Polêmicas da novela ‘Espelho Mágico’, que volta no Globoplay: Censura, veto a uma atriz trans e estreia de Vera Fischer


Em 1977, a personagem de Sonia Braga chamou atenção tanto do público  – que a considerava a melhor – quanto da Censura, que exigiu ajustes, alegando que o papel era “de uma moça livre demais”; gírias foram proibidas e até o veto a uma mulher trans no elenco: Cláudia Celeste (1952-2018), que já tinha atuado em dois capítulos. O autor Lauro César Muniz revisitou a complexidade de “Espelho Mágico”, que explorava a metalinguagem ao misturar tramas de uma novela fictícia, “Coquetel de Amor”, com a encenação de uma peça teatral e um filme. Protagonizada por Glória Menezes e Tarcísio Meira, a obra tratava dos desafios e contradições do universo artístico, além de marcar a estreia de Vera Fischer na Globo. Apesar do apoio da crítica e da ousadia narrativa, “Espelho Mágico” enfrentou baixa audiência e polêmicas, como a censura de cenas e personagens. A partir de amanhã, a obra será disponibilizada no Globoplay

*por Vitor Antunes (com Tião Uellington)

Uma dentro da novela? Definir a telenovela ‘Espelho Mágico‘, que foi transmitida no horário nobre da Globo, em 1977, especificamente pela metalinguagem não é exatamente a melhor alternativa. A novela de Lauro César Muniz que chega ao Globoplay, na segunda-feira, dia 20, de fato tinha dentro de si uma outra trama, ‘Coquetel de Amor‘, mas não apenas isso. Também trazia o ensaio e a montagem de uma peça de teatro, “Cyrano de Bergerac”, e a gravação de um filme estrelado pela personagem de Yoná Magalhães (1935-2015) batizada Nora Pellegrini. Ou seja, um delicioso jogo de espelhos entre diversos textos de ficção e realidade. ‘Espelho Mágico‘ era sobre sucesso e conflitos do cotidiano de atores, diretores e autores. As histórias foram contadas através dos bastidores de ‘Coquetel de Amor’, inserida na trama. Havia a história de artistas que se dividiam entre a TV e o teatro, que entravam em decadência; ou ainda uma Miss Brasil, Vera Fischer, que era chamada para fazer uma novela – algo que aconteceu dentro e fora da trama: Vera foi Miss Brasil em 1969 e estreou na TV em ‘Espelho Mágico‘. Em 1977, a Censura correndo solta na novela e incluindo até o veto a uma mulher trans no elenco: Cláudia Celeste (1952-2018).

Uma realidade sanduichada por dramaturgia e ficção. No elenco, os maiores artistas da TV, como Tarcísio Meira, Glória Menezes, Juca de Oliveira, Yoná Magalhães, Sonia Braga, Vera Fischer e Carlos Eduardo Dolabella, Lima Duarte, entre outros. O autor, Lauro César Muniz, sustenta que não havia confusão entre uma novela e outra. “‘Espelho Mágico’ era mais poderosa do que ‘Coquetel‘. A Globo me fez assistir o debate de um público bem simples numa sala grande, de uns 150 lugares, por aí. E eu não aparecia, eu ficava escondido assistindo. Era um grupo de discussão. E a gente sentia que ‘Espelho Mágico‘ era uma novela que interessava muito. A vida dos atores, a vida das atrizes. Aquela menina pobre que sai do subúrbio para ser artista… [papel da Sonia Braga].”

A personagem de Sonia Braga chamou atenção tanto do público  – que a considerava a melhor – quanto da Censura, que exigiu ajustes, alegando que o papel era “de uma moça livre demais”. Durante a ditadura militar, capítulos de 40 minutos foram reduzidos a 25. Os Censores implicaram até com a gíria da época “pombas”, alegando conotação sexual. “A palavra ‘pombas’ escandalizava o público da classe média dessa época. Era uma forma de dizer ‘porra’, que, claro, é palavrão. De todo modo, tínhamos que jogar com as palavras”, relembra o autor Lauro César Muniz. A escrita da novela era complexa, pois consistia, quase oficialmente, em duas novelas, uma peça de teatro e um filme acontecendo simultaneamente. “A experiência com a escrita me permitia ir escrevendo no fluxo do pensamento. A trama estava na minha cabeça. Era algo natural; as soluções surgiam uma atrás da outra para conectar as personagens”, analisa Lauro César.

