“Vivemos um momento em que precisamos de confraternização”, diz atriz Fernanda Montenegro na cerimônia do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro


Manifestações políticas, homenagens a sétima arte nacional e emoção do público e da atriz Fernanda Montenegro moldaram o tom da noite do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, realizado nesta terça-feira (18) na Cidades das Artes

Com filmes simbólicos da história do audiovisual brasileiro sendo passados no palco, músicas nacionais que retratam o Cinema Novo cantadas pela cantora Laila Garin, e uma homenagem tocante à atriz Fernanda Montenegro, foi difícil conter a emoção na 17ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro realizado na Cidade das Artes, Barra da Tijuca no Rio. Mas não só de confraternização o evento foi pautado, a noite também foi política. Logo na primeira premiação, a equipe de Vênus Filó, a Fadinha Lésbica, produção vencedora na categoria de curta-metragem de animação levou um papel com a hashtag #EleNão, se referindo ao movimento contra o candidato à presidência do PSL, Jair Bolsonaro. E foi assim pela noite toda, com discursos que também iam contra a homofobia e o descaso do governo com a cultura do país.

Os apresentadores do evento, Laila Garin e Charles Fricks, que comandaram a festa com muita descontração (Foto: Anderson Borde/AgNews )

O grande vencedor da noite foi o filme Bingo – O Rei das Manhãs, que concorria em 15 categorias e levou 8 troféus Grande Otelo para a casa, incluindo o de melhor longa-metragem de ficção. O ator Vladimir Brichta venceu na categoria de melhor ator e falou com o site HT da relevância desse personagem em sua vida, inspirado na história do palhaço Bozo. “Certamente é o personagem no cinema mais marcante na minha carreira por inúmeros motivos. Também pelo fato de eu estar fazendo um ator, o grau de empatia com ele era muito grande, eu entendia muito suas angústias. Eu jamais tomaria os rumos que ele tomou, mas eu compreendo e defendo com o maior carinho do mundo”, contou. Quando Brichta finalizou seu discurso no palco, ele foi enfático: “Bingo sim, Bozo sim…Bozonaro não!”, aplaudido fervorosamente pela plateia.

Equipe de “Bingo – O Rei das Manhãs” recebe o prêmio principal da noite: melhor longa-metragem de ficção (Foto: Anderson Borde/AgNews )

Quem também levou uma das estatuetas mais importante para a casa foi a atriz Maria Ribeiro. Ela ganhou o Grande Otelo de melhor atriz pela Rosa de Como Nossos Pais e em lágrimas disse que sempre sonhou em ganhar “o Oscar do cinema brasileiro”. A diretora, Laís Bodansky, venceu na categoria de melhor direção e falou do filme como encorajamento para mais representatividade feminina no cinema. “Eu acho que o cinema recentemente começou a se debruçar em cima da história da mulher contemporânea. A gente precisa falar e se reconhecer nessa tela, mudar nosso próprio ponto de vista. Muitas vezes, nós mulheres somos muito machistas sem nem perceber, porque tudo que a gente consome nos induz a esse erro. Como Nossos Pais é um pouco dessa provocação”, expõe.

Maria Ribeiro com o Grande Otelo nas mãos (Foto: Anderson Borde/AgNews)

O segundo longa mais premiado da noite foi A Glória e a Graça, de Flávio Ramos Tambellini, com três troféus. A festa, organizada pela Academia Brasileira de Cinema, teve como temática principal enaltecer a magia de assistir um filme no escurinho do cinema. Cenas de Lisbela e o Prisioneiro (2003), Cinema, Apirinas e Urubus (2005) e O Último Cine Drive-In (2015) foram exibidas em meio a performances dos apresentadores Charles Fricks e Laila Garin.

