Relembrar os filmes brasileiros das décadas de 1950 até 1970 já é uma delícia. Já rever Vera Fischer, na flor da idade, estampando o cartaz do filme “A Super Fêmea” (1973), que estrelou sob a batuta de Aníbal Massaini Neto, é irresistível, ainda mais quando se sabe que o escritor Sílvio de Abreu atua neste longa como ator, muito antes de começar a escrever novelas de televisão. Sim, o passado pode deliciosamente condenar. A exposição “4 x 3: A Arte do Cartaz de Cinema”, que será exibida no MAM Rio a partir deste sábado prega esse golpe baixo para atrair sua atenção. Vale fazer romaria em direção ao museu, no dia da inauguração, 8 de fevereiro, para conferir os dezoito cartazes brasileiros exibidos, todos produzidos em décadas emblemáticas para o cinemão brazuca e assinados pelos artistas gráficos Benício, Jayme Cortez e Ziraldo – o suprassumo do design gráfico nacional neste período. Além dos cartazes, também serão apresentados livros, documentos e vídeos sobre estes três geniais artistas.
“Reunidos de acordo com o tipo social retratado – o trabalhador, o boêmio, a ‘gostosa’ e o ícone –, a exposição investiga um momento de transição e afirmação específica do país e desta arte entre nós, ressaltando a passagem de uma sociedade urbano-industrial para uma de consumo”, afirma Hernani Heffner, conservador-chefe e curador-assistente da Cinemateca do MAM Rio.
Segundo ele, de Ziraldo, estarão os cartazes dos filmes “O Donzelo” (1970), de Stefan Wohl; “A Mulata que queria pecar” (1977), de Victor di Mello; “Os Paqueras” (1969), de Reginaldo Faria; “A Penúltima donzela” (1969), de Fernando Amaral; “Quem tem medo de lobisomem” (1974), de Reginaldo Faria; “Rio, verão & amor” (1966), de Watson Macedo, e “Toda donzela tem um pai que é uma fera” (1966), de Roberto Farias.
De Benício, haverá cartazes dos filmes: “Esse Rio muito louco” (1976), de Denoy de Oliveira, Geraldo Brocchi e Luiz Alberto Pereira; “Eu faço… Elas sentem” (1975), de Clery Cunha; “O Libertino” (1973), de Victor Lima; “As Loucuras de um sedutor” (1976), de Alcino Diniz; “Pintando o sexo” (1977), de Egydio Eccio e Jairo Carlos, e “A Superfêmea” (1973), de Aníbal Massaini Neto. E de Jayme Cortez, estarão: “Chofer de praça” (1958), de Milton Amaral; “Jeca Tatu” (1959), de Milton Amaral e “O Lamparina” (1964), de Glauco Mirco Laurelli.
Divirta-se! Dá só uma olhada no que vem por aí:
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