A brisa da noite quente e a vista para o mar de Copacabana não poderiam ser mais adequados para o lançamento da série “Romance Policial – Espinosa”. A estreia reuniu, nessa quinta-feira (15), os diretores José Henrique Fonseca e Vicente Amorim, Luiz Alfredo Garcia-Roza, autor do livro “Uma janela em Copacabana”, que inspirou a série e, claro, o elenco de nomes como Domingos Montagner, Bianca Comparato, Nanda Costa, Chandelly Braz e muitos outros famosos, que foram prestigiar a exibição do primeiro capítulo em um coquetel promovido pelo GNT em um clube no bairro.
A história começa quando um detetive é encontrado morto em seu apartamento e, poucos dias depois, outro policial é executado nas mesmas circunstâncias. A partir daí, o delegado interpretado por Domingos Montagner decide montar um grupo especial de investigação. “Nao tinha lido o livro antes da série, mas quando o Zé me convidou, foi a primeira coisa que fiz. Achei incrível, adoro literatura policial. Foi um personagem difícil de compor, porque tem traços muito mais psicológicos do que aparentes, além de já estar construído na cabeça de muita gente. Dar forma a isso é um privilégio”, declarou o ator.
Se o desafio era grande, Domingos assumiu à altura. Pelo menos essa é a opinião do autor Luiz Alfredo Garcia-Roza. “O Espinosa é um protagonista muito mais subjetivo do que de ação. É um homem introspectivo, reflexivo. Achava que seria extremamente difícil passar essa característica para a imagem, mas o Domingos conseguiu absorver a essência do personagem, que é essencial. É muito gostoso ver o que eu imaginei em carne e osso, posso imaginar como será o resto, e a expectativa é a melhor possível”, declarou.
O ator, que fez laboratórios com policiais, contou que a experiência foi fundamental para construir o personagem ainda mais real. “Ele leva um escritório dentro da cabeça, isso é uma informação do roteiro que é muito importante, porque revela o comportamento dele. O Espinosa lê psicologia, é um policial, sabe como interrogar, seduzir. Tem que ser surpreendente, mas não pode ser agressivo. Os laboratórios foram fundamentais para viver isso. Tive entrevistas com delegados, conversas com policiais, me interessei em conhecer delegacias”, disse Domingos.
Se o lado introspectivo foi bem construído, a namorada do personagem, Luana (Bianca Comparato), é a responsável pela parte humana do delegado. A atriz, que nunca tinha vivido uma personagem tão sensual, contou que compor a garçonete de uma galeteria foi uma preparação à parte. “Tem alguns detalhes que eu coloquei na Luana por causa das minhas voltas pelo bairro de Copacabana. Fiquei com o olhar mais atento e aprendi a amar. É uma selva, tem um pouco de tudo. Isso é tão brasileiro”, explicou a atriz.
Enquanto no livro a relação dos dois é sexual, a série traz o lado romântico do policial à tona. “Tem características da minha personagem que não existem no livro e a gente colocava respeitando a autoria. A dificuldade de fazer uma obra que está no imaginário popular é dialogar com a nossa referência”, explicou. Ela acredita que Luana é um passo importante para a carreira. “Eu acho que ela vai ampliar a margem de personagens que posso fazer agora. Saí de um rótulo, espero que as pessoas sintam dessa forma”, analisou.
Falando em personagens diferentes, Chandelly Braz também vive um desafio: seu primeiro papel em uma trama de ação. A atriz vive Andressa, uma policial forte. Ela acredita que a mobilidade artística é importante na carreira. “Poder fazer trabalhos marcantes é incrível. O que me seduz é uma boa obra e quando acredito nisso vou com o maior tesão do mundo”, declarou ela, que visitou delegacias e conversou com policiais para dar vida ao papel. “A Andressa é muito diferente de tudo que eu tinha feito. É um lugar específico que faz com que adentramos num universo desconhecido. Foi especial”.
Nanda Costa vive Camila, uma ex-dançarina de boate misteriosa que passa a viver sob proteção policial de Espinosa depois de ser jurada de morte. As nuances da personagem seduziram a intérprete de tal forma que ela mudou a aparência para vivê-la. “Ela transforma o cabelo depois de uma amiga dela que era parecida fisicamente é assassinada cruelmente. Ela acha que estão atrás dela, que a amiga morreu no lugar dela”, explicou.
Nanda, que já tem uma vasta experiência no cinema e na televisão, contou que fazer uma série é um meio-termo entre eles. “Uma obra fechada com desfecho é muito legal. Já tinha feito outros seriados e acho incrível. O que mais me motiva e estimula é fazer coisas diferentes e me experimentar, não importa o veículo. Gosto de todos. Me interesso pelo projeto. A série demora menos que a novela e tem cuidado de cinema”, declarou ela.
A primeira temporada contará com oito episódios com exibição inédita às quintas e promete prender o espectador de frente para a televisão com os casos misteriosos. Veja mais fotos da estreia na galeria abaixo:
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