Movimento Geração 501®, promovido pela Levi’s® no Rio, ratificou a liberdade de expressão, a diversidade e o apoio às causas sociais


Os três dias de evento contaram com muita música boa e reflexão sobre causas sociais que impactam o país e o mundo

O movimento  Geração 501®, promovido pela Levi’s®, veio para ratificar e unificar a potência da diversidade do povo brasileiro. Somos negros, brancos, homossexuais, heterossexuais, pobres e ricos. Somos muito mais do que 207 milhões de pessoas. Por entender tudo o que representamos, a marca promoveu um encontro cultural no Rio de Janeiro, nos dias 14, 15 e 16 de setembro, no qual exaltou as diversas nuances de brasilidade. A Levi’s® abraçou as causas sociais que movimentam o nosso país atualmente e transformou a Casa de Cultura Laura Alvim em um ponto de debates, música independente e moda na Zona Sul Carioca. Com apresentações de Rodrigo Suricato, 2 Reis, Qinho e muito mais, o local reuniu uma galera bacana e interessante que respirou cultura em tempos tenebrosos de crise política. Para potencializar ainda mais a discussão, o projeto recebeu a representante do Instituto Identidades do Brasil, Luana Génot, a jornalista Mácia Disitzer e a editora do site Zona Norte, Carol Rabello, que expandiram o debate sobre diversidade, igualdade de gênero, direito das minorias, inclusão e liberdade de expressão. Vem conferir o bapho que rolou neste final de semana!

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Sexta-feira de negritude, feminismo e memória cultural

Nem mesmo a tempestade que ameaçou cair na Cidade Maravilhosa, na sexta-feira, impediu as pessoas de conferirem de pertinho a Geração 501®. Enquanto do lado de fora estava frio, a Casa de Cultura Laura Alvim pegava fogo com a apresentação calorosa do grupo Abronca. As meninas mostraram a força logo na primeira canção do show, que durou cerca de 40 minutos. Nos bastidores, May, Slick e Jay tinham prometido ao site HT uma apresentação poderosa com palavras de ordem que iriam contagiar e marcar o público de alguma maneira. E não é que foi assim mesmo? O rap conhecido das meninas passou pelo pop e pelo reggae até estacionar em palavras poéticas sobre a realidade brasileira. “Desde protesto até canções de amor, tudo pode ser englobado na nossa apresentação. É realmente um espetáculo. O importante é que sempre vamos deixar uma mensagem”, comentou Jay. E, realmente, opiniões fortes não faltaram no papo com estas três mulheres talentosas vindas da comunidade do Vidigal, na Zona Sul carioca. Afinal, de acordo com elas, estão representando pessoas que muitas vezes são silenciadas. “Estar neste evento significa ser porta-voz da nossa favela. Acho muito importantes eventos como estes que trazem mais acesso e oportunidades de forma que pessoas de fora possam ouvir o que temos a dizer. Existimos e estamos aqui”, comentou May. E Slick logo completou: “É muito triste não encontrar muitas portas abertas”. Mais do que nunca, este trio poderoso representou o lugar empoderador da mulher e a voz das, ditas, minorias.

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Slick, May e Jay e a força do rap de Abronca (Foto: @bleia - I Hate Flash)

Slick, May e Jay e a força do rap de Abronca (Foto: @bleia – I Hate Flash)

Enquanto Abronca potencializou o discurso da igualdade racial e de gênero, Qinho trouxe um repertório mais leve que exalta a musicalidade do nosso país. O cantor separou um line-up recheado de canções icônicas da intérprete Marina Lima, já que vem se dedicando a fazer uma releitura do trabalho dela. “A partir do meu trabalho resgatando a obra da Marina Lima, estou preservando a música brasileira. Ela é uma artista consagrada cuja obra estou revisitando e com isto ajudo a manter uma memória viva de uma parte importante da produção cultural da década de 80. Em tempo de incêndio em museu, estamos carentes de cultura”, explicou. O pocket show possui uma atualização do repertório de Marina Lima, contando com detalhes sonoros diferenciados.  “Ao mesmo tempo em que levo um oxigênio para a obra dela, me senti muito oxigenado”, completou. E o público fez questão de cantar a uma só voz as músicas importalizadas por Marina. O músico aproveitou para agradecer a oportunidade de participar de um projeto inspirador como o Geração 501 ® e ainda destacou a importância das marcas se posicionarem em causas sociais. “Até então, nós vivemos o marketing da fantasia apresentando um desejo quase inalcançável. No entanto, percebo que as empresas estão se atentando para o que vem afetando a sociedade e os dilemas dos jovens. Parece que a chave virou e perceberam que é necessário ter algum tipo de conexão com os mais novos. Acho que as marcas são também grandes canais de comunicação tendo o mesmo valor que uma CNN e Globo”, considerou.

