Por Beatriz Medeiros
– Com drinks na mão e credencial guardada dentro da camisa verde musgo, Eugene Hütz, vocalista da banda Gogol Bordello, que se apresentou ontem (21), no palco Sunset, curtiu quase incólume a segunda noite dedicada ao metal no Rock in Rio. ‘Quase incólume’ porque nós encontramos o músico, que ainda revisava em sua cabeça as cenas do show da noite anterior, que contou com participação de Lenine. “Foi épico”, definiu o artista, que mora no Rio de Janeiro há 4 anos, se descreve como ‘um carioca russo’, mas, de vez em quando, pede para conversar em inglês. “Meu português ainda não é tão bom assim”, explicou o morador de Ipanema, que, daqui a algumas semanas, aterrissa em Porto Alegre e Curitiba pela primeira vez com seus companheiros de banda. Falando no grupo, eles foram os anfitriões da visita que o System of a Down fez ao Rio, em 2011, para se apresentar no Rock in Rio daquele ano. “Nossa, já faz dois anos? O tempo passa muito rápido! Fui praticamente o guia turístico deles por aqui, os levei ao restaurante Zozô, na Urca, mas passamos a maior parte do tempo em estúdio, gravando uma música”, recordou. A faixa, aliás, deve ser lançada para download gratuito na internet, mas Eugene nem imagina quando. Ficamos no aguardo.
– Se o clima na área VIP estava mais tranquilo do que de costume, o mesmo não podemos dizer do lounge da Sky no festival, onde Caio Castro estava sendo tatuado por Ami James, protagonista dos reality shows ‘Miami ink’ e ‘NY ink’ (o bonitão conversou conosco nessa semana, aliás). Mas engana-se quem pensa que o astro de ‘Amor à vida’ era o motivo do frisson, mocinhas e rapazes estavam contando os minutos para tirar uma foto com o tatuador mesmo. “Vaza, vaza! Já não ficou tempo suficiente lá dentro?”, questionavam algumas, por conta da demora para Caio ‘liberar’ Ami para a sessão de cliques – os dois engataram um papo animado sobre as dores e delícias da fama. Depois de Caio, seu quase-roomie Rodrigo Andrade encerrou a agenda de rabiscos de Ami nesse Rock in Rio. O mestre das agulhas tatuou 18 pessoas ao longo dos sete dias de festival – ufa!
– “Assim que eu cheguei, ele me aconselhou: ‘olha, se eu fosse você não faria essa tatuagem’. Mas, depois que eu expliquei o que ela significava para mim, ele apoiou”, contou Caio, que desenhou uma caveira mexicana com meia face de Mickey Mouse, para representar a igualdade. “O Mickey simboliza a vida de sonhos. É uma figura que todo mundo conhece, representa os sonhos de Walt Disney, e a caveira mostra que, por detrás disso tudo, ele é igual a todos nós. É isso o que eu penso em relação à minha vida. Tenho meu trabalho, sou superestimado por alguns e subestimado por outros, mas, no fim das contas, eu sou igual a todo mundo”, explicou o rapaz, que criou o desenho de sua 12ª tatuagem em parceria com um amigo designer. A primeira foi feita quando ele tinha apenas 16 anos.
– Na noite de sábado (21), Caio foi flagrado trocando beijos e carinhos com sua companheira de cena na trama de Walcyr Carrasco, Maria Casadevall, na área VIP do festival. Ao ser questionado se o affair era ‘um ensaio para alguma cena da novela’, o rapaz desconversou: “Dá licença, tem gente ali me esperando…”. E saiu para posar ao lado de uma fã. Então tá.
– A última noite de Rock in Rio foi dedicada ao metal, ao mar de camisetas pretas e cabelos tingidos de vermelho, mas, a área VIP do Rock in Rio parecia ter sido restringida a famílias com crianças roqueiras. Em clima de passeio dominical, os pequenos corriam, posavam para as câmeras dos pais-coruja fazendo os símbolos característicos do rock, exibiam suas camisetas de fãzocas do Iron Maiden e devoraram pratos de massa. Fofura pura.
Eugene Hütz
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