No ar, na reprise de ‘O Rei do Gado’, Bruno Fagundes fala sobre peça LGBTQIAPN+ e como lida com rótulo de nepo-baby


Bruno Fagundes, que viveu um vilão em “Cara e Coragem”, reflete sobre as abordagens tóxicas sobre sua orientação sexual. Em “A Herança”, o mote principal é a questão LGBTQIAPN+ sob a perspectiva geracional. Sobre o fato de ter sido levantado nos Estados Unidos, através da Revista New York, que 2022 fora o ano dos nepo-babies e viralizou na internet uma lista com as celebridades brasileiras cujos pais e filhos têm a mesma profissão, ele pontua: “Eu nunca tive tanta exposição na mídia, tanto interesse midiático como agora. Mesmo havendo feito outros trabalhos contundentes, nunca tive tanto interesse midiático como agora. O que me faz questionar: Será que não trata-se de uma homofobia velada?”

*por Vítor Antunes

Após o fim de “Cara e Coragem“, Bruno Fagundes está na reprise, “O Rei do Gado” e encontra-se na produção de uma peça teatral “A Herança“, na qual aborda a questão da homossexualidade sob várias perspectivas. Segundo ele, a peça contribuiu muito para que optasse por tornar público o fato de ser uma pessoa LGBT. Ainda de acordo com suas falas, ele foi, por diversas vezes obrigado a sublimar ou esconder sua orientação sexual por temor de que sua carreira pudesse sofrer algum revés. A peça da qual é um dos produtores, tem um elenco numeroso e revela-se uma produção monumental. Segundo o artista, a produção volumosa é, justamente, para romper o estigma sobre peças LGBTQIAPN+, “que ocupam o circuito alternativo ou são marginalizadas”. Nesta entrevista exclusiva, Fagundes, filho dos atores Mara Carvalho e Antônio Fagundes, nega ter sido influenciado pelo que a internet chama de “nepo-baby”, pessoas que tem privilégios estritamente por serem de ascendência famosa. “Nunca quis aparecer às custas dos meus pais. Nunca dei carteirada por conta disso. Embora eu seja filho de pessoas conhecidas nunca usei essa porta”, frisa.

Eu nunca tive tanta exposição na mídia, tanto interesse midiático como agora. Mesmo havendo feito outros trabalhos contundentes, nunca tive tanto interesse midiático como agora. O que me faz questionar: Será que não trata-se de uma homofobia velada? Isso me dá a certeza de que precisamos quebrar umas barreiras. Creio estar nesta posição neste momento – Bruno Fagundes

Ainda neste bate-papo, ele analisa a novela “Cara e Coragem“, encerrada no fim de janeiro, na qual interpretou o vilão Renan. Para ele foi um aprendizado experienciar esse personagem em razão de suas multifacetas, num projeto de muitas possibilidades. “Não havia nenhuma cena gratuita”, diz. Acredita o ator que a novela tenha sido injustiçada pelas redes sociais, que veem no hate “um esporte”.

 Bruno Fagundes. Ator estreia peça com temática LGBTQIAPN+ e revisita a própria história (Foto: Paulo Belote/TV Globo)

NEPO-BABY? 

Tão logo foi levantado nos Estados Unidos, através da Revista New York, que 2022 fora o ano dos nepo-babies – ou seja o ano dos bebês do nepotismo – viralizou na internet uma lista com as celebridades brasileiras cujos pais e filhos têm a mesma profissão. Ainda que não tenha em si uma carga pejorativa, a lista traz à tona o debate sobre os desafios pelos quais passam os filhos de artistas famosos em afirmar-se e se desvencilhar de uma referência paterna/materna muito significativa. No caso de Bruno Fagundes, filho dos atores Mara Carvalho e Antônio Fagundes, o sentimento passa justamente por esse lugar da ambivalência: É, ao mesmo tempo, ônus e bônus. E, com o perdão do trocadilho ao livro de Jane Austen, é ao mesmo tempo, motivo de orgulho e preconceito: “Para mim trata-se de algo curioso. Sempre me senti, de alguma forma, alvo de uma coisa que nunca escolhi. Trata-se de uma condição privilegiada, obviamente. Meu pai quando começou a trabalhar como ator, a profissão não era sequer regulamentada no Brasil. Ele foi um pioneiro. Tenho muito orgulho dele, que não teve dos pais o apoio que eu tive. Mas penso que o importante é o que se faz a partir disso e tem a ver com a responsabilidade”, analisa.

