Ser jovem não é uma tarefa muito simples. Se por um lado a vitalidade e a energia da idade faz com que desejemos juventude eterna, os desafios e descobertas nos aterrorizam também. E é isso o que vai mostrar a nova série da MTV, “Perrengue”. Na atração, que estreia segunda-feira, 21, jovens de hoje enfrentam as dificuldades da vida adulta moderna e têm os conselhos dos jovens do passado, que agora são seus pais, para atravessar a fase. Em “Perrengue”, série que foi toda gravada no Rio de Janeiro, Mariana Molina, Guilherme Dellorto e Vinícius Redd se destacam no núcleo atual e, uma geração anterior, João Vitti e Ingra Lyberato, que faz sua reestreia na tevê, protagonizam os responsáveis desses jovens.
Com 26 anos, Mariana Molina é uma das responsáveis por interpretar as dificuldades desta transição na série. Na atração, mais do que a idade, a atriz também tem os sonhos parecidos com o de Pérola, sua personagem na trama, que deseja seguir carreira nas artes. “Para mim, este trabalho é uma chance de contar os problemas que eu e meus amigos enfrentamos neste começo de vida adulta. É uma nova fase cheia de responsabilidades e que conhecemos muitas oportunidades. Então, a gente precisa entender qual caminho devemos seguir e que tipo de adulto queremos nos tornar”, disse Mariana que, em “Perrengue”, terá que escolher entre o sonho e as obrigações. “A Pérola é uma jovem de 24 anos muito intensa e amorosa que sonha em ser artista plástica. Só que ela passa a viver um dilema que tem que abrir mão de sua vocação para trabalhar com outra profissão que pague suas contas em casa”, adiantou.
Além dos desafios da vida profissional, “Perrengue” também irá abordar temas como drogas, sexo, amor livre e aborto, como apontou Guilherme Dellorto. Porém, em todos eles, o ator destacou que a série não terá o objetivo de fazer qualquer julgamento e análise sobre as questões. “É muito interessante poder falar disso em uma linguagem para os próprios jovens, mas sem qualquer tipo de julgamento. Apesar de, para muitos, esses serem assuntos tabus, a gente buscou abordar de forma leve e que parecesse natural, como realmente são essas histórias”, explicou o ator.
E, de fato, essas tramas são comuns à idade, não importa a geração ou localização geográfica. De acordo com Vinícius Redd, ele mesmo já passou por várias das situações contadas na série, assim como Mariana e Guilherme. “Eu acho que esses perrengues que enfrentamos nos ajudam a crescer e evoluir. Por mais que na hora a gente reclame e não entenda, depois percebemos como cada experiência trouxe um aprendizado”, disse Vinícius. “Nesse momento, por exemplo, nós jovens artistas estamos sofrendo com o corte da cultura. Eu tenho vários amigos que estão largando seus projetos para trabalhar em loja ou tendo que se desdobrar vendendo doces para conseguir pagar as contas”, acrescentou Guilherme.
Nos 13 episódios, que serão exibidos às segundas, às 22h, na MTV, “Perrengue” mostra que a maior parte dos desafios de hoje não são exclusividade desta geração. Para personificar esta ideia, além do elenco de vinte e poucos anos, a série ainda traz veteranos, como João Vitti e Ingra Lyberato. Sobre a experiência, Mariana Molina contou que contracenar com diferentes idades enriqueceu o debate e permitiu intensas trocas nos bastidores. “Foi muito gostoso dividir o set com eles que já têm uma carga dramatúrgica que nós ainda estamos construindo”, contou Mariana que foi completada por Guilherme. “O que eles dão para os personagens é muito interessante e nos ajudam a construir os nossos próprios papeis. Antes de começar a gravar, a gente fazia leituras com eles que nos ajudavam a entender e pensar junto”, lembrou.
Desta forma, o elenco jovem e veterano foi construindo a história que promete e tem como objetivo ser unanimidade entre o público-alvo da produção: os próprios personagens reais desta fase. Em “Perrengue”, a ideia é que os jovens espectadores se identifiquem com as histórias contadas na série. “Eu acho que o que a gente conta não tem data e nem uma cidade ou idioma. Todo mundo passa por determinadas situações que são normais a idade. Isso é do ser humano, a gente sempre sofre em qualquer lugar do mundo”, defendeu Guilherme que acredita que o fato de a série ter sido toda gravada no Rio de Janeiro não vá regionalizar a história. “Nós quisemos passar o espírito carioca, mas sem que isso ficasse clichê. ‘Perrengue’ tem o Rio de Janeiro como plano de fundo de uma maneira totalmente diferente das novelas de Manoel Carlos, por exemplo”, contou o ator.
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