*Por Rafael Moura
Na noite de ontem (dia 15), o site HT pediu licença e entrou na roda sambando ao som do Grupo Fundo de Quintal, no Rio Scenarium, berço da boemia carioca, na Lapa, Rio de Janeiro, para conhecer os bastidores das histórias que envolvem os personagens de Grazi Massafera e Antonio Fagundes, protagonistas de Bom Sucesso, próxima novela das 7, que estreia no dia 29 de julho. Essa trama feita de afeto e humanidade é escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm e com direção artística de Luiz Henrique Rios. “A novela fala sobre a importância de viver com a consciência de que nossos dias são finitos e únicos. É sobre saber valorizar, de forma intensa, as pequenas coisas do cotidiano, como um abraço em alguém da família, um encontro fortuito com um amigo, um pôr do sol…”, define Rosane Svartman.
Paloma (Grazi Massafera), uma mulher determinada, sonhadora e com uma fé inabalável, vê o tecido da sua vida desfiar, após receber uma notícia que está com leucemia. Seu exame foi trocado pelo de Aberlardo Prado, vivido por Antonio Fagundes, que é o dono da editora Prado Monteiro, um homem que começou a vida vendendo enciclopédias de porta em porta e construiu um império no mundo literário. “Alberto está irascível antes de conhecer Paloma. Por meio da literatura, eles acabam se unindo de uma forma que seria quase impossível em outras circunstâncias. Esse encontro é uma ode à vida. Eles trocam gostos e experiências e um ensina o outro a viver”, ressalta Fagundes.
Alberto é uma pessoa amarga, que tem muitas questões familiares mal resolvidas. Ele dedicou muito da sua trajetória ao universo das letras e histórias, e sobrou pouco afeto e quase nenhuma atenção para os filhos, Nana (Fabiula Nascimento) que é perfeccionista e administra a editora, casada com Diogo (Armando Babaioff) e Marcos (Romulo Estrela), um bon vivant, que abandona tudo e abre um bar em Búzios, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. A única na casa capaz de arrancar um sorriso ou afago de Alberto é a pequena Sofia (Valentina Vieira). É com a neta que ele passa horas lendo histórias e demonstra que, no fundo, tem um lado amoroso. O dono da Prado Monteiro acaba convidando Paloma para ser sua acompanhante a fim de ensiná-lo a viver melhor no tempo que lhe resta.
O trio (autores e diretor) pretende repetir as parcerias de sucesso em ‘Malhação Sonhos’ (2015) e ‘Totalmente Demais’ (2015), para contar o dia a dia de uma costureira, moradora do bairro de Bonsucesso, subúrbio do Rio de Janeiro, que cria três filhos sozinha, e tem como escola do coração a Unidos de Bom Sucesso. Apesar da dura rotina, Paloma consegue manter uma grande paixão: a leitura. E, ao mergulhar no universo dos livros, se transporta para os mundos fantásticos que as histórias proporcionam. O último papel de Grazi nas telinhas foi em 2017, quando interpretou a vilã Lívia, na novela ‘O Outro Lado do Paraíso’, de Walcyr Carrasco. “A novela fala do amor, do afeto, de humanidade, da fé… É uma história que promete emocionar muito”, conta a protagonista, Grazi Massafera.
E essas páginas que tanto encantam a protagonista irão guiar toda a sua história, não é por acaso, que seus filhos têm nomes de personagens clássicos da literatura: Alice (Bruna Inocencio), Gabriela (Giovanna Coimbra) e Peter (João Bravo). Alice, a mais velha, é uma jovem tímida e estudiosa que sonha passar no vestibular. Ela é filha do grande amor de Paloma, Ramon (David Junior), que há quase vinte anos foi morar nos Estados Unidos atrás do sonho de se tornar um jogador de basquete profissional. Gabriela e Peter são filhos de outro relacionamento de Paloma. Gabriela adora basquete, deseja ser jogadora profissional e é fã de Ramon. Já Peter quer ser influenciador digital e passa mais tempo fazendo vídeos do que estudando.
A trama começa a se costurar quando Paloma recebe o diagnóstico positivo, de uma leucemia, desfiando todo o mundo da personagem que vira do avesso quando acha que tem apenas seis meses de vida. “É como se um cronômetro entrasse em contagem regressiva e despertasse uma ânsia de se jogar de cabeça, viver sem pensar no amanhã”, conta Paulo Halm. É como na canção de Paulinho Moska, ‘O que você faria se só te restasse esse dia?’.
‘E como a fé move montanhas’, Paloma descobre aos pés de Nossa Senhora da Penha, que seu exame foi trocado, e novamente a linha da vida muda de curso, pois, decide conhecer Alberto, a pessoa que tem a doença terminal. Uma amizade capaz de abrir horizontes, como os grandes clássicos da literatura, e dar um novo significado à vida de ambos. Paloma proporciona a Alberto um injeção de vida, mostrando os prazeres da vida no tempo que lhe resta. Já o empresário lhe apresenta seu mundo, repleto de histórias e novas experiências. Uma conexão que vem por um acaso do destino e pela paixão da leitura, um mundo tão rico e plural que é capaz de produzir uma infinidade de narrativas e encantar milhões de leitores de classes, credos e vivências diferentes, como Paloma e Alberto.
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