Homenagem a Fernanda Montenegro 

Um dos momentos mais emblemáticos da noite foi a comovente homenagem aos 75 anos de carreira da atriz Fernanda Montenegro. Um trecho de Central do Brasil (1998) foi exibido no palco e logo em seguida o ator Vinícius de Oliveira, que contracenou quando tinha apenas 13 anos com ela, recitou um cordel de Bráulio Bessa feito especialmente para Montenegro, que refletia sobre a beleza do tempo. Ovacionada pelo público e visivelmente emocionada, a artista de 88 anos falou do seu amor pela sétima arte: “Eu acho que me tornei atriz por causa do cinema. No subúrbio onde me criei as mães iam para o cinema com os filhos mamando, os filmes retratavam esperança”.

Fernanda Montenegro ovacionada pelo público (Foto: Anderson Borde/AgNews )

Os cineastas Zelito Viana, Luís Carlos Barreto e Cacá Diegues também subiram no palco para prestigiá-la, e a Grande Dama, como é chamada no meio artístico, ainda foi surpreendida quando Luís Carlos Barreto se ajoelhou aos seus pés. Depois disso, a artista mostrou uma lista com o nome dos diretores que fizeram parte de sua vida. “São os diretores que me chamaram e acharam que eu valia a pena em uma tela. Sem eles, eu não estaria aqui, a gente é matéria-prima, são os diretores que nos dão vida”, dizendo o nome de todos em lágrimas. Ela ainda ressaltou a importância da paz em tempos como esse: “Estamos vivendo um momento em que precisamos de uma confraternização, de uma união, de se acalmar e racionar. Ter uma emoção humanizada”.

Luiz Carlos Barreto se ajoelha para a atriz Fernanda Montenegro com Vinícius de Oliveira ao lado ( Fotos Anderson Borde/AgNews )

No evento, algumas personalidades da cultura nacional, conversaram com o site HT sobre a gigante expressividade da atriz. O ator Vinícius de Oliveira foi um deles. Ele, que fez parte da homenagem nos palcos, demonstrou toda sua admiração. “Fernanda é uma das maiores atrizes do Brasil e do mundo! Por todo seu trabalho e excelência, por todo o tempo que ela doa para a arte e por tudo que ela ainda necessita fazer. Central do Brasil me fez estar aqui do lado dela e senti-la presente e forte”, disse. Antônio Pitanga também era só elogios. “Conheço ela há muitos anos, ela é a dama do teatro brasileiro, do cinema brasileiro e é merecedora de tudo isso, nós precisamos estar aqui para aplaudir essa grande atriz”, contou. Já Vladimir Brichta é certeiro: “Ela tem uma referência gigante e brutal, e não só isso, é uma atriz espetacular”. Dira Paes, que concorria pelo filme Redemoinho, fez questão de enfatizar o caráter único da atriz. “Ela tem a admiração do Brasil inteiro e é muito mais do que isso, é uma mãe incrível, uma mulher exemplar e sobretudo uma cidadã que precisamos replicar por aí.”

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Confira a lista completa dos vencedores:

MELHOR LONGA-METRAGEM DE FICÇÃO 
· A GLÓRIA E A GRAÇA, de Flávio Ramos Tambellini 
· BINGO – O REI DAS MANHÃS, de Daniel Rezende 
· COMO NOSSOS PAIS, de Laís Bodanzky 
· ERA O HOTEL CAMBRIDGE, de Eliane Caffé 
· GABRIEL E A MONTANHA, de Fellipe Barbosa 
  
MELHOR LONGA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO 
· CORA CORALINA – TODAS AS VIDAS, de Renato Barbieri 
· DIVINAS DIVAS, de Leandra Leal 
· NO INTENSO AGORA, de João Moreira Salles 
· PITANGA, de Beto Brant e Camila Pitanga 
· UM FILME DE CINEMA, de Walter Carvalho 
  
MELHOR LONGA-METRAGEM COMÉDIA 
· FALA SÉRIO, MÃE!, de Pedro Vasconcelos 
· DIVÓRCIO, de Pedro Amorim 
· LA VINGANÇA, de Fernando Fraiha 
· MALASARTES E O DUELO COM A MORTE, de Paulo Morelli 
· OS PARÇAS, de Halder Gomes 
  