O então crítico de O Globo, Artur da Távola (1936-2008), explicou a dinâmica de funcionamento da apresentação de “Espelho Mágico” e “Coquetel de Amor“. As tramas eram exibidas divididas em blocos: “A ação de ‘Espelho Mágico’ é lenta. Quando começa a esquentar, corta para ‘Coquetel de Amor’. Quando a ação de ‘Coquetel de Amor ‘esquenta, volta para ‘Espelho Mágico’.”

Os protagonistas de “Espelho Mágico”: Tarcísio Meira e Glória Menezes (Foto: Reprodução Revista Manchete/Biblioteca Nacional)

À época, ‘Espelho Mágico‘ teve uma audiência normal, na média, segundo o IBOPE. Porém, ficou abaixo de suas antecessoras, que fizeram maior sucesso. ‘Duas Vidas’, ao contrário do que se coloca hoje como uma novela pouco vitoriosa, na época era entendida como bem-sucedida. Em uma das entrevistas da época, Lauro também disse que Boni perguntou sobre o fim de alguns personagens, e o escritor respondeu que daria “aquilo que o público quer”. Com os números descendo, e a novela pouco aderida ao público, Boni retrucou: “O público quer que a novela acabe”.

A audiência quando comparada às antecessoras chegaram a levantar a hipótese de que ‘Nina‘, novela das 22h, trocaria de horário com ‘Espelho Mágico’. Segundo Lauro César Muniz, em entrevista ao Jornal do Brasil,Espelho Mágico’ tinha, sim, apoio popular, diferentemente da outra trama que ele escreveu no horário, ‘O Casarão‘, “que só era entendida por intelectuais”.

Como ‘Espelho Mágico‘ e a tal ‘Coquetel de Amor‘ eram tratadas como duas novelas, esta matéria também estará dividida em duas partes, cada uma dedicada a uma das “novelas”.

“Espelho Mágico”: de volta no Globoplay (Foto: Reprodução/Globo)

 

ESPELHO MÁGICO: A SEGUIR, CENAS DO PRÓXIMO CAPÍTULO

Em sua biografia, ‘Lauro César Muniz Solta o Verbo’, o autor conta: “Propus ao Boni e ao Daniel Filho fazer a vida de Carmen Miranda, e ambos acharam a ideia fantástica. Só não conseguimos o apoio da Aurora, a irmã dela, que colocava obstáculos ao projeto, especialmente em razão de seu marido, Oswaldo Massaini”. ‘Espelho Mágico‘ mostrava a vida de dois atores, Diogo e Leila, grandes nomes da TV, vividos por Tarcísio Meira (1935-2021) e Glória Menezes. Ambos trabalhavam na novela ‘Coquetel de Amor‘ e viviam, nesta, os personagens Ciro e Rosana.

Muita história dentro da história? Talvez. Mas não é só isso. O tema da personagem de Sonia Braga, Cynthia Levy, “Tigresa“, era uma música que Caetano Veloso escreveu em homenagem… à Sonia Braga. O personagem de Juca de Oliveira era Jordão Amaral, autor de “Coquetel de Amor“. Na realidade, era a junção do nome de duas pessoas da família de Lauro César Muniz. Jordão era seu avô, e Amaral era o sobrenome de seus avós, fundidos em um só. Ele usou esse mesmo pseudônimo para assinar uma novela, ‘Estrelas no Chão‘, da Tupi, que também não foi muito bem-sucedida. “Em ‘Estrelas no Chão’ assinei a própria novela, pois, como primeira experiência, eu temia não acertar o gênero telenovela. Estava seguro em ser autor de teatro. Como fui bem na experiência de televisão, abandonei o pseudônimo”, conta Lauro César.

