Saiba: SENAI CETIQT apresenta os primeiros projetos no modelo de confecção 4.0
Logo na sequência, a palestra de Miguel Cavalcante ressignificou a alfaiataria. O modelista à frente da A Brand e Animale comentou sobre a sua trajetória profissional, na qual precisou se reinventar e ultrapassar os receios da informática para que a sua forma de trabalhar continuasse condizente à rapidez do setor têxtil. “A alfaiataria industrial não perde em quase nada para a artesanal e, além disso, o mercado está ganhando uma expansão gigantesca. Todas as marcas estão de automatizando e voltando a investir nesta técnica. Quase todos os meus assistentes são ex-alunos do SENAI CETIQT e se formaram com uma base ótima. Sendo assim, tenho certeza que esta pós-graduação vai dar todo um conhecimento de modelagem para os profissionais”, salientou Miguel, que atua há 35 anos com modelagem no Brasil e na Europa, tendo feito a primeira coleção da marca Chocolate e ainda contribuído na produção de grandes empresas, como a NIKE.
Entenda: SENAI CETIQT e Akihito Hira investindo no futuro da alfaiataria, sob os moldes da indústria 4.0
As formas de consumo mudaram e o SENAI CETIQT resolveu preparar os brasileiros para suprir as demandas da indústria. A alfaiataria como nós conhecemos ainda existe, mas para retornar aos seus tempos áureos é necessário automatizá-la, o que não significa perda de qualidade. “Quando pensamos em alfaiataria, temos aquela ideia de uma roupa exclusiva para uma pessoa. Enquanto isto, atualmente, existe uma preocupação muito grande em fabricar produtos em grande quantidade que, na terceira revolução industrial, acabam não tendo muita identidade. A nossa proposta, a partir da Indústria 4.0, é pensar de novo no sob medida, mas produzindo em escala. É a união dos dois mundos. Exatamente por causa desta mudança que o profissional precisa se adequar. Sendo assim, o SENAI CETIQT está pensando no futuro do Brasil, mas ele sabe que as alterações já estão acontecendo. Tão tem mais como voltar atrás”, garantiu o professor Akihito Hira.
O SENAI CETIQT está sempre um passo à frente. Durante os nove meses de pesquisa sobre a formulação do curso, a instituição contatou diversas empresas dos setores têxtil e de confecção para entender qual a demanda da indústria, de forma que os profissionais tenham um perfil condizente ao mercado e sejam facilmente absorvidos por ele. O palpite criterioso de cada empresário contribuiu para o sucesso da pós. “O feedback do mercado foi essencial para podermos pensar o curso e montar de forma mais completa possível. Conseguimos adaptar todas as demandas para a nossa pós. Foi um trabalho embrionário que ganhou proporções gigantescas. Quando nos deparamos com aquilo que tínhamos construindo, passamos a nos engajar ainda mais marcando vários encontros e workshops”, comentou Rosa Marly Cavalheiro, professora do SENAI CETIQT e uma das primeiras a ouvir a proposta do curso.
Já que estamos falando de mudanças e atualização dos profissionais, é claro que os professores também não podiam ficar de fora desta prática. Durante a construção da grade da pós, os acadêmicos participaram de cinco workshops para se especializarem ainda mais neste conceito de Alfaiataria Industrial. “Os encontros foram muito interessantes para que nós pudéssemos entender a proposta do curso e o que queríamos instigar nos nossos alunos. Discutimos muito o tipo de modelo, a forma de interação nas disciplinas, entre outros pontos que uma matéria complementasse a outra. As atividades estão pensadas de forma a melhorar a compreensão do estudante para que ele entenda todas as etapa”, adiantou a professora de modelagem Marilene Rocha. O curso em questão conta com 360 horas, sendo 68 à distância. E, ainda, os alunos da Pós- Graduação receberam como kit de estudo: licenças dos softwares de modelagem Audaces 360 e Lectra em suas residências por oito meses, além de um manequim de molagem da marca DRAFT e três réguas de modelagem, para treinarem os conhecimentos.
As aulas de Alfaiataria Industrial, na verdade, começam reforçando a importância da qualidade do processo artesanal e, de forma evolutiva e sequencial, os professores vão introduzindo a automatização da confecção. O professor Luís Claudio da Silva, por exemplo, possui uma carreira mais voltada para o lado mais convencional de produção, mas vai focar na técnica de forma que o resultado final seja o mesmo. “O meu propósito é mostrar para os alunos que aquilo que fazemos artesanalmente também pode ser realizado industrialmente sem perder qualidade. Os dois processos estão conectados e isto valoriza a profissão. O SENAI CETIQT conseguiu observar muito bem o mercado de trabalho a partir do que o setor quer e, atualmente, é isto que estão exigindo. Sendo assim, os nossos alunos estarão sendo preparados para toda a demanda”, enfatizou.
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As expectativas dos alunos são altas. Com propósitos e perfis diferentes, todos enxergaram nesta pós-graduação em Gestão e Planejamento em Modelagem uma maneira de se destacar. Maria de Jesus Lopes, por exemplo, trabalha no Grupo SOMA na área de engenharia de produto. “É imprescindível, ao meu ver, a integração entre o engenheiro de produto e o modelista para conseguirmos efetivar a venda da peça. Sendo assim, os conhecimentos que este curso vai me proporcionar são fundamentais para a minha profissão atual”, salientou Maria. Enquanto ela pretende abraçar toda a cadeia, o estudante de Manaus Wangleys Mendonça pretende se especializar para focar em sua própria marca, Wan Wan. “Sinto falta de uma modelagem de qualidade no mercado e quero trazer isto para a minha marca. Este trabalho sempre foi algo complicado para mim, requer muita técnica, por isso optei por esta pós-graduação”, afirmou.
Os estudantes também enxergam no SENAI CETIQT um caminho para estar um passo à frente das mudanças que vão acontecer no setor. Janaina Santana, modelista da Renner por exemplo, foi ex-aluna da instituição e retornou com a intenção de liderar as alterações do mercado. “Esta pós vai somar muito profissionalmente na minha carreira, já que a empresa para qual trabalho aplicará conceitos industriais mais modernos e eu já estarei à frente de todos os meus colegas. Pretendo trabalhar nesta área coordenando uma equipe, logo este curso é o caminho desta minha jornada futura”, adiantou. Gláucia Graziela também quer se destacar a partir deste curso. Ela é designer de moda especializada em estamparia e vê na instituição um caminho para a liderança. “Acredito que o designer de moda tem que ser completo. É preciso ter conhecimento de modelagem, estampa, pesquisa de tendência e entre outros temas. Temos que entender toda a cadeia para sermos os melhores e é exatamente esta a proposta. Como o próprio SENAI CETIQT estimula, quero ser a melhor e são os professores que vão me ajudar a chegar lá”, garantiu. A gente não tem dúvida!
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