MELHOR LONGA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO 
· AS AVENTURAS DO PEQUENO COLOMBO, de Rodrigo Gava 
· BRUXARIAS, de Virginia Curia Martinez 
· BUGIGANGUE NO ESPAÇO, de Ale McHaddo. 
· HISTORIETAS ASSOMBRADAS – O FILME, de Victor-Hugo Borges 
· LINO – UMA AVENTURA DE SETE VIDAS, de Rafael Ribas 
  
MELHOR LONGA-METRAGEM INFANTIL 
·DETETIVES DO PRÉDIO AZUL de André Pellenz. Produção: Sandi Adamiu, Marcio Fraccaroli, André Fraccaroli, André Pellenz  por Paris Entretenimento 
·UM TIO QUASE PERFEITO de Pedro Antonio. Produção: Mariza Leão e Erica Iootty por Morena Filmes 
  
MELHOR DIREÇÃO 
· DANIEL REZENDE por Bingo – O Rei das Manhãs 
· DANIELA THOMAS por Vazante 
· ELIANE CAFFÉ por Era o Hotel Cambridge 
· FELLIPE BARBOSA por Gabriel e a Montanha 
· LAÍS BODANZKY por Como Nossos Pais 
  
MELHOR ATRIZ 
· CAROLINA FERRAZ como GLÓRIA por A Glória e a Graça 
· CAROLINE ABRAS como CRIS por Gabriel e a Montanha 
· DIRA PAES como TONINHA por Redemoinho 
· LEANDRA LEAL como LÚCIA por Bingo – O Rei das Manhãs 
· MARIA RIBEIRO como ROSA por Como Nossos Pais 
· MARJORIE ESTIANO como EMÍLIA por Entre Irmãs 
  
MELHOR ATOR 
· ALEXANDRE NERO como JOÃO CARLOS MARTINS ADULTO por João, o Maestro 
· IRANHDIR SANTOS como LUZIMAR por Redemoinho 
· JESUÍTA BARBOSA como PEDRO MALASARTES por Malasartes e o Duelo com a Morte 
· JOÃO PEDRO ZAPPA como GABRIEL por Gabriel e a Montanha 
· VLADIMIR BRICHTA como AUGUSTO MENDES por Bingo – O Rei das Manhãs 
  
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE 
· ANA LUCIA TORRE como MARTA MENDES por Bingo – O Rei das Manhãs 
· CAMILLA AMADO como BIBICA por Redemoinho 
· CLARISSE ABUJAMRA como CLARICE por Como Nossos Pais 
· LETÍCIA COLIN como LINDALVA por Entre Irmãs 
· SANDRA CORVELONI como GRAÇA por A Glória e a Graça 
  
MELHOR ATOR COADJUVANTE 
· AUGUSTO MADEIRA como VASCONCELOS por Bingo – O Rei das Manhãs 
· CESAR MELLO como OTÁVIO por A Glória e a Graça 
· CLÁUDIO JABORANDY como DR. DUARTE por Entre Irmãs 
· FABRICIO BOLIVEIRA como JEREMIAS por Vazante 
· FELIPE ROCHA como PEDRO por Como Nossos Pais 
· JORGE MAUTNER como HOMERO por Como Nossos Pais 
· SELTON MELLO como PACO por O Filme da Minha Vida 
  
MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA 
· LULA CARVALHO; ASC/ABC por Bingo – O Rei das Manhãs 
· FELIPE REINHEIMER por Soundtrack 
· GUSTAVO HADBA por A Glória e a Graça 
· INTI BRIONES por Vazante 
· WALTER CARVALHO por O Filme da Minha Vida 
  
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL 
· CAROL BENJAMIN, LEANDRA LEAL, LUCAS PARAIZO E NATARA NEY por Divinas Divas 
· DANIELA THOMAS E BETO AMARAL por Vazante 
· ELIANE CAFFÉ, INÊS FIGUEIRO E LUIS ALBERTO DE ABREU por Era o Hotel Cambridge 
· FABIO MEIRA por As Duas Irenes 
· LAÍS BODANZKY E LUIZ BOLOGNESI por Como Nossos Pais 
· LUIZ BOLOGNESI por Bingo – O Rei das Manhãs 
· MARCELO GOMES por Joaquim 
· MIKAEL DE ALBUQUERQUE E LUSA SILVESTRE por A Glória e a Graça 
  
