*Por Rafael Moura
Quem está dando o que falar em ‘Quanto Mais Vida, Melhor!’, novela das 7 da TV Globo, é Julia Lemmertz em sua volta à TV no papel de Carmem Wollinger, uma empresária do ramo de cosméticos, dona da Wollinger Cosméticos, arquirrival de Paula Terrare, vivida por Giovanna Antonelli. “A Carmem é uma mulher de muita personalidade, muito determinada a ser sempre bem-sucedida em tudo que faz, não admite falhas, competitiva e com uma elevada autoestima. Ela também tem um temperamento forte e com isso passa por cima das boas práticas de gentileza, empatia e generosidade. Seu foco é arrasar com sua única rival, Paula Terrare”.
As duas personagens, segundo Julia, têm um misto de emoções, que variam do ódio ao amor, da competição à parceria. “São duas mulheres opostas e complementares, que vão render muitas guerras e alguma trégua. É uma dinâmica divertida até certo ponto. Visto que esse é um trabalho de comédia, a novela é meio uma fábula, então nada é tão calcado na realidade, nos sentimentos ruins, todos os personagens tem seu lado bom e ruim, são humanos”, define a atriz.
Em brigas homéricas terminam os encontros de Paula e Carmem, afinal, as duas megaempresárias se odeiam, mas se ‘frequentam’ para acompanhar de perto, uma a estratégia da outra. Seus escritórios estão situados um de frente para o outro, na Barra, e cada uma fica de sua sala espiando, de binóculos, o movimento da outra. E quando a pressão cai em cima de Paula, que precisa urgentemente levantar as receitas da Terrare Cosméticos, que despencaram durante a pandemia, encontra em Marcelo (Bruno Cabrerizo), seu vice-presidente e amante, uma suposta saída.
Mas, o bonitão, de olhos verdes, hipnotizantes, na verdade, é aliado da Cascacu, apelido nada carinhoso com o qual ela se refere à Carmem, que sonha em acabar com o império de Paula, a quem culpa pela morte do grande amor de sua vida, Celso Terrare, vivido por Cândido Damm. “As duas são mulheres muito diferentes, mas complementares também, competem porque no fundo acho que uma queria ser como a outra, ter o que a outra tem, a Paula se casou com o amor da vida da Carmem. Depois ele morreu. A Carmem passou a culpar a Paula por essa morte. As duas são do ramo dos cosméticos, mas uma com uma linha mais popular e a outra mais sofisticada, mas essa rivalidade vai se espalhando por todos os níveis. Elas se alimentam disso, isso impulsiona elas pra serem melhores. É muito louco, é quase amor…”, brica.
Lemmertz conta que foram muitas inspirações para dar vida a essa personagem. Teve uma pitada de Meryl Streep em ‘O Diabo Veste Prada’, um pouco da energia de competição da série ‘The Morning Show’, e o jeito cool de Tilda Swinton, que me inspirou no corte de cabelo. “Tem um pouco de cartoon, nas brigas da Carmem e da Paula, tipo gato e rato. A figura da Carmem se construiu muito também com o figurino bafo da maravilhosa Natalia Duran. E também com a parceria com a Giovanna. A gente vai construindo junto”, revela.
Apesar de parecer uma ‘megera indomada’, Carmem tem um lado mãezona, um amor incondicional por Gabriel, Caio Manhete, filho do seu primeiro casamento, que vive em Nova York, onde estuda mixologia. Quando retorna ao Brasil, ganha de presente da mãe um requintado bar para colocar seu conhecimento em prática. “Ela é uma mãe amorosíssima, extremada até. Acho que todo amor que ela não dá aos outros ela direciona para o filho”, conta.
Já sua relação com Marcelo, que faz um jogo duplo na trama, é baseada em interesses, para destruir Paula. “Ela teve um grande amor, o Celso, que se apaixonou pela Paula, o que a deixou muito abalada, ainda mais por achar que a Paula é responsável pela morte dele. E com os outros homens ela é quem manda. Com o Marcelo rola uma atração que também tem a ver com a Paula, ele trabalha para ela, mas faz um jogo duplo, e ela une o útil ao agradável”, afirma.
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