*Por Júnior de Paula
Um dos livros mais emblemáticos para quem foi jovem entre os anos 1970 e 1990 – ou quem teve acesso posterior à icônica Seleção Vaga-Lume – vai virar filme. Trata-se de “O Escaravelho do Diabo”, de Lucia Machado de Almeida, um best-seller da maravilhosa coleção da Editora Ática, que já está na sua 27ª edição. O longa, que deve ser lançado em meados de 2016, é uma coprodução da Dezenove Som e Imagens e a Globo Filmes, com a direção assinada pelo estreante nas telonas Carlo Milani. Ele, para quem não conhece, tem no currículo a codireção de “Além do Horizonte”, exibida pela TV Globo em 2013, a direção de alguns episódios de “Malhação”, assim como das séries “Tempos Modernos” e “Casos e Acasos”.
O protagonista é outro estreante nos cinemas. Tiago Rosseti foi escolhido após uma série de testes para viver Alberto, o irmão de uma das vítimas e o responsável por desvendar os mistérios com o auxílio do delegado Pimentel (vivido por Marcos Caruso), o encarregado oficial as investigações envolvendo o assassinato dos ruivos na cidade de Vale das Flores além de sua ligação com os escaravelhos que recebiam via correio pouco antes de morrerem.
No elenco há também Jonas Bloch (que vive o padre Afonso), Selma Egrei, Lourenço Mutarelli, Augusto Madeira, Bruno Gomlevsky e Cirilo Luna. Como Vale das Flores é uma cidade interiorana fictícia, a produção se dividiu entre quatro municípios do interior de São Paulo, como Amparo, Jaguariúna, Holambra e Campinas, onde pôde filmar em locações que davam o clima pedido pela história. Apesar de o livro ter sido escrito nos anos 1970, os roteiristas Melanie Dimantas e Ronaldo Santos não quiseram mexer muito no enredo e só atualizaram algumas passagens para manter quase tudo como está na história original. O custo total dessa aventura vai ficar em torno de R$5 milhões, um preço justo para se reviver um livro tão marcante.
* Junior de Paula é jornalista, trabalhou com alguns dos maiores nomes do jornalismo de moda e cultura do Brasil, como Joyce Pascowitch e Erika Palomino, e foi editor da coluna de Heloisa Tolipan, no Jornal do Brasil. Apaixonado por viagens, é dono do site Viajante Aleatório, e, mais recentemente, vem se dedicando à dramaturgia teatral e à literatura
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