Ser protagonista de uma dramaturgia não é para qualquer um, mas a responsabilidade só aumenta quando estamos falando de um projeto que promete mudar a história do audiovisual brasileiro. Foi exatamente esta pressão que Cauã Reymond precisou lidar nos bastidores de Ilha de Ferro, dirigido por Afonso Poyart. A série é a maior aposta da Rede Globo nos últimos tempos por se tratar do primeiro conteúdo audiovisual produzido especialmente para a plataforma de streaming da emissora, a GloboPlay. Além de inaugurar, de certa forma, uma espécie de Netflix brasileiro, o produto também investe em efeitos especiais, ação e drama sob um panorama bem brasileiro. “Fico lisonjeado por ser o protagonista de uma série na qual a Globo está apostando tanto. Espero que o resultado consiga trazer uma nova visão do audiovisual, se desdobrando em inúmeras vertentes. Fico muito feliz pelo feedback que já estamos recebendo, porque realmente fiz escolhas para estar neste projeto. Cheguei a negar personagens muito interessantes em veículos fortes e potentes para estar aqui”, garantiu Cauã Reymond. O galã interpreta um talentoso engenheiro que divide a sua vida entre uma plataforma de petróleo e uma relação conturbada com a namorada. Com a segunda e terceira temporada confirmadas, a trama estreou esta semana no aplicativo e ainda será exibida na segunda-feira na Tela Quente.
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Junto com toda a responsabilidade que Cauã assumiu, viver o papel do Dante já é, por si só, um desafio. Em cena, o ator enfrenta diversos desafios, acidentes e, ainda, discussões fervorosas que exigem sua dedicação total. “Este personagem demanda um esforço psicológico e físico. Foi muito difícil interpretá-lo. Todos os meus colegas que estavam trabalhando comigo na plataforma também tiveram um desgaste físico enorme. No meu caso, além desta demanda, o meu papel também vive momentos de drama muito fortes ao lado da Sophie Charlotte, do Klebber Toledo e da Maria Casadevall”, informou. Tudo isto sem tempo para descanso. Com a agenda cheia, Cauã está filmando o longa Pedro, de Laís Bodanzky, desde início de novembro, que trata de uma cinebiografia sobre o monarca Dom Pedro I, que também é produzido por ele. Assim que as gravações terminarem no final de dezembro, o galã terá uma pequena férias de duas semanas antes de voltar com força total para os bastidores de Ilha de Ferro, no dia 02 de janeiro.
Um dos maiores desafios de Ilha de Ferro é trazer cenas profundamente dramáticas com um forte panorama de ação por trás. Cauã Reymond precisou caprichar no drama psicológico dos personagens enquanto tinha que imaginar todo o cenário com o qual estava lidando, afinal, a grande maioria das tomadas é recheada de efeitos especiais. Logo no primeiro episódio, o ator encarou a dificuldade de interpretar a queda de um helicóptero enquanto discutia com o irmão, papel de Klebber Toledo. O galã só conseguiu ver de fato o resultado final quando assistiu à cena, já que antes tinha apenas uma noção de como seria. “Realmente não sabia o que esperar, porque gravamos em vários dias diferentes. Foi uma cena bem difícil. Filmamos em uma piscina, em um caminhão de água, em um helicóptero… O processo foi bem longo”, salientou Cauã. “Admiro muito o nosso diretor Afonso Poyart por conseguir unir tantas vertentes da dramaturgia, seja a ação ou o drama, em uma mesma tomada sem parecer forçado”.
Durante a preparação para viver todas as dificuldades que este personagem apresentou, o ator chegou a participar de um curso especialmente feito por engenheiros que irão subir em uma plataforma de petróleo. Como o papel apresenta uma forte dualidade entre a vida do rapaz embarcado e na terra, o artista aproveitou a oportunidade para fazer das aulas um laboratório. Cauã chegou a conversar muito com os profissionais que levavam esta vida para entender os seus dramas familiares. “Quando comecei a pesquisar a vida destas pessoas, a primeira coisa que quis saber era a relação que eles possuíam com o núcleo familiar deles. Queria saber se as mulheres se mantinham fiéis, por exemplo. (risos) Consegui conversar com alguns petroleiros durante o curso. Realmente, esta dicotomia entre estes dois mundos era muito presente nos bate-papos na hora do almoço. Fiquei muito tocado por tudo o que ouvi, o que só intensificou a minha vontade de atuar. Foi uma das coisas que mais me encantou neste personagem”, afirmou o galã. Na série, o Dante não gosta de retornar a sua casa e prefere a vida no mar, principalmente, devido a sua relação conflituosa com a personagem de Sophie Charlotte.
O Dante de Ilha de Ferro é apenas mais um personagem complexo interpretado por Cauã Reymond. Cada vez mais, o profissional vem investindo em figuras mais diversas e plurais, fugindo de estereótipos. “Estou indo em busca de papéis cada vez mais complicados. Me interessa muito também a dualidade da minha carreira, indo atrás sempre de figuras diferentes para descobrir novas áreas. Exatamente por isto apostei no filme Uma Quase Dupla, ao lado da Tatá Werneck, porque me levou para novos horizontes que o público, inclusive, não esperava”, afirmou. Com direção de Marcus Baldini, o longa em questão trata de uma série de assassinatos que se desenrolam em uma pequena cidade. O subdelegado, vivido pelo galã, recebe a ajuda de uma investigadora, interpretada por Tatá Werneck, para buscar solucionar os casos. “Esta vontade de mudar está dentro de mim como artista”, complementou.
Apesar do turbilhão que vem acontecendo na sua vida profissional, Cauã Reymond ainda consegue arrumar tempo para aproveitar a vida. O ator aproveitou as gravações do filme Pedro em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos no Rio de Janeiro, para curtir uns momentos com a sua atual namorada, Mariana Goldfarb. Os dois estavam separados, mas retomaram o romance recentemente e o ator já fez questão de se declarar nas redes sociais. “Saudades de você aqui em Sampa comigo”, escreveu na legenda de uma foto onde ambos aparecem abraçados. Fofos, não?
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