Respire fundo e prepare a risada: hoje estreia em todos os cinemas o filme “Contrato Vitalício”, o primeiro do Porta dos Fundos para as telonas. Mas, como o HT sempre te adianta as novidades, caro leitor, fomos ontem ao Rio Sul acompanhar a pré-estreia com o elenco. Por lá, conversamos com o ator Fábio Porchat, que nesse trabalho, também assumiu o roteiro da trama ao lado de Gabriel Esteves. Segundo o ator e roteirista, o filme é uma “comediona” e uma garantia de risada. “É uma história bem maluca e original. Não são os esquetes do Porta, a gente não foi pelo caminho mais fácil. O longa é uma narrativa doida e nova, e cada um do grupo tem um personagem diferente que não tinha feito ainda. Para chegar ao resultado final, nós passamos por oito tratamentos do filme. Mas, depois de todos os esses estágios, ficou como havíamos imaginado”, disse.
Então vamos à história! A trama conta sobre a amizade do diretor Miguel (Gregório Duvivier) e do ator Rodrigo (Fábio Porchat) que, eufóricos após ganharem um prêmio internacional de cinema, assinam em um guardanapo de bar um contrato vitalício para estarem sempre juntos nos trabalhos cinematográficos. Porém, os anos passam, Rodrigo se torna um importante e conhecido profissional e Miguel some. Mas, quando o diretor retorna, surge com um roteiro insano que pode destruir a carreira consolidada do amigo ator que, por causa do contrato assinado no passado, não pode recusar o papel. Ian SBF, que é um dos criadores do Porta dos Fundos e no longa que estreia hoje ocupa a posição de diretor, disse que as ideias para esse roteiro vieram da vida. “Eu acho que é por isso que esse filme fala tanto de celebridade e do mundo dos famosos, que é algo que nós estamos vivendo muito hoje em dia. Para mim, a gente sempre olha para as nossas vivências para inspirarem um roteiro. E eu acho que o Fábio escolheu isso, porque é o que ele está vivendo hoje. É hilário. Quer dizer, é ridículo”, afirmou.
Sobre as expectativas para levar o sucesso dos vídeos do YouTube para as telonas, o ator do Porta Antônio Tabet disse que a estratégia foi manter a fórmula que conquista o público do canal. “O segredo sempre foi fazer um conteúdo de qualidade e com um humor que a gente acredita. Isso deu certo nos esquetes, na série para a internet e no seriado da tevê. E a gente repete esse processo agora. É um trabalho com qualidade e um roteiro que a gente julga engraçado. Então, se o público reconhecer essa autenticidade e espontaneidade da trama, eu tenho certeza que vai ser um sucesso”, contou.
E o texto é, sem dúvidas, uma questão muito importante entre os integrantes do grupo. Em contrapartida, ao HT, Gregório Duvivier disse que essa preocupação não é tão frequente nos outros trabalhos artísticos brasileiros. E, em um campo novo, o cinema, essa atenção do grupo ao roteiro foi ainda mais imprescindível. “A gente gosta muito de trabalhar a narrativa. No Brasil existe uma tendência de não cuidar muito do texto, que, muitas vezes, é meio desprezado. Porém, eu gosto muito desse tratamento atencioso. Então, a gente ficou debatendo durante horas sobre uma piada, por exemplo, para que o roteiro ficasse perfeito”, destacou.
Apesar de ter a companhia feminina de Julia Rabelo no longa, na noite da pré-estreia carioca, Thati Lopes era a única representante das mulheres da trama. Sobre isso, a atriz, claro, brincou com humor da situação. “Estou aqui hoje representando o ‘Contrato Vitalício’ sozinha, mas acompanhada da galera. Engraçado que eu não tenho essa sensação de ‘Ai meu Deus, eu sou a única mulher’. Nós somos um grupo e eu me sinto tão parte como eles. Não tem essa diferença”, disse.
Durante a fase de produção do longa, surgiu a polêmica do uso da Lei Rouanet no primeiro filme do Porta dos Fundos. E, eles que não deixam passar nada, ao posarem para a foto ontem no Rio Sul exclamaram “Lei Rouanet” para dar aquela alfinetada. E, coube ao ator e roteirista Fábio Porchat comentar o caso. Segundo ele, todo esse boato não atrapalhou em nada. “As pessoas falam de tudo. Quando dizem que o ‘Contrato Vitalício’ teve esse incentivo, nem sabem que o cinema não participa. Paras filmes, o que vale é a Lei do Audiovisual. A maioria das pessoas que critica, não sabe como funciona. Então, com as que conhecem o assunto, não tem tempo ruim. De um modo geral, para a gente, está bem tranquilo”, finalizou. Alguém tem dúvida?
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