Eu poderia estar sentado em casa e apenas aproveitar do fato de ter essa ascendência. Conheço gente que só faz isso e curte a vida de celebridade, não tem tanta responsabilidade com o que fala, não acrescenta em nada, bem como não tem profundidade no que apresenta e sustenta uma fábrica supérflua de dinheiro e cliques. Eu não faço parte disso. Ignoro solenemente o título de celebridade. Eu sou um artista – Bruno Fagundes

Antônio Fagundes e Bruno (Foto: Divulgação)

Fagundes continua: “Isso não tem nada a ver com as outras pessoas, tem a ver comigo. É uma barra que eu criei para mim. Quando eu me reconheço e identifico como artista e não como celebridade, elevo essa barra e me coloco junto aos artistas que amo. E, tal como eles, costumo aparecer mais quando tenho algo a dizer, quando tenho um trabalho contundente. Até janeiro deste ano, 2023, eu nunca havia falado sobre a minha vida pessoal. Tenho a vantagem de ser reconhecido no meio, porque, no mínimo, ouviram falar do meu nome. Mas o que eu fiz a partir disso vale mais a pena falar do que outras coisas. É um pouco de cada um e cada um faz o que é bom para si. Se quem está bem em ser celebridade está feliz e isso lhe está sendo bom, ótimo”.

Há uma beleza nessa herança que carrego e o que posso fazer é ter orgulho disso. Usar como ponto de partida e fazer o que acredito, trazer temas que são importantes para mim. Sou feliz com a minha minha trajetória. Quem tiver mais atento pode ver isso – Bruno Fagundes

Atualmente em reprise, “O Rei do Gado” conta com duas participações de Bruno: Uma mais objetiva e outra mais subjetiva. A objetiva tem a ver com uma participação especial, bem específica, do ator enquanto criança. Participação esta da qual ele não tem nem muita memória, mas guarda num espaço de afeto, além de ter relação, também, com os privilégios de ter os pais naquele elenco: “‘O Rei do Gado‘ foi uma das maiores novelas da TV Globo, uma recordista de audiência e sucesso nas ruas. Meus pais trabalhavam muito e eu fui uma criança muito sozinha. Tive uma infância muito solitária. Quando era possível, eles me levavam para as gravações. Lembro que num momento eles me levaram para o set, eu os estava acompanhando e a produção me pediu para colocar uma roupa e entrar em cena, mas não me lembro bem dessa participação na novela, nunca me revi e não me apego a esta participação”, diz, sobre uma de suas primeiras aparições na TV, aos 7 anos. Anteriormente a esta novela, Bruno também teve uma presença episódica em “A Viagem” (1994).

Bruno Fagundes diz que viveu uma infância de muita solidão (Foto: Sérgio Santoian)

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O fato de ter uma família inserida num contexto artístico permite uma vivência peculiar: “Há uma questão mágica que é a de poder estar nos sets de filmagem desde cedo. Mas há uma vida muito exposta. Um ônus meio maluco, pois não sabíamos bem o que era aquilo. Meus pais trabalhavam enlouquecidamente e hoje entendo o que é isso”. Outra questão, a subjetiva, está intimamente ligada a ele, seu pai, e o autor da trama – Benedito Ruy Barbosa diz respeito ao nome do personagem principal da novela. Não é o acaso que fez ‘o rei do gado‘ chamar-se Bruno Mezenga. “Meu pai me conta uma história que o escritor da novela usou o meu nome para batizar o personagem como forma de homenageá-lo, já que eu havia nascido pouco antes de eles haverem feito uma parceria em “Renascer”.