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Qinho trouxe um repertório recheado de músicas famosas da cantora Marina Lima (Foto: @bleia - I Hate Flash)

Qinho trouxe um repertório recheado de músicas famosas da cantora Marina Lima (Foto: @bleia – I Hate Flash)

Fechando a noite com chave de ouro, os funkeiros do Heavy Baile subiram ao palco para dominar a festa. O público que compareceu à Casa de Cultura Laura Alvim realmente se jogou na pista de dança quando as primeiras canções de funk começaram a dar sinal de vida. O clima foi contagiante e, dentro de poucos minutos, a pista de dança já começava a revelar exímios dançarinos. De acordo com Mc Tchelinho, representante e cantor do Heavy Baile, o grupo foi convidado para participar do evento por tocar as pautas que a Levi’s® está trazendo. “Falamos muito sobre igualdade social e nós debatemos sobre empoderamento. Não é por acaso que a primeira música do nosso show dizia: ‘Deixa estas meninas, a noite é delas para fazerem o que quiser’. Sinto muito orgulho de escrever estas letras. Nunca nos vitimizamos, mas queremos sempre falar do ambiente do mais oprimido. Dessa forma, a marca nos colocou em um ambiente que queremos estar. Estamos em casa”, comemorou.

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Heavy Baile movimentou o público da Casa de Cultura Laura Alvim com um set list repleto de funk e carioquice (Foto: @bleia - I Hate Flash)

Heavy Baile movimentou o público da Casa de Cultura Laura Alvim com um set list repleto de funk e carioquice (Foto: @bleia – I Hate Flash)

A sexta-feira também foi dia de debate. Além das palavras empoderadas dos artistas, as mulheres empreendedoras também tiveram espaço de debate e pautas sociais. Luana Génot, Luana Cooper e Helena Gusmão falaram sobre a importância da igualdade racial no Brasil. “As marcas pequenas e grandes possuem um papel social. É necessário que as empresas foquem em manter esta pauta da igualdade, aplicando em tocas as faces, desde os costureiros até os executivos. Acho a iniciativa da Levi’s® muito bacana”, informou Luana Génot, representante do Instituto Identidades do Brasil, que defende a abertura de espaços para os negros. De acordo com elas, é importante que estas ‘minorias’ ocupem variados extratos da sociedade para que o mercado consiga enxergar estes consumidores. “Periferia é muito mais do que todas as pessoas pensam. É uma moda da resistência. Existe uma tendência em diminuir o trabalho feito na periferia. Na nossa empresa, por exemplo, questionam o nosso orçamento, porque acham que deveríamos cobrar mais barato já que somos um projeto de favela. Não deveria ser assim porque 60% das pessoas são da classe C, D e E, logo existe uma potência muito grande. Nós movimentamos a economia do nosso país”, garantiu Helena Gusmão, comunicadora à frente da produtora de moda e agência Jacaré Moda. Dessa forma, o bate-papo defendeu o espaço destas pessoas que muitas vezes não são vistas pela população. “Quando nós vemos uma empresa como a Levi’s® promovendo este movimento e, inclusive, oferecendo o espaço para falarmos da nossa empresa é um passo muito além da questão de levar modelos para negras para uma campanha. A marca realmente está preocupada em dar um lugar de voz para quem pode falar desta causa e até de uma vivência. É um exemplo de como poderíamos trabalhar mais esta questão”, explicou Luana Cooper, dona do portal Tombay, que produz conteúdos e oferece serviços voltados para afro empreendedores.

