obviamente, interessante para a Casa Museu Eva Klabin e também para outros museus que trabalham com indumentária”, analisou Marcio Doctors, curador da Casa Museu Eva Klabin.

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Professores do SENAI CETIQT estudando uma das peças que serão catalogadas (foto: Divulgação)

A pesquisa é minuciosa. Para que cada detalhe pudesse ser identificado e reproduzido, o museu cedeu uma mostra pequena da peça para que os especialistas pudessem identificar o tipo de fibra, tecido e coloração usada. “Está sendo um processo minucioso. As amostras são extremamente pequenas, afinal, não estamos em contato com um tecido convencional. É preciso uma atenção extra neste sentido”, frisou o professor Ronaldo Luiz de Souza. Neste processo de identificação, ele está contando com a tecnologia do laboratório de controle de qualidade do SENAI CETIQT que possui microscópios de alta precisão para descobrir a morfologia da fibra.

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Paulo Fulco fotografando as peças para poder estudá-las depois (foto: Divulgação)

E o SENAI CETIQT apresentou este processo de resgate da memória das peças de Eva Klabin no XIII Encuentro Latinoamericano de Diseño, em Buenos Aires, na Argentina. “Nós mostramos a nossa ficha técnica em andamento com amostra em 3D das roupas e documentos que comprovavam as especificações, seja onde usou ou qual o tipo de tecido. Mostramos o passo a passo da nossa catalogação”, comentou Ana Paula. E Paulo Fulco acrescentou: “O nosso trabalho é focado na importância da documentação. Então, não é por acaso que apresentamos esta ideia em Buenos Aires”.

A partir desta iniciativa do SENAI CETIQT, qualquer pesquisador que quiser fazer algum trabalho com o acervo de Eva Klabin terá à disposição as medidas, o tecido e as cores precisas dos itens de vestuário. “Por mais que uma roupa esteja bem conservada, o tempo tem uma ação. O dia em que uma pessoa não conseguir mais tocar nestas roupas, a catalogação vai ajudar os colecionadores a criarem modelos idênticos para continuar mantendo o acervo intacto”, salientou Paulo. Sendo assim, a preocupação com o futuro da nossa memória é ratificado. “Estamos ajudando a preservar a história”, concluiu Ana Paula.

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