Outro detalhe curioso: na novela, a personagem de Glória Menezes chamava-se Rosana, enquanto a de Bibi Vogel (1942-2004), em “Cyrano de Bergerac”, que também era encenada pelos personagens de ‘Espelho Mágico‘, chamava-se Rossana. Naturalmente, os jornais da época confundiam os nomes. Essa sucessão de camadas de metalinguagem levou os jornalistas da extinta Revista Ilusão às ruas, e assim surgiu uma matéria que perguntava o que o povo achava da trama das oito. Uma balconista disse aos repórteres Shirley Costa e Benê Popílio que “‘Espelho Mágico‘ é muito enrolada e complicada para o meu gosto”.

Não entendo a novela, mas acho ela bonita – Telespectadora em depoimento à Revista Ilusão (1977)

Yoná Magalhães em “Espelho Mágico” (Foto: Divulgação/Globo)

Os jornalistas se dividiram sobre a trama. Havia quem a amasse e quem a odiasse. Em uma crítica, Maria Helena Dutra afirmou que Lauro César Muniz era um “lambe-botas sem cessar [da Globo]”. O escritor respondeu com uma carta de desagravo ao Jornal do Brasil, dizendo-se ofendido pelo artigo de Maria Helena, intitulado “A Epidemia das Telenovelas – Títulos em Profusão, Ideias Nem Tanto”. Outro crítico severo foi Chico Anysio, que declarou ao JB em 6 de novembro de 1977: “[Espelho] Não é uma novela. É um equívoco. Uma brincadeira de mau gosto. Ela avacalha a vida dos artistas”. Inclusive, Lauro César Muniz e Chico Anysio trocaram alfinetadas por algumas semanas, tanto no Fantástico quanto em entrevistas nos jornais. “Espelho Mágico” foi tão controversa que, ao seu fim, Lauro concedeu uma extensa entrevista à extinta Revista Amiga, onde foi sabatinado por diversos jornalistas. Perguntavam se a novela foi bem ou mal, se era genial ou catastrófica, ou se valia a pena bancar a ousadia na teledramaturgia:

A magia dos sonhos deve ser substituída pela realidade vivida (…) Ninguém acredita na mágica quando conhece o truque. (…) Que autor se arrojaria a enfrentar uma tempestade como eu enfrentei?” – Lauro César Muniz à Revista Amiga.

Sônia Braga em “Esoelho Mágico” (Foto: Nelson di Rago/Globo)

O personagem Carijó, interpretado por Lima Duarte, era visto como pequeno pelos telespectadores. Ele era um palhaço de circo em decadência, incapaz de se recolocar no mercado. Populares disseram à Revista Ilusão: “Não é digno um ator como Lima Duarte fazer papel de palhaço.” No entanto, Lima Duarte destacou Carijó como um dos papéis mais importantes de sua carreira. Na época, ele explicou que foi inspirado em sua mãe, que também era atriz, e em outra artista, Maria Vidal, que, ao entrar em decadência e ser demitida de uma emissora, tentou suicídio. “Ela chegou a ser socorrida, mas caiu da cama do hospital e, por isso, morreu. Não foi pela tentativa de tirar a própria vida, mas pela queda. O que pode parecer engraçado é, na verdade, trágico”, disse a O Globo. Inicialmente, Carijó terminaria a novela como contrarregra, após não conseguir recolocação no mercado televisivo como ator. Contudo, o personagem recuperou o sucesso como comediante em um quadro da Praça da Alegria.

Lima Duarte em “Espelho Mágico”: “Um ator do tamanho de Lima Duarte não pode fazer um palhaço” (Foto: Nelson di Rago/Globo)

Sobre os preparativos para a novela, Daniel Filho reuniu atores e atrizes separadamente em sua casa para uma espécie de análise em grupo. Ele pediu autorização para gravar as sessões, e as fitas foram entregues a Lauro César Muniz. As gravações talvez ainda existam. “Guardei essas fitas no sítio da minha filha, mas de forma meio abandonada. Talvez tenham sido molhadas com a chuva. Podem estar estar perdidas. Não que tenham algo de excepcional, mas seria interessante ouvir as vozes dos nossos atores daquela época. O conteúdo era muito cuidadoso; os atores tinham medo de falar certas coisas [por conta da ditadura]”, revela o autor.

