Dr. Alessandro Martins fala sobre o uso de bioestimuladores de colágeno em tratamentos de flacidez corporal


“Pacientes com flacidez de pequena a moderada têm indicação para este tratamento. Os bioestimuladores têm ótima aplicabilidade também em pós-operatórios tardios de lipoaspiração para tratamento de flacidez residual. No entanto, não são indicados para quem teve grande perda de peso ou sequelas de flacidez abdominal após a gravidez”, alerta o cirurgião plástico

*Por Alessandro Martins

Os protocolos de uso dos bioestimuladores de colágeno para a face já mostraram que têm resultados bem definidos. E, mais recentemente, vemos a utilização em tratamentos para a flacidez corporal. Os resultados são bastante interessantes na maioria dos casos, mas o sucesso do tratamento depende muito do perfil de cada paciente. Esses estimuladores de colágeno são substâncias injetadas bem próximo da pele através de cânulas muito finas. Esse material vai estimular o organismo a produzir colágeno e o primeiro ponto que o paciente precisa compreender é que essa produção depende da resposta do corpo a esse estímulo causado pela medicação.

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Quando estimulamos o corpo a produzir colágeno, proteína intercelular responsável pela firmeza e pela retração da nossa pele, ele não é processado logo após a injeção do bioestimulador. Esse processo leva cerca de três meses. É por isso que os protocolos para tratamento de flacidez, tanto facial quanto corporal, são feitos com três aplicações da substância com intervalos de cerca de 30 dias entre uma aplicação e outra. Afinal, o organismo precisa de tempo para responder ao estímulo e produzir o colágeno que melhorar a flacidez da pele.

O resultado, porém, precisa levar em consideração dois pontos que variam de paciente para paciente: a capacidade de cada um sintetizar a proteína em resposta ao estímulo e o grau de flacidez da pele. Tratamentos com substâncias, injeções, aparelhos ou tecnologias são para casos leves ou intermediários de flacidez. É muito importante compreender que o resultado não se compara ao de uma operação, que trata toda a flacidez no tempo cirúrgico. A pele em excesso é cortada e removida; a que fica é esticada. Os resultados das tecnologias e das medicações são bem mais sutis do que os de procedimentos cirúrgicos.

Dr. Alessandro Martins

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Pacientes com pouca flacidez (casos leves ou intermediários) podem ser submetidos às terapias que citamos acima. Mas a síntese de colágeno não será capaz de tratar a flacidez de mulheres pós-parto, aquelas pessoas que tiveram muita variação de peso ou estão com idades mais avançadas. Esses têm indicação de cirurgia para a retirada de pele. Quando falamos de utilização de bioestimuladores estamos falando de abdômen, face interna de coxas, braços. Não estamos incluindo flacidez de mamas nesses protocolos de bioestímulo de colágeno.

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Outra aplicação muito interessante dos bioestimuladores de colágeno é em pacientes que passam por lipoaspirações. Como a lipo esvazia a pele de seu conteúdo gorduroso, alguns pacientes podem desenvolver um certo grau de flacidez. Se for o seu caso, a utilização de bioestimuladores no pós-operatório tardio das lipoaspirações, depois que já saiu o edema e que a fibrose já foi tratada (de seis meses até cerca de um ano após a operação), estimula a retração de pele e otimiza seus resultados.

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Fique atento

– Os resultados do uso de bioestimuladores não são milagrosos ou imediatos, pois dependem obrigatoriamente da produção de colágeno estimulada em cada um depois da utilização do produto próximo da pele.

– Pacientes com flacidez de pequena a moderada têm indicação para este tratamento.

– Os que têm o problema mais intenso não devem usar bioestimuladores e a cirurgia é indicada.

– Os bioestimuladores têm ótima aplicabilidade também em pós-operatórios tardios de lipoaspiração para tratamento de flacidez residual.

– Bioestimuladores não são indicados para quem teve grande perda de peso ou com sequelas de flacidez abdominal após a gravidez.

– A utilização dos bioestimuladores é limitada às regiões dos braços, do abdômen e das pernas, não incluindo a área de mama.

– A aplicação é simples, feita em consultório médico com a utilização de cânulas fininhas e injeções.

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