“Não sou um personagem. Sou a mesma pessoa em frente às câmeras e em casa”, afirma Rodrigo Faro

*Por Simone Gondim

Macacão de unicórnio, brincadeira de boneca com as filhas, meias e chinelos em casa, diversão na piscina, fotos de beijos apaixonados e declarações de amor para a mulher, Vera Viel. Em suas redes sociais e à frente do programa “Hora do Faro”, sucesso aos domingos na Record, Rodrigo Faro consegue se desvencilhar de eventuais polêmicas e ser autêntico. Quando alguém tenta insinuar que algumas vezes é puro marketing, o apresentador afirma: “Não sou um personagem. Sou a mesma pessoa em frente às câmeras e em casa”, garante.

O apresentador diz que a autenticidade permeia sua vida e que são tempos de solidariedade

Rodrigo frisa que se sente muito à vontade em um ambiente majoritariamente feminino, formado pela mulher e as três filhas, Clara, Maria e Helena. “No começo, eu queria um menino, mas minhas meninas foram os melhores presentes que me aconteceram na vida. O primeiro bebê, que a gente perdeu, também era menina. Seis meses depois, veio a Clara. E eu me apaixonei pelo universo feminino de uma maneira tão intensa, por tudo que essa filha trouxe para mim, que não me imagino hoje sendo pai de um menino”, diz.

“A quarentena mudou completamente a minha vida. Trabalho mais estando dentro de casa do que antes”

“Meu mundo é cor de rosa. Meu pai já morreu e fui criado por mulheres, minha mãe e minha avó. Quem dirige meu programa é uma mulher. Sou cercado por mulheres e acho o mundo visto pelos olhos femininos muito mais interessante, mais bonito. É um prazer ser pai de mulheres e aprender a ver a vida compreendendo a ótica delas”, orgulha-se.

“Sou cercado por mulheres e o mundo visto pelos olhos femininos é muito interessante”, afirma Rodrigo (Foto: Reprodução Instagram)

Acostumado a uma rotina intensa de gravações e viagens por causa do trabalho, Rodrigo teve que se adaptar ao isolamento social imposto pela pandemia causada pelo novo coronavírus. “A quarentena mudou completamente a minha vida. Trabalho mais estando dentro de casa do que antes. É uma loucura, porque a gente tem que fazer tudo: tarefa doméstica, lição com as crianças, observar se elas estão acompanhando as aulas à distância, ver as provas que elas precisam fazer, resolver todas as questões de trabalho e do programa, decidir o que vai ao ar e ainda arrumar tempo para descansar. É bastante puxado, mas está sendo um prazer porque a todo momento estou ao lado da minha família. Isso está sendo um verdadeiro presente”, conta ele.

A relação com Vera já dura mais de 20 anos e Rodrigo se considera um eterno apaixonado. Para ele, não existe isso de dizer que os relacionamentos só duram quando o casal pouco se encontra. “Isso é bobagem. Estou convivendo com a Vera 24 horas por dia e tem sido a melhor coisa do mundo, tudo que eu quero é estar do lado dela. Continuamos juntos até hoje porque queremos estar ao lado um do outro. A gente se respeita, se ama e se entende”, garante. Quando há algum problema, alguma discussão, sempre resolvemos na base da conversa. Nunca dormimos brigados. Para ser sincero, a gente nem briga mais”, garante. “Temos uma vida cheia de felicidade, cumplicidade e respeito. A Vera é tudo para mim. Minha esposa, amiga e amante. Ela me ajuda em tudo, é minha conselheira, a melhor mãe que eu poderia escolher para as minhas filhas. Mas o maior segredo de um casamento é paciência. Conte até dez para falar uma coisa, respeite a outra pessoa, tenha cuidado com as palavras. Acho que, aí, o casamento dura”, acredita.

Rodrigo se diverte com as filhas (Foto: Reprodução Instagram)

Passar dia e noite na companhia da mulher e das filhas também traz alívio para o coração e a mente, abalados pela preocupação com a Covid-19. “Ficamos 24 horas juntos e vemos que o nosso amor é gigantesco. Claro que tem dias em que você acorda mais ansioso, porque tudo isso que está acontecendo mexe com o emocional das pessoas. Mas a gente procura criar uma rotina: hora de acordar, de estudar, de malhar, de brincar com as crianças, de cuidar de assuntos profissionais. Evitamos ficar de pijama o dia inteiro e só saímos em caso de extrema necessidade, sempre de máscara. O grande segredo para não estressar e aliviar um pouquinho da tensão e da ansiedade é criar horários e rotina de trabalho. Fazer tudo dentro de casa, mas regradinho”, afirma Rodrigo.