SEXUALIDADE

No início deste ano, após muita especulação da mídia e algumas abordagens tóxicas para com o ator, Bruno tornou pública a sua orientação sexual. Durante as gravações de “Cara e Coragem” iniciou um relacionamento com o seu colega de elenco, o ator Igor Fernandez. Mais um artista a assumir sua sexualidade e a trazer a público este debate. Esse movimento no qual figuras públicas declaram-se LGBT’s é muito recente. E é uma onda que inexistia e era impensável nos anos 1980 e 1990. Mesmo agora, onde esse assunto encontra maior acolhimento, as figuras públicas são desaconselhadas a publicizar esse tema. É o que Fagundes relata. “Não quero parecer pretensioso, mas isso faz parte de uma revolução que sempre esperei. Isso me dá plenitude e um conforto de poder existir na minha própria pele e também me dá ganas de inspirar outras pessoas a fazer o mesmo, furar a bolha, e levar para lugares maiores a discussão sobre a homossexualidade. Houve um período em que a violência e repressão eram diárias e fui absoluta e ferozmente aconselhado a esconder minha sexualidade, por todos os agentes e pessoas que trabalharam comigo. O que era algo muito agressivo. Agora estou nesse espaço em que consigo falar mais abertamente sobre esse tema. Acho que é um avanço, e quando faço um retrospecto, até curto, percebo que há dez anos era algo improvável de fazer”. Por diversas vezes, desde que ingressou na carreira artística, o ator teve  sua orientação sexual questionada. Houve uma situação, inclusive, na qual fora perguntado ao vivo por um repórter sobre isso. O que provocou um grande embaraço ao artista, que ainda não havia elaborado bem o seu entendimento enquanto pessoa homossexual.

Eu me sentia pressionado pela mídia. Não por algo que eu houvesse feito, mas por ser filho de um casal famoso. Isso me fez sentir super exposto e criou falhas no sistema dos quais ainda hoje estou tentando organizar – Bruno Fagundes

Bruno Fagundes tornou pública a sua homossexualidade em janeiro (Foto: Yasmin Dib)

Uma queixa recente e que vem sendo debatida entre os atores é o dualismo entre a importância de se falar sobre a representatividade LGBT e a redução dos artistas gays a este carimbo, e sua sexualidade ganhar mais destaque que a representação artística e/ou talento dos atores. Bruno diz que esta matemática é “complexa e muito delicada. Esse dualismo entre a sexualidade como representatividade e como manchete é algo muito individual. Não dá para falar de aceitação de massa e combater a estigmatização sem falar sobre o assunto. Claro que qualquer carimbo pode ser redutivo, mas, ao mesmo tempo, ser carimbado sobre minha orientação sexual é parte do que sou e recebo com orgulho. Tudo bem que tenho outras tantas coisas para falar. Trata-se de uma questão de equilíbrio”.

O debate público sobre a homossexualidade, e especialmente, a fala sobre tolerância permanece sendo um assunto atual. Nos Anos 1950, o ator Rock Hudson (1925-1985) passou a ser chantageado e sua carreira entrou em declínio quando foi descoberta a sua condição de homem gay. O beijo homoafetivo demorou muito tempo para ser naturalizado e hoje consta inclusive em cenas de filmes da “Sessão da Tarde“, não sem reclamações nas redes sociais diante de um público mais conservador. O casamento LGBTQIAPN+ ainda é muito pouco frequente nas novelas e, quando consta, gera forte grita popular.

