* Por Junior de Paula
Enquanto no Brasil o público é obrigado a aturar os mesmos jurados sem graça no The Voice BR, nos EUA, o programa original ganha pontos principalmente por mudar a cada temporada pelo menos um dos artistas que se sentam nas cadeiras de costas para o candidato a ganhar o título de “A Voz” e assinar um contrato com uma grande gravadora. Nada contra Claudia Leitte, Carlinhos Brown, Lulu Santos e Daniel. Muito pelo contrário, são artistas da maior grandeza e repletos de valor para a música brasileira, mas não funcionam no palco do programa e, ainda assim, eles insistem em não arredar o pé do reality.
Pois bem: estreou neste domingo (1/3) no Brasil, pelo canal Sony, a oitava temporada do The Voice USA e, para nossa alegria, Christina Aguilera está de volta à sua cadeira giratória. Ao seu lado, a dupla que está por lá desde o início do programa, formada por Adam Levine – que teve seus candidatos vencendo duas vezes -, e Blake Shelton – vencedor de quatro temporadas -, além de Pharrell Williams, que depois de estrear na bancada do ano passado, garantiu sua permanência na edição 2015 do programa. Por ali, só para lembrar, também já passaram Shakira, Gwen Stefani, Cee-Lo Green e Usher.
A velha disputa e as muitas alfinetadas entre Adam Levine e Blake seguem firmes e fortes, com os dois se provocando o tempo inteiro e se divertindo quando um dos candidatos preferem um ao outro. Mas, a grande novidade desta temporada é a interação entre Pharrell e Christina, que estão juntos no júri pela primeira vez e já arrumaram tempo para gravarem músicas juntos, como a própria cantora comentou recentemente. Christina conseguiu dois fortes candidatos já na primeira noite de audições, enquanto Pharrell levou três para o seu time. Blake também segue com dois, enquanto Adam não convenceu nenhum dos candidatos que ele era o técnico ideal. Situação, claro, que rendeu muitas piadas e risadas irônicas de Blake.
Pelo que se viu neste primeiro episódio, Pharrell vai dar trabalho para a auto estima de Adam, já que o vocalista do Maroon 5 perdeu todas as disputas que entrou com o cantor de “Happy”, o qual já se provou uma fábrica de hits e um exímio produtor de ótimos álbuns. Christina, por sua vez, fez suas caras e bocas de sempre, provocou os vizinhos de cadeira com comentários ácidos e com sua pose de diva, lutando com força por quem ela acreditava. O “The Voice USA”, além de mostrar um alto nível de candidatos, também prima por apresentar boas histórias de bastidores em relação à vida fora dos palcos de cada um dos candidatos.
Neste primeiro dia, vimos um personagem levando a mãe que sofreu um AVC e tem todo o lado esquerdo do corpo paralisado. A outra levando o pai que sofre de Mal de Parkinson, além da jovem de 16 anos contando que tem os pais surdos e mudos e que ela também tem uma pequena deficiência auditiva. Tudo mostrado sem sensacionalismo, com delicadeza e, apesar de não influenciar em nada na decisão dos jurados, humaniza o programa e aproxima o espectador. Tudo muito bem comandado pelo apresentador Carson Jones Daly.
O programa, a quem interessar possa, vai ser apresentado todos os domingos e segundas-feiras, às 22:30h, no canal Sony.
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