*Por Brunna Condini
Nesta terça-feira (23) tem estreia de mais uma temporada do programa ‘Que história é essa, Porchat?’, com Fabio Porchat, às 22hh30, no GNT. Poderia ser mais uma estreia como outra qualquer, trazendo a alegria do sucesso e a continuidade do trabalho, mas não são tempos como outros. Com a pandemia ‘engolindo’ a vida de todos nós há pouco mais de um ano, voltar a gravar com os convidados no estúdio – tomando todas as medidas de segurança e os devidos testes de Covid-19 – dá uma injeção de energia na dinâmica do programa. “Foi uma maravilha poder ter os convidados de volta. Nada substitui o ‘olho no olho’. O calor humano, mesmo com distanciamento social, faz toda a diferença na hora de comentar as outras histórias, por exemplo”, conta Porchat sobre a atração que vai manter a plateia virtual.
O apresentador celebra poder trazer boas histórias e alguma leveza em um momento como este. E mantém as ‘misturas’ boas na seleção dos convidados, tanto que no episódio de estreia, teremos Xuxa Meneghel, Manu Gavassi e o padre Fábio de Melo.
Porchat adiantou que Xuxa e o padre Fábio de Mello fizeram revelações “estarrecedoras” e que a estreia “vai ser épica”. Fico pensando em como foi a gravação com Xuxa, ela deve ter muitas histórias para contar… “Gravar com a Xuxa é sempre um acontecimento. Sempre me surpreendo como ela é boa entrevistada, participante de programa, entende tudo de TV. Além disso, Xuxa ainda tem muitas histórias inéditas, o que é curioso para uma pessoa que tem 40 anos de televisão e já deu entrevistas para todo mundo. Ela ainda tem histórias muito interessantes e contou umas cinco. Todas muito boas! Foi incrível”, diz, aumentando o suspense e a nossa vontade de assistir.
E você foi ‘baixinho’ da Xuxa? “Fui. Assistia muito a Xuxa, os seus filmes. Mas desde que comecei a gravar com ela na Record que virei amigo. Já saímos muito para jantar, conversamos, a gente já se frequenta”.
E, apesar da alegria com o retorno à grade, Porchat fala sobre o estado de saúde do amigo Paulo Gustavo, que está internado com a Covid-19 desde o último dia 13, e nesta segunda-feira (22) precisou ser intubado. “Eu e o Paulo Gustavo nos formamos juntos em teatro, na CAL (Casa das Artes de Laranjeiras), e a nossa primeira peça na vida também foi juntos, ‘Infraturas’. Escrevi e fiz com ele, então somos muito próximos mesmo”, lembra. “Eu fico com o coração muito apertado em saber as notícias, tenho me informado com a família. Hoje não dormi direito com a história da intubação. Acordei de manhã nervoso, querendo notícias, é uma coisa que toca muito a gente, saber que alguém que amamos está mal, é muito forte”.
O humorista inclusive fez um post para o amigo, acompanhado de uma foto antiga dos dois, em que escreveu: “Ele ia odiar essa foto. Ia me ligar pedindo pra eu parar de postar essas coisas antigas. Por isso mesmo que eu tô postando. Pra ele se recuperar logo, sair dessa e me dar um esporro o quanto antes! Só apago se você sarar! Meu amigo, a gente precisa de você aqui! Te amo, Paulito!”.
Nós, do site HT, também estamos na torcida para que o Paulo Gustavo se recupere logo!
Projetos e engajamento
Nunca se consumiu tanta TV e streaming quanto nestes tempos de coronavírus. E Fabio Porchat tem essa consciência. Tanto, que prioriza a leveza na pauta do seu ‘Que História é essa?’. “Já gravei quatro programas (são 40 na temporada). Já teve Juliana Paes com histórias de samba. Ailton Graça, Luciana Gimenez, se metendo em roubada, Ana Paula Araújo. Muita gente legal. A história da Ana Paula Araújo, por exemplo, é que ela foi ‘salva’ pelo Ratinho (risos), na dispersão em desfile de escola de Samba. Rolou uma situação e ela teve que ser içada por um guindaste. História ótima (risos). E nesta temporada, as histórias dos convidados da plateia também estão muito boas. Tem de quase assassinato, de apartamento em prédio que quase caiu, tudo bem inusitado”, adianta. Além destes convidados, a lista para os próximos programas conta com Isis Valverde, Ícaro Silva, Bruna Linzmeyer, Carol Castro, Carol Solberg, Jessica Ellen, entre outros.
Não é segredo que ele sonha em levar Faustão ao programa. Mas em relação às recentes especulações sobre ser um dos nomes apontados para substituir o apresentador aos domingos, Porchat desconversa. “Quero muito Faustão no meu programa! Imagino que este ano esteja sendo muito forte para ele, mas ano que vem, quando estiver mais descansado, quem sabe? Já disse mil vezes que é um sonho ter ele na plateia porque esse é um que deve ter muitas histórias boas para contar e saber contar bem história, porque é muito bom falante”. E acrescenta: “É um cara que vai fazer muita falta (Faustão anunciou que vai se aposentar), um grande nome da história da comunicação, então não tem como substituir o Faustão, acho que não tem ninguém à altura. O que acho que dá para fazer é reinventar um outro tipo de programa. Teria que ir mais neste caminho”.
Além do programa, Porchat tem também o projeto do reality Futuro Ex-Porta, do Porta dos Fundos, que foi adiado ano passado por conta da pandemia, mas deve ser gravado entre abril e maio. O apresentador está à frente do Papo de Segunda, no GNT, e ainda tem interagido muito nas suas redes, inclusive com engajamento. Ele vai lançar este ano a segunda edição do Divulga Porchat, ação em que disponibilizou seu nome para ajudar os pequenos empreendedores ano passado. “Em abril eu já digo quais são as empresas em que vou me doar como garoto propaganda, para já tirarmos as fotos, fazermos os vídeos, como foi a primeira edição, que deu super certo. É uma pequena forma de me doar, fazer minha parte, já que está tão difícil para todo mundo, para os pequenos e para os microempresários. Se eu conseguir ajudar um pouquinho já faço a diferença para alguém”.
Quais são suas angústias no momento? “Acho que as angústias que sinto são as mesmas da maioria dos brasileiros. Com esse desgoverno, com as mortes, a pandemia, com as pessoas indo à falência. Isso tudo vai modificando a vida de quem está no seu entorno imediato e a sociedade de forma geral. Ver tanta gente sofrendo dá muita aflição. Não tem uma luz no fim do túnel. Com esse governo, ‘a luz no fim do túnel’ é um trem que vem na sua direção. Então é muito aflitivo mesmo”.
Viajar com a Nataly (Mega, produtora e esposa de Porchat) tem ajudado? “Sim, tenho viajado e acho que viajar dá uma onda, agora que já entendemos um pouco mais como essa doença funciona. As pessoas perguntam se eu não tenho medo de viajar. Pelo contrário. Me sinto mais seguro em um país onde não estão morrendo três mil pessoas por dia ou tem gente se aglomerando em festa, do que qualquer outra coisa”.
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