Ele relembra a chegada de Vera Fischer também: “Eu acompanhei bem, eu cheguei a ser amigo da Vera, porque ela era casada com o Perry Sales (1939-2009), meu amigo do peito, e conversei com o Boni sobre levar a Vera para a Globo, e ele disse: ‘Eu confio em você, mas veja no que você sente fraqueza, porque ela não é atriz. Qualquer intercorrência, diminua o papel’. Vera deixou de ser apenas uma Miss Brasil, linda como ela é, e virou uma atriz de primeira”.

Outra surpresa era Cláudia Celeste (1952-2018), atriz e travesti. Foi a primeira vez que uma travesti fazia uma novela, e isso gerou também polêmica. Na trama, a personagem era corista do Teatro de Revista de Carijó (Lima Duarte). Lauro relembra que tratou com respeito a atriz e a personagem. Ainda hoje circula a informação que Cláudia foi expulsa da novela por uma ordem da Censura: “Ela queria ser uma atriz e não ser reconhecida apenas como travesti ou uma caricatura. A mim não chegou que Claudia tenha sido expulsa da trama por este fato. Mas mantive a personagem como mulher até o fim da sua trajetória na trama”.

Porém, em 1988, ano em que Claudia foi chamada a ser protagonista da novela “Olho por Olho“, da TV Manchete, a revistado Grupo Bloch  publicou uma entrevista na qual a atriz afirma haver feito apenas quatro capítulos: “Eu estava muito bem e de mulher, quando um jornal de Copacabana publicou uma foto minha revelando o meu segredo. Isso repercutiu, eu fui capa da Revista Fatos e Fotos e a Censura veio em cima. Tiveram que sumir com minha personagem”. Outra reportagem da época, da Gazeta de Notícias, publicou a seguinte manchete, que hoje seria bem problemática: “Claudia (ou melhor, Claudio) enganou todo mundo”. E, pior das questões, o nome de batismo de Claudia nem é Claudio….

TRÍVIA 

  • A novela estreou numa terça-feira: 14/06/1977
  • Cogitou-se que a sucessora de “Espelho Mágico” seria escrita por Cassiano Gabus Mendes. Ele só viria a estrear anos mais tarde com ‘Champagne’, em 1983. A sucessora foi “O Astro”, sobre a qual já falamos por aqui.
  • Ziembisnki (1908-1978) estava escalado para a novela, mas acabou sendo substituído por Sérgio Britto (1923-2011). Sandra Bréa também estava cotada, mas foi substituída por Vera Fischer.
  • Com tantos nomes estrelares o elenco teve que ser apresentado em ordem alfabética e o primeiro seria o do desconhecido Aguinaldo Rocha. No fim, Carlos Eduardo Dolabella assumiu a função. Via de regra, cabe à grande estrela da novela o direito de abrir os créditos. Numa das primeiras exibições da novela, alguns nomes foram escritos erradamente, como os de Glória Menezes (como Glória Meneses) e Pepita Rodrigues (como Pepita “Rodrigrues”)

Pepita Rodrigues teve seu nome escrito errado na abertura de “Espelho Mágico” (Foto: Nelson di Rago/Globo)

  • Com efeito, ‘Espelho Mágico’ não foi uma novela popular, mas foi aplaudida pela crítica, tendo sido premiada pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) como a Melhor Novela de 1977. Lídia Brondi ganhou o prêmio de Revelação na TV
  • Espelho Mágico‘ foi a primeira novela de Tony Ramos na Globo, bem como de Vera Fischer e Kito Junqueira (1948-2019).
  • A trilha internacional reunia as suas músicas-tema e as de “Coquetel de Amor”. O lado A para uma, o lado B para outra.
  • Lauro César Muniz refere-se à sua experiência em “Espelho Mágico” desta maneira em sua biografia: “Em termos de grande público, grande audiência, a novela não foi bem e eu fiquei estigmatizado como um autor rebelde. Um autor rebelde, que não se moldava às sugestões da casa”.

COQUETEL DE AMOR: BANDIDO CORAZÓN!