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO 
· FLÁVIA LINS E SILVA, LG BAYÃO E MIRNA NOGUEIRA – adaptado da série “DPA – Detetives do Prédio Azul”, de Flávia Lins e Silva – por Detetives do Prédio Azul 
· GEORGE MOURA – adaptado da obra “Inferno Provisório – O Mundo Inimigo Vol II” de Luiz Ruffato – por Redemoinho 
· MARCELO VINDICATTO E SELTON MELLO – adaptado da obra “Um pai de cinema”, de Antonio Skármeta – por O Filme da Minha Vida 
· MIKAEL DE ALBUQUERQUE – adaptado do livro “3000 Dias no Bunker – um plano na cabeça e um país na mão”, de Guilherme Fiuza – por Real – O Plano Por trás da História 
· PATRÍCIA ANDRADE – baseado da obra “A Costureira e o Cangaceiro”, de Frances de Pontes Peebles – por Entre Irmãs 
  
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE 
· CARLA CAFFÉ por Era o Hotel Cambridge 
· CÁSSIO AMARANTE por Bingo – O Rei das Manhãs 
· CLAUDIO AMARAL PEIXOTO por Entre Irmãs 
· CLAUDIO AMARAL PEIXOTO por João, o Maestro 
· CLAUDIO AMARAL PEIXOTO por O Filme da Minha Vida 
  
MELHOR FIGURINO 
· ANA AVELAR por Entre Irmãs 
· CÁSSIO BRASIL por Como Nossos Pais 
· CÁSSIO BRASIL por Vazante 
· KIKA LOPES por O Filme da Minha Vida 
· VERÔNICA JULIAN por Bingo – O Rei das Manhãs 
  
MELHOR MAQUIAGEM 
· ANNA VAN STEEN por Bingo – O Rei das Manhãs 
· ANNA VAN STEEN por Malasartes e o Duelo com a Morte 
· EMI SATO por João, o Maestro 
· MARCOS FREIRE por A Glória e a Graça 
· MARLENE MOURA E UIRANDÊ HOLANDA por O Filme da Minha Vida 
  
MELHOR EFEITO VISUAL 
· DIEGO MORONE, LUCIANO NEVES E LUIZ ADRIANO por Soundtrack 
· GUILHERME RAMALHO, LUIS CARONE E DANIEL DIAS por Bingo – O Rei das Manhãs 
· HUGO GURGEL por Joaquim 
· OMAR COLOCCI por O Rastro 
· RICARDO BARDAL por Malasartes e o Duelo com a Morte 
  
MELHOR MONTAGEM FICÇÃO 
· BRUNO LASEVICIUS E JULIA PECHMAN por João, o Maestro 
· MÁRCIO HASHIMOTO por Bingo – O Rei das Manhãs 
· MÁRCIO HASHIMOTO por Era o Hotel Cambridge 
· RODRIGO MENECUCCI por Como Nossos Pais 
· SÉRGIO MEKLER por A Glória e a Graça 
  
MELHOR MONTAGEM DOCUMENTÁRIO 
· ABIGAIL SPINDEL por Waiting For B 
· EDUARDO ESCOREL E LAÍS LIFSCHITZ por No Intenso Agora 
· GIBA ASSIS BRASIL por Quem é Primavera das Neves 
· JULIANA MUNHOZ por Pitanga 
· NATARA NEY por Divinas Divas 
  