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Luana Génot, Helena Gusmão e Luana Cooper apresentaram as suas respectivas empresas e ideias (Foto: @bleia - I Hate Flash)

Luana Génot, Helena Gusmão e Luana Cooper apresentaram as suas respectivas empresas e ideias (Foto: @bleia – I Hate Flash)

Dessa forma, a sexta-feira contou com muita música de qualidade e debates empoderados sobre o posicionamento das marcas, a potência do mercado consumidor das minorias e a força das mulheres.

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Sábado de ícones da música e de poder da periferia

O sábado começou com o show do grupo Flerte que trouxe um line-up recheado de canções autorais ao lado de clássicos internacionais e da Música Popular Brasileira. Na sequência, o público viu um grande ícone da música brasileira, Nando Reis, sendo representado pelas vozes da dupla 2 Reis. Theo e Sebastião seguiram a profissão do pai e estão dando o que falar no cenário da música independente. “Ficamos muito felizes em poder participar deste projeto. A música é diversa e toda a iniciativa cultural que transcende as fronteiras de gênero e valoriza a diversidade a gente gosta de estar participando”, comentou Theo. Para esta apresentação, os irmãos levaram um pouco da história musical que carregam em sua bagagem a partir da inspiração paterna. “Gostamos muito da música dos anos 70 e todas as músicas que acompanhamos o nosso pai fazendo. Tanto no Titãs quanto na carreira solo. Aprendemos muita coisa com ele”, disse Theo.

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Theo e Sebastião são filhos de Nando Reis e fizeram jus ao talento do pai durante a apresentação no Geração 501® (Foto: @bleia – I Hate Flash)

Com o sonho de continuar gravando discos por muito tempo, a banda vislumbra algumas dificuldades no caminho, mas segue em frente. “Tem que batalhar muito. Ao mesmo tempo em que estudo bastante a melodia, também quero seguir o caminho da produção cultural. Atualmente, temos que ir para todos os caminhos que a indústria permitir. De qualquer forma, fico feliz que o povo gosta das nossas canções, afinal, a música é eterna”, garantiu Sebastião. Ele é conhecido por fazer parte do repertório de Nando Reis, já que o músico escreveu uma canção para o filho. Sebastião cantou a música no palco do Geração501. “É algo que faz parte da minha história e da minha vida. Não sei nem o que dizer. Nasci e ganhei uma música. Vejo como algo normal, mas me sinto honrado. Gosto muito da frase da música: ‘quando o Godzilla ataca’. Não sei nem explicar porque esta minha afeição. Mas remete à minha infância”, comentou Sebastião.

2 Reis trouxeram um repertório bem eclético. Os irmãos estão na estrada há 5 anos (Foto: @bleia - I Hate Flash)

2 Reis trouxeram um repertório bem eclético. Os irmãos estão na estrada há 5 anos (Foto: @bleia – I Hate Flash)

A terceira apresentação de sábado foi de Rodrigo Suricato, um dos principais nomes do cenário independente nacional. Ele subiu ao palco do Geração 501® levando um pouco de sua turnê One Man Band, na qual toca muitos instrumentos sozinho. “É um show bem bacana que, normalmente, é vinculado ao blues, ao folk, ao pop e ao eletrônico. Está uma delícia de fazer este trabalho. Vou viajar daqui a pouco com esta nova produção”, garantiu. Em paralelo a esta empreitada, Rodrigo também está participando da gravação do primeiro disco de inéditas do Barão Vermelho depois de 15 anos. “Estou há um ano com a banda e parece que nos conhecemos há 30. A receptividade está sendo incrível”, afirmou.

