Pesadelo para o ator e para o público: Tom Cruise em looping eterno, vivendo e morrendo sem parar!


A arte imita a vida: o argumento do longa “No Limite do Amanhã”, de certa forma, reproduz a espiral sem fim que parece ter tomado conta da carreira do astro em Hollywood!

A Warner Bros acaba de divulgar o cartaz de “No Limite do Amanhã”, mais uma investida de Tom Cruise pela ficção científica, em longa programado para estrear em 30 de maio, no período que antecede às férias de verão do Hemisfério Norte, pródigo em lançamentos blockbuster. O filme, baseado no livro “All You Need is Kill”, tem direção de Doug Liman (Sr. E Sra. Smith, A Identidade Bourne) e conta com Emily Blunt (O Diabo Veste Prada, O Lobisomem) e Bix Paxton (Titanic, Aliens – O Resgate), no elenco. Na história, um grupo de alienígenas organiza implacável ataque contra a Terra, impossível de ser derrotado por qualquer unidade militar do planeta.

Dessa vez, Cruise vive um major que, apesar de nunca ter participado de um combate, é destacado para uma missão suicida, é morto e acaba se vendo em um turbilhão do tempo onde é forçado a viver o mesmo combate que lhe tirou a vida ad eternum, condenado sempre a voltar ao dia anterior à guerra, lutando, morrendo e revivendo sem parar, em espiral. Mas, cada vez que ele volta à mesma situação, alguma coisa está diferente e ele está melhor. Haja pipoca para segurar a onda na plateia.

"No Limite do Amanhã": Cruise em espiral que imita sua própria carreira (Foto: Divulgação)

“No Limite do Amanhã”: Cruise em espiral que imita sua própria carreira (Foto: Divulgação)

Bom, até que a coisa toda faz sentido. Se você fosse um figurão do alto escalão militar e tivesse a possibilidade de livrar o mundo do Cruise, possivelmente também daria um jeito de destacar o rapaz para uma perigosíssima missão só com passagem de ida. Afinal, a esperança é a última que morre. E, por falar em esperança, depois do fracasso de “Oblivion” (a aposta de Cruise no ano passado, um fracasso), esta é a nova tentativa do astro para dar a volta por cima na carreira. Okay, válido. O que é difícil de engolir é acreditar que os alienígenas ainda considerem que nosso planeta vale uma investida dessas. Cada vez que um ataque desses é programado por Hollywood, presume-se que é gasta uma boa fortuna, tanto pelos executivos dos estúdios (na vida real), quanto pelas forças alienígenas (no roteiro). E, cá entre nós, a Terra não está com essa bola toda. Qual o lucro, afinal de contas, que um conglomerado do espaço sideral poderia obter  dominando esse planetinha azul, cheio de problemas (super reais) e com um elenco (de verdade) digno de pastelão? Crer que exista alguma vantagem nesse tipo de empreitada só pode ser mesmo coisa de outro mundo.