MELHOR SOM 
· BRUNO ARMELIN, EVANDRO LIMA, MARCEL COSTA, PEDRO SÁ, DAMIÃO LOPES E GUSTAVO LOUREIRO por Memória em Verde e Rosa 
· FELIPPE SCHULTZ MUSSEL, VINÍCIUS LEAL E JESSE MARMO por Divinas Divas 
· GEORGE SALDANHA, BERNARDO UZEDA E ARMANDO TORRES JR; ABC por O Filme da Minha Vida 
· GEORGE SALDANHA, FRANÇOIS WOLF E ARMANDO TORRES JR; ABC por João, o Maestro 
· JORGE REZENDE, ALESSANDRO LAROCA, EDUARDO VIRMOND LIMA, RENAN DEODATO E ARMANDO TORRES JR; ABC por Bingo – O Rei das Manhãs 
· JOSÉ MOREAU LOUZEIRO, SIMONE ALVES E ARIEL HENRIQUE por A Glória e a Graça 
  
MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL 
· ANTONIO PINTO por Como Nossos Pais 
· ARTHUR B. GILLETTE por Gabriel e a Montanha 
· BETO VILLARES por Bingo – O Rei das Manhãs 
· PEDRO TAMBELLINI por A Glória e a Graça 
· PLÍNIO PROFETA por O Filme da Minha Vida 
  
MELHOR TRILHA SONORA 
· BETO VILLARES por Malasartes e o Duelo com a Morte 
· GUILHERME VAZ E MARCO ANTONIO GUIMARÃES por Um Filme de Cinema 
· JULIO BRESSANE por Beduino 
· MAURO LIMA, FAEL MONDEGO E FÁBIO MONDEGO por João, o Maestro 
· PAULÃO 7 CORDAS por Memória em Verde e Rosa 
· RICA AMABIS E BETH BELI por Pitanga 
  
MELHOR LONGA-METRAGEM ESTRANGEIRO 
· BLADE RUNNER 2049/Blade Runner 2049 (EUA) – dirigido por Denis Villeneuve. Distribuição Sony Pictures 
· DUNKIRK/Dunkirk (EUA) – dirigido por Christopher Nolan. Distribuição: WarnerBros 
· EU, DANIEL BLAKE/I, Daniel Blake (Inglaterra) – dirigido por Ken Loach. Distribuição: Imovision 
· LA LA LAND – CANTANDO ESTAÇÕES/La la Land (EUA) – dirigido por Damien Chazelle. Distribuição Paris Filmes 
· UMA MULHER FANTÁSTICA/ Una Mujer Fantástica (Chile) – dirigido por Sebastian Lelio. Distribuição: Imovision 
  
MELHOR CURTA-METRAGEM ANIMAÇÃO 
· ANIMAIS, de Guilherme Alvernaz 
· O VIOLEIRO FANTASMA, de Wesley Rodrigues 
· PELEJA DO SERTÃO, de Fabio Miranda 
· SOB O VÉU DA VIDA OCEÂNICA, de Quico Meirelles 
· TORRE, de Nádia Mangolini 
· VÊNUS-FILÓ A FADINHA LÉSBICA, de Sávio Leite 
  
MELHOR CURTA-METRAGEM DOCUMENTÁRIO 
· BAMBAS, de Anna Furtado 
· BORÁ, de Angelo Defanti 
· CANDEIAS, de Reginaldo Faria & Ythallo Rodrigues 
· EM BUSCA DA TERRA SEM MALES, de Anna Azevedo 
· O GOLPE EM 50 CORTES OU A CORTE EM 50 GOLPES, de Lucas Campolina 
· O QUEBRA-CABEÇA DE SARA, de Allan Ribeiro 
· OCUPAÇÃO DO HOTEL CAMBRIDGE, de Andrea Mendonça 
  
MELHOR CURTA-METRAGEM FICÇÃO 
· A PASSAGEM DO COMETA, de Juliana Rojas 
· CHICO, de Irmãos Carvalho 
· DE TANTO OLHAR O CÉU GASTEI MEUS OLHOS, de Nathália Tereza 
· NADA, de Gabriel Martins 
· TENTEI, de Laís Melo 
· THE BEAST, de Michael Wahrmann e Samantha Nell 
· VACA PROFANA, de René Guerra