Não faz muito tempo, o site Heloisa Tolipan noticiou que as novelas censuradas pela Globo não seriam disponibilizadas no Globoplay, apenas as exibidas. Entre as censuradas, Despedida de Casado, cujo tema de abertura era “Bandido Corazón”, de Ney Matogrosso. Com a proibição da trama, a música acabou sendo utilizada em ‘Coquetel de Amor’. A partir do capítulo 36 de ‘Espelho Mágico’ (exibido em 25/07/1977), com a estreia de ‘Coquetel de Amor’, a exibição das duas novelas passou a ser alternada. ‘Espelho Mágico’ era interrompida para mostrar o capítulo da noite de Coquetel de Amor, que tinha até uma abertura própria.

Lauro César Muniz afirmou, em uma entrevista da época, que sua referência ao criar ‘Coquetel de Amor’ era mesclar elementos de outras novelas, incluindo algumas de sua autoria, mas de forma mais romanesca. Até o figurino era muito diferente: em ‘Coquetel de Amor’, predominavam elementos dourados, prateados, perucas e piteiras, compondo uma estética bem folhetinesca e latina. “O tom de ‘Coquetel de Amor’ era melodramático, muito próximo ao de uma novela mexicana. Minha intenção era fazer mesmo um coquetel de histórias e clichês do dramalhão, das nossas novelas mais populares. Nela, fazia uma homenagem aos pioneiros do rádio e às estruturas criadas por autores da telenovela, como a Janete Clair e a Ivani Ribeiro.”

Logotipo de Coquetel de Amor, a “novela da novela” (Foto: Divulgação/Globo)

No entanto, no livro Gilberto Braga, o Balzac da Globo, Artur Xexéo e Maurício Stycer mencionam que Janete Clair não entendeu o projeto como uma homenagem, mas como uma sátira a ela – algo que Lauro César Muniz nega. “A imprensa tentou criar uma fofoca entre nós, mas não conseguiu. Janete Clair era uma pessoa excepcionalmente boa, uma companheira que me ajudou muito. Tenho saudades dela e de Dias Gomes, que também me ajudou bastante.”

Espelho Mágico era uma novela muito forte, mas, ao mesmo tempo, muito cansativa para o público popular. Eu achava ótimo falar sobre a televisão, sobre a telenovela dentro da novela. A audiência caiu um pouco, talvez por ser difícil para o público entender essa metalinguagem. De qualquer forma, tive total apoio da Globo. A emissora sustentou a novela, mesmo com a audiência baixa. A crítica acolheu bem a obra, e a direção da emissora também, apesar das dificuldades que enfrentei – Lauro César Muniz

Juca de Oliveira era Jordão Amaral, autor de Coquetel de Amor (Foto: Nelson di Rago/Globo)

Em ‘Coquetel de Amor’ apenas três atores faziam exclusivamente esta trama e não participavam de “Espelho”, Maria Lúcia Dahl , Jorge Botelho e Nelson Caruso. Luiz Armando Queiroz tambem faz uma participação na trama, como ele próprio, reclamando por ter perdido o personagem Cristiano em ‘Coquetel de Amor‘, Paulo Morel (personagem de Tony Ramos). Por esta razão, quando do lançamento de ‘Coquetel‘, a Globo fez um lançamento promocional da novelinha, em O Globo. O elenco citado mistura os atores de verdade com os personagens de “Espelho Mágico”, que viviam atores.

Estreia de Coquetel de Amor: Nomes de atores reais misturados aos fictícios (Foto: Reprodução/O Globo)

TRÍVIA

  • “Coquetel de Amor” estreou numa segunda feira: 25/07/1977
  • Muitas das vezes, disseram que ‘Coquetel’ era um plágio de outra novela, “O Semideus“, de Janete Clair. Talvez isso tenha acontecido após a Revista Amiga manchetar a morte de Ciro como: “Quem viu ‘O Semideus‘ vai se lembrar dessa cena: A explosão do iate”.
  • Coquetel de Amor teve uma trilha nacional própria, lançada comercialmente em um compacto com quatro músicas.
  • Nos resumos dos jornais, o espaço referente ao capítulo do dia era ocupado pelo resumo de “Coquetel” e de “Espelho”. Era vista quase que como uma novela independente.