Com a chancela de reunir o melhor do design e nomes consagrados, a Artefacto Beach & Country lança a poltrona Calisto – que se destaca pela arte, qualidade estética, ergonomia e conforto -, assinada pelo designer Júnior Brandão, piauiense de Teresina e que tem um trabalho autoral magnífico. A peça-desejo é perfeita para a sinergia indoor e outdoor da casa contemporânea multifuncional. “Minha busca é por plasmar a beleza e trazê-la para o nosso convívio. E é assim que tenho feito. É tal qual pinçar algo no mundo da fantasia e ter o prazer de concretizar em forma de arte”, pontua Junior.
Durante nossa conversa sobre o processo criativo plural que pauta sua vida, o designer revela que foi buscar na mitologia grega a inspiração para batizar a poltrona-obra de arte. Calisto foi a bela ninfa transformada por Zeus na Constelação Ursa Maior. Junior Brandão fez também uma analogia da peça com os anos que ele dedicou à moda: “Acho que remete à fluidez de um tecido”.
Segundo ele, “a poltrona Calisto nasceu do mesmo conceito que permeia o meu trabalho como artista plástico. A criação de um espaço ou objeto nascido da percepção do cheio e do vazio formado pelas inúmeras partes que compõem a peça. Eu chamo de paramétrica analógica já que todo o processo é feito ‘alla prima’ sem desenhos prévios ou concepção anterior. Entro no ateliê e começo a curvar o alumínio e tentar entender o que ele me diz. Portanto, cada peça é na verdade uma intersecção entre design/utilitário e arte. É tudo só matéria, fogo e muita paixão”.
A ARTE DE VIVER E ALINHAVAR SONHOS
Aos 18 anos, Junior Brandão, um apaixonado pela arte figurativa, vendeu toda uma série de pinturas a óleo durante uma exposição em Teresina e foi para a Europa. “Sabe aquele típico eurotur? Pois, então: quando estava na Alemanha, eu pensei: “Nasci para morar aqui”. Com esta ideia na cabeça, ele retornou ao Brasil. Mas… por apenas alguns meses. Sem falar uma palavra em alemão, mas fluente em outras quatro línguas, Junior desembarcou em Frankfurt e foram três anos na Europa. E como se manteve durante todo esse tempo, Júnior? “É melhor você perguntar no que eu não trabalhei”, diverte-se, acrescentando: “Em três meses, eu já falava alemão e me considerava uma ONU ambulante. Trabalhava em restaurantes por um tempo, por exemplo, e seguia viajando. Quando o dinheiro acabava, conseguia um novo emprego temporário. E assim foi até eu me dar conta que minha vida cabia em uma mochila”.
O designer voltou ao Brasil e lembra que, durante uma conversa com a irmã, que já tinha uma marca de roupas, ela disse: “Menino, vamos trabalhar com moulage”. Moulage ou draping é a técnica de modelagem de roupas que consiste em trabalhar o tecido e as formas de uma peça diretamente sobre o manequim. Uma técnica que começou na alta-costura, na França. “E assim o fiz. Com três anos, nós tínhamos 20 funcionários. Eu desenhava desde as estampas dos tecidos até os modelos das peças, incluindo também acessórios. Depois de algum tempo, minha irmã precisou seguir outro caminho e eu decidi focar em roupas para noivas”.
Até que sua busca de integração entre as artes plásticas e o design o levou a uma nova experiência: começou a fazer esculturas em metais variados, como o cobre e o latão. Em seguida, desenvolveu uma pesquisa utilizando o alumínio com pintura eletrostática para criar poltronas e cadeiras exclusivas que pudessem ser usadas em ambientes indoor e outdoor. Voilà! “São como verdadeiros poemas em forma de design. Acredito no design utilitário e o artístico ao criar esculturas de sentar”, frisa Junior Brandão, que termina esta entrevista com a frase: “Eu remo a favor e a arte sempre acontece na minha vida”.
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