Turma da Mônica – Lições já é sucesso e Gabriel Moreira, o Cascão diz: ‘Com amigos é mais fácil vencer os medos’

Gabriel Moreira (Foto: Divulgação/Serendipity Inc)

* Por Carlos Lima Costa

Personagens brasileiros famosos das histórias em quadrinhos, Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali estão de volta em uma segunda aventura cinematográfica Turma da Mônica – Lições e a produção já colhe os louros. O longa, lançado dia 30 de dezembro, foi assistido por 200 mil pessoas em apenas uma semana e a turma vai virar série no Globoplay. Gabriel Moreira, que dá vida a Cascão, comenta que o filme mostra que é muito bom crescer sem deixar de ser criança. “Mas cada personagem também tem um ensinamento que levou para a vida. O meu, o Cascão, é a de que é muito mais fácil vencer os medos juntos com os seus amigos”, diz o ator de 13 anos sobre a sequência de Turma da Mônica – Laços, que em 2019, foi visto por mais de dois milhões de pessoas. “São filmes com propostas diferentes. O Lições é bem mais emocionante”, opina ele.

A trama mostra os amigos tendo que encarar consequências após decidirem fugir da escola por terem esquecido de fazer o dever de casa. Os pais resolvem mudá-los de colégio e, nesse momento, vão descobrir o verdadeiro sentido da amizade. Além de outros atores mirins, o filme dirigido por Daniel Rezende traz nomes consagrados como Malu Mader, Isabelle Drummond e Monica Iozzi.

Gabriel retorna à telona com mais bagagem. Afinal, o longa anterior havia sido a primeira experiência dele como ator. Ele venceu as seis etapas da seleção, ganhando o papel sem ter experiência nem mesmo de aulas de teatro. “Eu dançava hip hop. Ao vencer um festival de dança, ganhei uma bolsa de teatro de uma agência. Automaticamente estava cadastrado nessa agência, só que não tinha ido a nenhuma aula de teatro, quando me mandaram para o teste da Turma da Mônica. Participei da seleção mais na brincadeira. Nunca tinha feito nada como ator, então, fiquei surpreso quando fui o escolhido”, relembra o filho da psicóloga Bianca, e do dono de imobiliária, Leonardo.

“Curiosamente, o Cascão era o personagem que eu mais gostava da Turma da Mônica”, afirma Gabriel (Foto: Serendipity Inc)

Na época, Gabriel e os intérpretes da Mônica (Giulia Benite), Cebolinha (Kevin Vechiatto), Magali (Laura Rauseo) souberam da aprovação através do próprio criador dos míticos personagens, Mauricio de Sousa. “A gente se emocionou muito quando ele nos contou, nos parabenizou, foi demais. Temos até o vídeo desse momento. Até agora a minha ficha não caiu”, frisa.

Gabriel sempre foi fã e cresceu lendo os gibis da Turma da Mônica. “Nunca imaginei que pudesse interpretar o Cascão, como disse nunca tinha pensado nem em atuar”, reforça ele. E prossegue: “Curiosamente, o Cascão era o personagem que eu mais gostava da Turma da Mônica”. E confessa em que se identificava com ele. “Com o companheirismo dele com o Cebolinha. E, hoje em dia eu gosto de tomar banho, mas, antes, não gostava muito não. Isso começou a mudar depois do primeiro filme. Mas essa característica dele é muito comum”, diverte-se.

Os colegas da escola também vibraram com a conquista. “Meus melhores amigos ficaram malucos quando receberam a notícia, ansiosos para ver o filme, porque era o amigo fazendo o Cascão, um personagem histórico”, conta ele, que em 2022 vai cursar o nono ano do ensino fundamental. “Sou bom aluno quando me dedico. Minha matéria favorita é História e eu estou aprendendo a gostar de Matemática”, diz.

Cartaz do filme Turma da Mônica – Lições, que estreia nos cinemas de todo o Brasil no próximo dia 30

Além dos filmes da Turma da Mônica, Gabriel já marcou presença em outros trabalhos, como na série A Divisão, do Globoplay, e na novela Jesus, na Record. “Quando crescer quero continuar atuando, gosto muito, mas desejo mais ser diretor ou roteirista”, revela.

Fora dos sets de gravações e filmagens, e da escola, Gabriel gosta de passear com os amigos, jogar videogame e futebol. Torcedor do Flamengo, em campo, prefere ficar na zaga. “Ser jogador é um sonho muito passado , quando tinha 7, 8 anos. Até fiz escolinha, mas nunca foquei, jogava mais para me divertir, pela interação com os amigos, da resenha, da brincadeira”, conta ele que frequenta pouco o Maracanã. “Eu adoro futebol, mas o meu pai não gosta de me levar por causa de brigas. Vamos quando é um jogo mais tranquilo. Esse ano, colocaram tudo a perder na Libertadores. Foi triste, a gente tem um elenco, só não tem técnico”, analisa ele, que marca presença também nas redes sociais. No Instagram, por exemplo, tem 188 mil seguidores.