Retrô 2021: Carol Castro fala do ano decisivo e outras famosas fazem balanço de 2021 e dão dicas de superação


Em entrevista exclusiva ao site HT, Carol Castro, Beth Goulart, Cristiana Oliveira e Alinne Prado exaltam o poder feminino que foi destaque em 2021 e dividem suas retrospectivas pessoais, com o que fez toda diferença para o conturbado 2021 ser um ano especial. Vem se inspirar!

Retrô 2021: Carol Castro fala do ano decisivo e outras famosas fazem balanço de 2021 e dão dicas de superação

*Por Brunna Condini

O ano de 2021 fica marcado pela afirmação de mulheres no esporte, na política, na música e nas artes. Aliás, o protagonismo feminino cada vez mais se expande e as mulheres vêm ocupando espaços em todas as áreas, porque respeito, inclusão e oportunidades são fundamentais e todo mundo gosta. O espaço delas é insubstituível. Apesar dos ganhos, 2021 não foi um ano fácil. Mas, como no bordão criado por Wenderson Cobra e os gêmeos Kaick & Kauã, que viralizou no Brasil, “receba esse shalom” de famosas que viveram momentos decisivos em suas vidas, têm se reinventado e dividem aqui conosco suas retrospectivas pessoais, compartilhando o que foi importante para que chegassem até essa reta final com mais paz e bem-estar. E que nos inspire para o ano que chega! Shalom!

Reconhecimento e gratidão

O ano foi dos bons para Carol Castro, que trabalhou intensamente e amadureceu tanto pessoal, quanto profissionalmente. Exemplo é sua elogiada performance em ‘Insânia’, série da Star+ (serviço de streaming da The Walt Disney Company), em que dá vida à perita forense que sofre surto após receber a notícia da morte da filha e acaba internada em uma clínica psiquiátrica. Ela também brilha na série ‘Maldivas‘, da Netflix. “Eu diria que o trabalho me fez chegar melhor até aqui. Foi um ano de muita colheita. Passei a acreditar mais em mim e me conhecer melhor”, avalia Carol, que, na vida particular, está separada do ator Bruno Cabrerizo. “Foram dois anos de uma história bonita e feliz, que merece ser respeitada e guardada apenas entre nós. Decidimos seguir, cada um, o seu caminho. Nos admiramos muito e mantemos a amizade que nos aproximou”, declarou, em seu Instagram.

Carol celebra o ano que trouxe o reconhecimento para a carreira que começou cedo, no teatro, aos 9 anos. “Fiz trabalhos importantes e mergulhei em autoconhecimento. Comecei 2021 finalizando as gravações de ‘Maldivas‘, que tinham sido paralisadas ano passado. Também teve o lançamento de ‘Veneza‘, o filme lindo do Miguel Falabella, ainda em um momento que as pessoas não estavam saindo muito, uma pena, mas já está disponível na Star+ . Esse filme me trouxe muita alegria, porque mostrou um renascimento pra mim. Foi meu primeiro trabalho depois de ser mãe, ainda amamentava. E nele ganhei meu primeiro prêmio, tudo isso teve muito significado”, conta a atriz, que ganhou o Kikito no Festival de Gramado por seu trabalho no longa.

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“Estou feliz por estar atuando muito no cinema. Filmei uma comédia, o ‘Dois mais Dois’, e o ‘Ninguém é de Ninguém‘, inspirado no livro da Zibia Gasparetto, em que faço uma personagem que sofre em uma relação abusiva, tóxica, um trabalho que mexeu muito comigo. Acho que o que me fez ficar melhor foi essa oportunidade de poder trabalhar em um período tão difícil para tanta gente. Tudo tem um por quê, mas sinto que minha colheita profissional está acontecendo neste momento, que calhou de ser um período crítico mundial. Estou grata de poder fazer o que mais amo e me complementa, e de estar viva, com tantas pessoas partindo. E tem a alegria de ver minha filha crescendo, a maior da minha vida”.

Amor, fé e superação

Beth Goulart perdeu a mãe, a atriz Nicette Bruno, que morreu no fim de 2020 em decorrência da Covid-19. As duas eram muito próximas e até moravam no mesmo condomínio. Este ano, sua irmã, a atriz e diretora Bárbara Bruno enfrentou complicações da mesma doença, ficando internada em um CTI de hospital, mas felizmente se recuperou. Em toda essa jornada, Beth demonstrou serenidade e força, apesar da dor. Espírita, a atriz fez da fé e do autoconhecimento através dela, seu norte. “Se pensar em retrospectiva, digo que foi um ano de perdas, ausência, adaptação à uma vida sem a presença de minha mãe. É um processo de transformação muito grande, auto conquista. Foi um ano muito difícil, de retomada de uma nova forma de viver. De introspecção de minha mãe e do meu pai (Paulo Goulart 1933-2014) dentro de mim. Então, foi um ano de fortalecimento pessoal também, mas através da perda, da falta da presença”.