A residência da família Faro, em um condomínio, na Grande São Paulo, é um convite para respeitar a quarentena: a mansão de 1.500 metros quadrados tem quatro andares, elevador, salão de jogos, sala de brinquedos para as crianças, piscina aquecida, cascata com pedras e até uma praia artificial, com direito à ilha com palmeiras. “Nunca me passou pela cabeça que eu iria, um dia, construir uma casa como essa. Nem no meu melhor sonho. Achei que, com muito esforço, conseguiria comprar um apartamento, ter minha família e minha vida”, confessa Rodrigo. “Toda vez que olho para essa casa ou curto ela com minha família, agradeço a Deus por ter me dado a oportunidade de trabalhar, conquistar as coisas e poder construí-la. Eu me sinto um cara extremamente realizado”, acrescenta.

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Com tanto espaço e vários atrativos, será que dá para eleger um cantinho favorito na mansão? “Amo ficar na piscina com as crianças. Quando está frio, vou com Vera e as meninas para a piscina quentinha. Mas há vários cantinhos gostosos na casa, como a Poltrona do Papai, que fica na sala. Também temos um cineminha para vermos filmes juntos”, revela. “Mais importante do que eleger um cantinho preferido da casa é estar do lado das minhas filhas e da minha esposa. Isso não tem preço. Estou aproveitando essa quarentena para não desgrudar delas. É ótimo”, derrete-se.

E o jeito carinhoso de Rodrigo se estende ao público. Uma pesquisa da empresa Ipsos, encomendada pelo jornal O Estado de S. Paulo, mostra o apresentador como a personalidade mais conhecida do Brasil. “Não esperava por isso. Fiquei muito feliz e orgulhoso, porque são tantos anos de luta por um espaço na televisão, buscando fazer um programa que divirta e emocione, investindo nas redes sociais com meu canal no Instagram e na música, abrindo meu leque de possibilidades. Cair no colo do brasileiro e ser recebido assim, com tanto amor e carinho, das crianças aos idosos, independentemente de sexo, foi uma surpresa muito especial”, comemora. “É o troféu mais importante, para mim. Mais do que dinheiro, mais do que prêmio. É o carinho das pessoas. Quando vi meu nome em primeiro lugar, falei: ‘caramba, com tanta gente, justo eu’. Foi motivo de muita gratidão ao público e às pessoas que me recebem em casa e me seguem nas redes sociais”, completa.

Rodrigo Faro sobre Vera Viel: “Temos uma vida cheia de felicidade, cumplicidade e respeito” (Foto: Reprodução Instagram)

Por falar nos fãs, muitos se lembram da época em que Rodrigo fazia parte do grupo Dominó, criado para ser uma espécie de Menudo brasileiro. O apresentador é vizinho de Afonso Nigro, da primeira formação da boy band, criada em 1984. Os dois aproveitaram a quarentena para, cada um na sua casa, fazer um dueto. “Eu e Afonso somos amigos há muitos anos, cantamos no Dominó. Já fizemos alguns projetos de canto juntos, como quando gravei a música “A thousand years”, em 2014. A gente sempre quis gravar “More than words”, porque é uma música linda, que tem uma letra romântica e superatual. A quarentena fez com que a gente se ligasse e falasse: ‘vamos fazer? Vamos’. O resultado foi impressionante. As rádios começaram a ligar e pedir a música. O que era uma brincadeira virou coisa séria”, explica.

Após a divulgação da versão de Rodrigo e Afonso para “More than words”, os fãs começaram a especular se o apresentador estaria ensaiando uma volta às canções. “Esse dueto significa, sim, uma possível volta à carreira musical. É óbvio que meu foco é a ‘Hora do Faro’, mas a música é uma paixão. Caso eu consiga conciliar o tempo para tocar as duas atividades, vou querer investir”, adianta.