Sabrina Sato estreia reality no GNT e avalia mudança profissional: “Tive medo, mas agi acreditando que vai dar certo”

*Por Brunna Condini

Falar em recomeços nunca foi tão atual e tão potente. E quem não gostaria de ter uma super ajuda para ressignificar o seu ambiente e a história contida nele? Até porque, muitas vezes, não sabemos nem por onde começar. É exatamente essa a pegada do reality ‘Desapegue Se For Capaz‘, que estreia nesta sexta-feira (6), no GNT. A atração conta com a desenvoltura e carisma de Sabrina Sato para entrar nos lares das pessoas, que tiveram suas vidas afetadas pelo acúmulo de objetos e pela bagunça, e enfrentam o desafio do desapego. Se juntando à Sabrina, e formando o ‘power trio’ do programa, a personal organizer Micaela Góes e a arquiteta Gabriela de Matos.Sabrina menciona as grandes mudanças que aconteceram em sua vida nos últimos meses. “Tive que desapegar de tudo o que já tinha feito, e começar uma nova história para vir para o GNT, a Globo. É só desapegando que você se abre para o novo. Tenho medo, mas sou movida a desafios. Temos que ter a coragem de enfrentar, para não ficarmos iguais. Precisava apostar em mim, e estava bem amparada para isso. Agi com o coração, acreditando que vai dar certo”.

Sabrina Sato apresenta reality e fala da mudança para o GNt e a Globo: “Tenho medo, mas sou movida a desafios” (Foto: Paulo Troya)

Em coletiva realizada na manhã desta terça-feira (3), Sabrina comentou sobre a ‘gincana’ que precisou realizar para gravar a atração em meio ao Carnaval – a apresentadora é rainha de bateria da Vila Isabel, e pisou emocionada na Marquês de Sapucaí após dois anos de pandemia – Além da Vila, ela também é rainha da Gaviões da Fiel e desfilou pelas duas escolas, em diferentes cidades, na mesma noite. “Estava com muita saudade. Foi emocionante demais. Para conseguir dar conta, tenho uma equipe que me ajuda muito, senão não seria possível. A minha agenda é mais viva do que eu. Mas conseguimos alinhar tudo, só não conseguimos organizar a minha cachola (risos)”, diz, bem humorada, como de costume.

Aproveitando o tema do reality, o desapego e ressignificar a partir dele, ela também revela o que faz com suas fantasias de Carnaval. Afinal, são 18 anos desfilando. “Procuro doá-las para ONGs, instituições, para os trabalhadores de Carnaval. Pago caro, gasto muito e doo depois. Foram importantes para mim naquele momento. guardo a recordação, as fotos. Até fico com algumas, para uma exposição no futuro. Mas a maior parte é doada”.

Sobre as fantasias de Carnaval: “Procuro doá-las para ONGs, instituições, para os trabalhadores de Carnaval. Pago caro, gasto muito e doo depois” (Reprodução)

Sobre a atração do GNT, Sabrina diz que além de ter se comovido com as histórias das pessoas com o que possuem, acumulam, e a ligação com suas memórias afetivas, também refletiu sobre sua própria relação com as coisas. “É um programa que fala de amor. Olha, sou uma das pessoas mais bagunceiras que conheço, e até sou consumista, mas desapego bastante. Gosto de consumir roupas, sapatos, comida. Essa história da casa falar sobre a gente, é louco. Minha casa, por exemplo, é cheia de gente todo dia. Então, tem que ter muita comida (risos), tenho que providenciar as coisas para atender a isso. Mas reflito cada vez mais sobre consumo, e ensino o que aprendo para a Zoe. É engraçado, pensando agora, todo mundo que convive comigo acha que não sou consumista, que sou até ‘pão dura’, não compro tanto. Ganho muita coisa também. Já o Duda, todo dia chega uma caixinha dele pela internet, de algo que comprou, coisinhas”, divide.

Ressignificando o universo ao redor

Ainda mencionando a própria experiência com o desapegar em sua rotina, Sabrina Sato avalia. “Esse programa tem me proporcionado um aprendizado grande. Estou passando por uma mudança profissional, e acho que isso também tem a ver com a transformação que estou propondo para as pessoas no reality. Isso toca as pessoas, é bom demais acompanhar, é um grande desafio”, analisa, sobre o objetivo da atração que em dez episódios, provoca uma transformação na vida dos participantes, por meio da reorganização, decoração e arrumação completa dos seus lares, seguindo princípios como consumo consciente e descarte responsável.

Sabrina entre Micaela Goés e Gabriela de Matos, o ‘power trio’ à frente do novo reality do GNT, ‘Desapegue se for capaz’ (Foto: Paulo Troya)

“Eu e o Duda (Nagle) só brigamos por causa da filha e da bagunça (risos). Ainda mais nesses dois anos de pandemia. É engraçado como nós mulheres nos sentimos culpadas pela bagunça da casa inteira. E é um lugar que todo mundo mora, então todo mundo faz bagunça. Outra curiosidade que o programa mostra, é que muitos acham que mulheres são mais apegadas que os homens, mas isso varia muito. o programa mostra. Meu pai , por exemplo, deixa tudo à mostra, pra poder se lembrar das coisas, para não perder, e vai ficando aquele acúmulo de coisas”.

Partindo da própria experiência, mais uma vez, a apresentadora revela. “Pensando nas coisas que guardo, tenho dois diários, alguns papeis de carta, e fotos de tudo quanto é gente guardadas. Não pergunta de quem(risos). Namorou a pessoa você rasga? Algumas sim, outras não (risos). Também amo sapatos, mas não sou exatamente apegada”, diz.

“Esse reality faz as pessoas reverem suas vidas através da reorganização. O programa nos traz uma reflexão importante de como o desapego pode ser tornar difícil quando existe o lado emocional” (Reprodução)

“Sou desapegada mesmo, gente. Doo as coisas da Zoe todo mês. As minhas dou para leilão, ONGs, parentes. Recebo muito coisa, sou obrigada a fazer isso. Vai entrando e vai saindo. Nestes três últimos meses, minha vida foi tocada ainda mais, então estou em um processo de desapego gigantesco. Todas as roupas que usei no programa são de brechó e upcycling . E vou colocar muitas peças no Enjoei. Ontem saíram do armário mais de 100 peças. Nossa casa fala mesmo muito da gente. As vezes nos apegamos a coisas e não sabemos nem porquê. Ia receber a Mica (Micaela Góes) por lá, mas fugi (risos). Me identifico com as famílias, porque ainda estou me preparando psicologicamente para isso, esse encontro, tenho vergonha (risos). A próxima missão lá em casa, vai ser no escritório do Duda”.

“Pensando nas coisas que guardo, tenho dois diários, alguns papeis de carta, e fotos de tudo quanto é gente guardadas” (Reprodução)

E acrescenta: “Esse reality faz as pessoas reverem suas vidas através da reorganização. O programa nos traz uma reflexão importante de como o desapego pode ser tornar difícil quando existe o lado emocional. Mas também nos faz pensar como é válido exercitar o consumo sustentável e responsável. A transformação foi muito benéfica para as famílias envolvidas. Desapegar também nos ajuda a criar consciência em dar um novo significado para tudo. Imagina a casa de vocês, num galpão, toda na horizontal para ser observada, analisada. É impactante”.