“Confirmada a caravana Medellín 2016. #NARCOS estará de volta ano que vem”. Foi com essa frase que a Netflix anunciou, ainda no final de 2015 e sem a primeira temporada ir ao ar, a confirmação de uma segunda temporada de “Narcos”, produção sobre o traficante colombiano Pablo Escobar (1949-1993) protagonizada pelo nosso Wagner Moura e dirigida por José Padilha (de “Tropa de Elite”). Só que o tempo passou e as notícias não são tão animadoras assim. Ao que tudo indica, essa será a segunda e última temporada da série.
As gravações estão atrasadas e, diante a pressão do público, a Netflix parece ter dado um ultimato em forma de grito nos bastidores para que tudo ganhe os devidos rumos. Muitos problemas se agravaram após a saída de Adam Fierro como showrunner da produção. Ele, aliás, é fruto, bom citar, de uma troca das cadeiras quando Chris Brancato abandonou o barco. Para tentar ajudar, o próprio diretor José Padilha assumiu as canetas e, ao lado do americano Eric Newman (de “Filhos da Esperança”), vão tentar dar continuidade o mais rápido possível.
E os problemas não para por aí: se a primeira temporada foi contada com uma grande parte da vida de Escobar, agora, para a segunda, sobra apenas o final da cronologia: sua morte. Ou seja: precariedade de enredo. Até o momento, o consenso é: não há história que sobreviva mais que a segunda temporada, vide o esgotamento da primeira. Pablo Escobar que, na próxima leva de episódios só terá mais cerca de 18 meses de vida, não resistirá para que uma terceira seja contada.
No mais, lembram quando, em abril de 2015, HT contou aqui que Wagner Moura seria a estrela do remake de “Magnificent Seven”, ou “Sete Homens e Um Destino”, em português? Ai, ai. Tudo foi por água abaixo. O motivo? Segundo o diretor Antoine Fuqua (de “Dia de Treinamento”), a “culpa (é) de Pablo Escobar”. Consta que houve uma conversa por telefone entre Fuqua e Wagner e ele se mostrou envolvido e ocupado com a produção do Netflix. E mais: o peso que o ator brasileiro ganhou para viver Escobar também contou pontos…negativos. Ele precisaria, além de conciliar agenda, de enfrentar a balança. Ossos do ofício.
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