*Por Brunna Condini
A partir de amanhã Rodrigo Lombardi vai poder ser visto em tela grande na pele do carcereiro Adriano, em “Carcereiros”, o filme, dirigido por José Eduardo Belmonte. Mas os fãs da série homônima podem esperar o dobro, digamos, o triplo de ação na trama. Elenco, direção e equipe estiveram ontem, no Rio Sul, para o pré-lançamento do longa. Lombardi falava das diferenças de viver o mesmo personagem em dois veículos diferentes. “A grande diferença não é uma gênese do personagem, mas no modo de fazer. A série tinha uma pegada mais documental. A câmera do Belmonte conta a história de forma mais calma, se é que se pode dizer isso, porque a série também é densa. Temos também o depoimento dos carcereiros, que vivenciaram essas histórias que contamos e ajudaram muito a gente”, diz, o ator. “No filme, temos ação do começo ao fim, é um mergulho no gênero norte-americano de se fazer cinema. Um cinema que brasileiro adora, assiste, mas nossa filmografia sobre o assunto é pequena. Esse filme é nossa maneira de contribuir com este tipo de filme”.
Rodrigo aproveitou para salientar a relevância da temática do projeto. “A grande importância em si é o aprendizado que tivemos durante a série para poder pensar sobre o sistema. Um assunto indigesto, ninguém quer falar. Então, podermos levantar essas questões sobre o sistema, que muitos não querem ver, debater, mas é fundamental. Ou a sociedade não quer pensar sobre isso ou não está preparada. Mas temos que refletir em como tratamos os presos, essas pessoas lá dentro, porque uma hora, elas vão sair”.
No elenco do filme como um terrorista internacional, que aumenta a tensão no presídio, que já vive dias de terror, por conta da guerra entre duas facções criminosas, Kaysar Dadour, que desde que saiu do “Big Brother Brasil”, já fez TV e cinema, e deseja seguir na (já elogiada), carreira de ator, fala dos desafios na filmagem. “É a minha primeira vez em um filme. É tudo muito novo. Inclusive filmei antes de fazer a novela (“Órfãos da Terra”). Atuei a maior parte do tempo com o Rodrigo (Lombardi). Ele foi muito gente boa e me ajudou. O Tony (Tornado, que faz um agente), também! Eles, junto com Belmonte, me fizeram me sentir mais seguros”, conta. E faz um comparativo entre a atividade do personagem. “Acho que cada pessoa quando vira radical ou preconceituoso, também vira uma espécie de terrorista. Não é porque o personagem é do Oriente Médio que é terrorista. É porque ele cometeu crimes”, reflete o ator, que também brilha no quadro “Dança dos Famosos”, no Domingão do Faustão.
No elenco ainda, Rainer Cadete, Tony Tornado, Rafael Portugal, Dan Stulbalch, Giovanna Rispoli, Bianca Muller, Milton Gonçalves e Jackson Antunes, entre outros. Jackson fez graça (e mistério), do desempenho do seu personagem no longa. “Faço um vilão, um comandante. A missão dele é resgatar uma pessoa que está dentro do presídio. Mas o filme é cheio de reviravoltas. É um homem com muito poder, usado de forma errada, é perigoso. Adoro fazer vilões, eles sempre levam a alguma reflexão”, conclui Jackson, que já grava a novela “Nos Tempos do Imperador”, como Duque de Caxias.
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