Um exemplo é a celebração do matrimônio entre Giovanna Antonelli e Tainá Müller na novela “Em Família” (2014). O primeiro entre mulheres na teledramaturgia da Globo. E falar sobre esse assunto torna-se ainda mais latente. Uma pesquisa do PoderData sinalizou que 46% dos brasileiros não são favoráveis ao casamento entre pessoas do mesmo sexo no território nacional. Número maior que o de favoráveis, 44%, e 7 pontos mais alto que o atingido pela pesquisa realizada em 2021. Bruno Fagundes acredita que falar sobre o fato de ser gay pode auxiliar para que este tema não seja “um tabu ou envolto de tanto ódio ou truculência”.

Essa predisposição em falar sobre questões afirmativas, segundo Fagundes, vem muito de um movimento inspirado por sua nova peça “A Herança“, da qual ele é um dos produtores. Uma super produção, composta por 12 atores, e cuja temática é norteada por essa diretriz. “A montagem trata acerca de uma discussão geracional sobre o universo LGBTQIAPN+. É um recorte do universo de três gerações de homens que falam sobre dores, amores, afeto, e essas gerações se intercalam e se responsabilizam umas com as outras. Trata-se de uma peça importante”.

São poucas as peças que trazem gays como protagonistas. Quando trazem, nem sempre ocupam o circuito principal. De igual maneira, não são muitas as novelas que os trazem em papel central. Até hoje, apenas dois personagens gays foram capas de trilha sonora de novelas – Uálber (Diogo Vilela), de “Suave veneno” (1999) e Félix (Mateus Solano), de “Amor à Vida” (2013/2014). Os personagens homossexuais sempre acabam passando ou pela representação estereotipada, ou envoltos por tragédias, ou ainda sob forma fetichizada. Para Fagundes, “o teatro também é um lugar que pode se propor a debater a homossexualidade para além da estereotipação. Nele cabe esse território da indagação, da não-certeza, da reflexão e da ausência de autoritarismo que permite trazer diferentes histórias e visões de mundo”.

A Herança“, do original “The Inheritance“, foi encenada na Broadway e desde que a assitira, o ator desejava montá-la no Brasil. “É um projeto que estou embrionando desde 2019. Quando a assisti nos Estados Unidos senti não apenas um senso de comunidade, mas me vi representado. Vi muitas pessoas, mães de filhos LGBT emocionadas. Percebi um potencial de comunicação não apenas com a comunidade mas para além dela. Minha intenção é desmarginalizar esse assunto, já que peças com essa temática costumam ser periféricas ou marginalizadas ou indo para um teatro alternativo. Razão pela qual peguei um diretor premium, um elenco premium, e um teatro premium para contar uma saga gay. Isso para mim é representativo. Creio ser a peça algo que estou fazendo da forma mais bonita e sincera possível e acho que pode tocar muito as pessoas”. A montagem estreia dia 09/03, em São Paulo. No elenco, atores como Reynaldo Gianecchini e Marco Antônio Pâmio.

Há uma questão das existências LGBT que, por anos ,foi silenciada. Não aprendemos nos moldes normativos como nos relacionar, de modo que, diante disso, criou-se um certo mistério, um gozo pelo proibido, já que não havia como se relacionar de outra forma que não fosse escondida, marginalizada ou desprotegida pelo Estado. Mesmo a família, por uma questão estruturante, não sabia como indicar, sinalizar – Bruno Fagundes

Bruno Fagundes. Nova peça objetiva desmistificar a homossexualidade (Foto: Yasmin Dib)

 

CARA E CORAGEM

De presença bissexta nas novelas, Bruno concluiu recentemente a sua participação em “Cara e Coragem“, novela que antecedeu “Vai na Fé”, onde viveu um dos vilões da trama. Segundo ele “foi muito bom fazer o Renan. Não foi meu primeiro malvado, pois anteriormente eu vivi um na série 3% da Netflix. Eu gosto de ter podido ampliar essa possibilidade de personagens que têm uma moral diferente da minha”. O ator prossegue dizendo que “Renan era um personagem absolutamente complexo. Tinha uma personalidade no trabalho, era carrasco, mas em algum nível da sua existência  conseguia juntar as pessoas para perto de si, das quais abusava. São outras camadas de trabalho. Era muito desafiador. Não havia nenhuma cena gratuita ou de “chá da tarde”. Em todas havia um gaslighting (silenciamento à mulher), uma mentira, uma manipulação ou distorção de fatos. Mérito da Cláudia Souto, a autora”.