Eclético, talentoso e multimídia Rodrigo Suricato levou uma pegada autoral para a sua apresentação no Geração 501 (Foto: @bleia - I Hate Flash)

Eclético, talentoso e multimídia Rodrigo Suricato levou uma pegada autoral para a sua apresentação no Geração 501 (Foto: @bleia – I Hate Flash)

“Viver de arte é sempre uma montanha russa. Iniciei a minha carreira, há quase 20 anos, tocando em bares, o que foi essencial para a minha formação. Acho interessante que, atualmente, a gente deve ir atrás, sem ficar esperando pelo mercado. O músico consegue ser seu próprio empreendedor”, garantiu. De acordo com ele, existe muita gente boa no mercado, basta, apenas, saber procurar. “É necessário filtrar os canais de comunicação, vendo quem possui credibilidade. Os jornalistas que já estão há muito tempo no mercado e possuem uma enorme competência devem ser a nossa fonte”, refletiu.

Rodrigo Suricato também é vocalista do Barão Vermelho (Foto: @bleia – I Hate Flash)

O debate também teve seu espaço neste sábado. Mediado pela jornalista e autora do livro Potência Popular Carioca, Márcia Disitzer, a conversa passeou pelo estilo e pela atuação de influenciadores da periferia do Rio.  O bate-papo contou com a presença da editora do site Zona Norte, Carol Rabello, e com Rafa Joaquim, do Coolhunter, que é um laboratório de inovação estética baseado nas manifestações culturais das periferias. Para completar, Rafa também é dona de uma marca autoral chamada Trappo, que é focada em up cycling e moda vintage. O ator Jonathan Azevedo também marcou presença no debate por estar evolvido em projetos culturais na comunidade da Cruzada São Sebastião. “A Levi’s® está instigando a conversa, o debate e as questões de cada um para Ipanema. Através do debate, eu trouxe um pouco de auto-estima e vou levar tudo o que aprendi de volta para a comunidade onde nasci”, comentou.

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Dessa forma, o sábado marcou o Geração 501® Rio por trazer nomes conhecidos da música popular brasileira e prestigiou grandes fenômenos do cenário independente. Além de reafirmar as causas sociais que a Levi’s® está abrindo o debate, a noite contou com fortes posicionamentos sobre a situação da industrial musical nacional.

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Domingo de celebração e afirmação cultural

Paulo Dalagnolli subiu ao palco acompanhado de alguns amigos. Com bateria, caixa e violão, o cantor levou o público em uma jornada de apreciação de música de qualidade. Para fechar com chave de ouro, foi a vez do cortejo Technobrass subir ao palco com direito a trombone, trompa e outros instrumentos de sopro que instigaram as pessoas a dançarem muito.  O grupo musical levou o povo para fora da Casa de Cultura, transformando o calçadão da Praia de Ipanema em um palco a céu aberto. Com uma mistura de sonoridades que ia desde o suingue carioca até o eletrônico, o cortejo transformou o calçadão em um happening.

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Um movimento vivo

Foram três dias de muita música, alegria e diversão no Geração 501® no Rio de Janeiro. A ideia da marca é fazer com que estas reflexões sejam diárias na vida dos brasileiros, afinal, precisamos urgentemente de liberdade de gênero, sexual e racial. Pensando nisso, as cinco calças da 501® customizadas pelos artistas e designers Tenka Dara, Thomaz Azulay, Patrick Doering, Luana Depp, Isa Maria Rodrigues, Mayra Sallie, Joana Uchôa e Maxwell Alexandre terão a renda da venda revertida para o projeto de uma biblioteca na Cruzada São Sebastião pilotado por Jonathan Azevedo. Durante o encontro no Geração  501®, Jonathan soube também que a Leroy Merlin também apoiará a empreitada  “A biblioteca é um sonho. Quero formar seres com mentes questionadoras que encontram dentro de si mesmo a auto-estima para lutar. Afinal, foi por causa do livro O Alquimista, de Paulo Coelho, que entendi a necessidade de ir atrás daquilo que almejamos. A literatura me fez acreditar que o meu maior tesouro estava no meu coração”, relembrou. Foi a partir desta paixão pela palavra escrita que ele chegou até a escola de teatro Spectaculu, de Gringo Cardia e Marisa Orth. “Esta ideia da Geração 501® que começou em Ipanema vai ser levada para a Cruzada São Sebastião, para o Méier e para as outras comunidades de quem passou por aqui”, comentou.