Ela é um fenômeno e isso ficou ainda mais evidente no bate papo que o site HT teve com Maisa Silva. A menina coleciona funções: ela é atriz, cantora, modelo, dubladora, apresentadora, youtuber e nas horas vagas fã de Lady Gaga. Nos encontramos no set de filmagem do filme de Thalita Rebouças “Ela Disse, Ele Disse” no Colégio Teresiano, no Rio e Maisa falou sobre a nova personagem, a transição de apresentadora para atriz e o ativismo nas redes sociais.
Após se tornar a adolescente mais seguida no Instagram no mundo, a artista brasileira, como a própria se denomina, iniciou o ano com outra grande novidade: ela dará vida à Júlia, primeira antagonista de sua carreira. No longa baseado no livro mais vendido da escritora Thalita Rebouças, a atriz será a rival de Rosa, interpretada por Duda Matte. A personagem de Maisa vai ser a responsável por organizar as maiores confusões da escola e será conhecida como M.A.B.U (Menina Arrogante e Burra). “A minha primeira antagonista chegou no momento certo. A Júlia é uma versão chata de várias vilãs que já conhecemos. Ela é o começo dessa vilã estereotipada quando se torna adulta”, afirmou. Acostumada com as câmeras desde os três anos de idade, Maisa encara pela primeira vez uma vilã nas telonas. “Não tem sido difícil, apesar de ser um desafio, algo novo na minha vida, mas eu já estava esperando por isso, já estava querendo fazer um papel assim mais pesado e maldoso. Todo ator espera por esse momento de interpretar quantos personagens diferentes puder e conseguir, porque a partir disso é que a gente consegue explorar vários lados e pontos de vistas humanos”, analisou a atriz.
Descoberta em um quadro de calouros do Programa do Raul Gil em 2005, Maisa passou pela Record, Band e pelo SBT, e praticou a arte da apresentação ao lado de grandes mestres da televisão brasileira como Silvio Santos. E em 2012, unindo a desenvoltura diante das câmeras e a facilidade para decorar textos ela se aventurou pelo mundo da dramaturgia. “Foi muito natural a passagem de apresentadora para atriz, apesar de ter sido muito difícil. Acho que foi uma das maiores dificuldades da minha carreira, pois eu já estava acostumada a falar para a câmera a minha vida inteira. Para mim a câmera é para onde eu tinha que me direcionar, era o meu ponto de foco e daí me colocaram em uma novela. Eu só tinha feito uma peça de teatro na escola, então eu era muito amadora em atuação. E me falavam para esquecer que a câmera existia. E eu pensei: ‘Como assim’?, mas é verdade quando fui reparar as novelas, os filmes, ninguém olha diretamente para a câmera”, relembrou Maisa, que acrescentou: “Eu antes de atuar não sabia que eu tinha tanta facilidade para decorar falas. Eu leio todo o script antes, mas as minhas cenas para decorar eu leio no dia, na hora de gravar praticamente”.
A estrela mirim recentemente entrevistou o elenco da famosa série Stranger Things a pedido da Netflix e foi elogiada pela habilidade em guiar a conversa. Maisa nos contou sobre a diferença em atuar e apresentar. “Como apresentadora você está sendo quem você é, ou seja, está expondo suas opiniões e controlando o que está acontecendo, porque o apresentador controla tudo. O tempo de chamar um quadro, os convidados e a única pessoa que está orientando ele é o diretor. Mas como ator, não é só você ali em cena e em foco, têm milhares de pessoas, tem que ouvir muito o outro, trocar, emprestar o seu corpo para outra personagem e como apresentadora eu nunca tinha experimentado isso”, destacou Maisa, que pretende continuar por esse caminho múltiplo na televisão. “É muito legal a oportunidade que eu tive de fazer tantos projetos incríveis nas duas áreas. Enquanto eu estou com um personagem e aparece algo para eu apresentar, algum vídeo para eu gravar. Eu também sempre participo das trilhas sonoras dos filmes que eu faço, então uma coisa vai levando a outra. E eu acho legal poder trilhar tudo junto e não desistir de nenhuma profissão”, admitiu.
Quase vinte milhões de pessoas acompanham a rotina de Maisa no Instagram, apesar de não conseguir compreender esse número, ela tem consciência do poder de voz que tem. “Eu não sei como mensurar isso, porque a ficha ainda não caiu. Na verdade nunca caiu desde quando eu tinha 50 mil seguidores até hoje que eu tenho milhões. Para mim continua sendo a mesma coisa e eu defino com duas palavras: muita gente. Eu acho estranho, mas ao mesmo tempo eu posso usar esse espaço e oportunidade para falar sobre assuntos que eu acho importante e a partir disso ajudar outras pessoas. Por exemplo, existem as vaquinhas na internet e eu com um simples clique posso divulgá-las e milhares dos meus seguidores vão lá e ajudam quem precisa. Então isso é o mais legal de ter essa visibilidade nas minhas mãos”, concluiu.
Muitos fãs e maturidade de sobra, né?
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