Em “Cara e Coragem” Bruno Fagundes foi Renan (Foto: Paulo Belote/TV Globo)

Em face de sua audiência mediana, “Cara e Coragem” viveu duas experiências nas redes sociais: Ou era alvo de críticas ou de indiferença, de modo que a novelista deixou o Twitter tão logo encerrada a exibição da novela. Para Bruno, “o foletim teve um potencial de comunicação que foi atingido. Talvez ela não tenha caído na boca do povo, não tenha tido uma boa repercussão, mas parece que, nas redes sociais, criou-se um esporte em falar mal de alguma obra e essa energia vai se contaminando”, analisa ele. “Cara e Coragem” é a segunda novela completa de Bruno. A primeira foi “Meu Pedacinho de Chão” (2014).

Eu sou cria do teatro. Escolhi-o como pilar da minha profissão. E, parafraseando Fernanda Montenegro, na TV eu me sinto “de passagem” – Bruno Fagundes

A ARTE E O TEMPO

Em “A Herança“, Bruno Fagundes lida diretamente com outros atores de gerações diversas. Dentro do núcleo familiar, seus pais também pertencem a outra geração. Como lidar com essa variação etária no fazer artístico? “O tempo é uma mão que se estende para a outra num aprendizado continuo. É impossível ir para o futuro sem olhar para o passado. Sem fazer juízo de valor, estranho que os atores jovens olhem pouco para o passado. Talvez influenciados pelo imediatismo das redes sociais e pela ansiedade de serem relevantes estritamente nesses lugares.

Vejo muita gente querendo ser ator e menos pessoas querendo se especializar nisso. Acho que uma hora essa conta não vai fechar. É necessário aprender com o passado, com quem tem maior experiência. A vida é um aprendizado constante – Bruno Fagundes

Bruno Fagundes em “Meu Pedacinho de Chão”. Ele diz em nova peça que toda história merece ser ouvida (Foto: Divulgação/TV Globo)

Filho de um leitor contumaz, o ator diz que alcançar o nível do seu pai é algo inatingível. “Meu pai lê três livros por semana e livros grandes. Por ele sempre fui estimulado a ler. Meu livro de cabeceira hoje é “Uma Vida Pequena“, de Hanya Yanagiha, que trata sobre relações humanas. Um livro que estou amando”. A leitura permite uma atividade ao leitor. Quando se produz uma peça, expecta-se um sentimento. Bruno diz que essa encenação existe inspirada, também, por “colegas que abriram frente antes de mim. Um avanço temporal, quando observamos que havia muita resistência aos atores em se assumir homossexuais. Para uma cultura existir ela precisa ter uma boa historia , então nos propomos a conta-la”. Tomando esse fio proposto pelo ator de que é importante falar sobre vozes LGBTQIAPN+ que foram silenciadas, ele dá voz a vários outros artistas que morreram sem poder falar sobre esse assunto. Escondendo seus parceiros, tendo namoradas inventadas para explicar o inexplicável, ou encaixados em papéis estereotipados, por serem vistos apenas sob essa ótica junto à classe. Junto às suas declarações, Fagundes fala por aqueles que antes de o tempo os silenciarem foram mutados pelo preconceito. E dá voz a Carlos Augusto Strazzer (1946-1993) a Lauro Corona (1957-1989), a Ziembiski (1908-1978), a Pedro Paulo Rangel (1948-2022). A Guilherme Karam (1957-2016), Ítalo Rossi (1931-2011) e Sérgio Britto (1923-2011). O ar que se respira agora inspira novos tempos. Tempos de liberdade.