“A fé me trouxe até aqui, foi um instrumento fundamental para superar os momentos difíceis, conseguir encontrar a minha forma interior, minha capacidade de superação encontrando novas soluções. A fé me ajudou no processo de resiliência, de me colocar de uma nova forma no mundo, com um novo olhar”.

Reinvenção

Aos 57 anos, Cristiana Oliveira segue desenvolvendo o trabalho de empresária e palestrante, mas sem deixar de lado os projetos como atriz. Ela esteve no ar pela última vez na novela “Topíssima” (2019), na Record, mas vai estar de volta em breve, desta vez nas telonas, já que ela começa o ano no set de filmagem. “Como empresária os trabalhos continuaram, mesmo na pandemia. Mas adaptando, aumentamos a ação digital. Estamos trabalhando o triplo, mexeu muito com a economia. Ter que me reinventar novamente não me assusta. Há alguns anos, me readaptei após 22 anos de TV Globo, que era uma espécie de segunda casa para mim. Mas fui sem medo, ressignifiquei, me tornei empresária e segui com minha carreira de atriz também. Sou do movimento. E acho que tudo que estamos vivendo, tão difícil, também vai possibilitar novos significados”.

Revendo 2021, a atriz observa. “Acho que esses últimos dois anos foram muito importantes para o crescimento de qualquer pessoa, mas com 2021 veio também a esperança pela vacina, graças à ciência e à evolução da medicina. Ficamos mais esperançosos. Este ano e o passado têm essa ligação muito forte, é como se tivéssemos vivido 10 anos em dois, foi muito amadurecimento”.

A mãe de Rafaella, 32, e Antônia, 21, e avó de Miguel, acrescenta: “A valorização da vida vem regendo meus dias e acho que de muitas pessoas depois de tudo que passamos coletivamente. Me sinto mais sensível a tudo também, aprendi muito. Mais do que nunca a minha família é a minha vida. Minhas filhas, neto, meu marido, irmãos, que ainda estão vivos. Tudo isso reaproximou a gente. Também aprendemos a conhecer melhor quem estava por perto. Tirei desse ano um grande uma grande lição”.

Apesar de não estar no remake de ‘Pantanal‘, que tem estreia prevista para abril de 2022 e marcou sua carreira com a icônica personagem Juma Marruá, ela já demonstrou sua empolgação e torcida pela nova equipe da produção. Após ver uma cena inédita do remake da Globo, no especial 70 Anos Esta Noite, exibido na última terça-feira (21), quando Alanis Guillen apareceu caracterizada e interpretando a personagem vivida por ela na trama original da década de 1990, Cristiana deixou um recado para a atriz que ganhou a personagem na versão atual. “Vida nova a Juma! Arrasa, Alanis Guillen”, postou. Uma vez rainha, sempre rainha.

Determinação

Depois de passar por programas como ‘Encontro com Fátima Bernardes’ e ‘Vídeo ShowAlinne Prado está à frente do TV Fama, na Rede TV, há alguns meses. A apresentadora enfrentou rumores de crise na produção e o desafio de fazer parte da reformulação de um formato que existe há 20 anos. Além disso, tem inspirado quem vem se sentindo representado. Tanto que, recentemente, respondeu, no ar, a um vídeo postado pela influencer Adriana Sant’Anna, falando no Instagram que buscava uma empregada doméstica que cobrasse pouco nos Estados Unidos. Alinne foi certeira na crítica, sem medo de expor sua visão: “Deve ser muito difícil não poder escravizar ninguém”. Ela diz que estar à frente de um programa como o TV Fama fala da importância da pluralidade na TV brasileira: “O convite veio em combo. Minha voz e minha cor são indissociáveis. E fui chamada pela minha postura profissional e consciência sócio-racial”.

"Assumi a apresentação do TV Fama, e tive êxito em transformar o programa de fofocas em jornalismo de celebridades - levando minhas opiniões de maneira empática, assertiva e afetuosa" (Divulgação)

“Assumi a apresentação do TV Fama, e tive êxito em transformar o programa de fofocas em jornalismo de celebridades – levando minhas opiniões de maneira empática, assertiva e afetuosa” (Divulgação)

Para a apresentadora, apesar de todos os desafios, 2021 foi um ano fundamental em sua trajetória. “O ano me deixou mais lúcida, amorosa, determinada e plena. Assumi a apresentação do TV Fama, e tive êxito em transformar o programa de fofocas em jornalismo de celebridades – levando minhas opiniões de maneira empática, assertiva e afetuosa. Tive que aprender a viver distante de casa, pois passava a semana em São Paulo e os finais de semana no Rio de Janeiro. Isso me fez valorizar mais cada instante ao lado da minha família. Trabalhei muito, prosperei, ajudei, protestei, gargalhei, orei e me amei.  Essa sequência de ‘ei‘ me ajudou muito a chegar até aqui (risos)”.