Na pele do controverso Zé Maria em “A regra do jogo”, Tony Ramos declara: “Um personagem fascinante que me deram de presente”


Apesar da vasta experiência na televisão, o ator, que apareceu na pele do fugitivo na quinta-feira da semana de estreia, declarou que ainda tem muito a aprender

Tony Ramos já interpretou de gregos (em “Belíssima”) a indianos (em “Caminho das Índias”, que está sendo reprisada no “Vale a pena ver de novo”) e o novo desafio se chama Zé Maria. O personagem, aliás,  foi muito falado desde o primeiro capítulo. Zé Maria aparece diversas vezes sendo perseguido por policiais e deixa o espectador na dúvida se é um vilão ou um homem injustiçado. “É o personagem mais escorregadio que já fiz”, declarou o ator.

O foragido tem um grande carrasco: o policial Dante (Marco Pigossi), que acredita que ele tenha matado seus pais biológicos. Se acontecesse com Tony o que ocorre com seu personagem na trama, o ator garante que lutaria para provar sua inocência. “Faria o mesmo que o Zé Maria, tentaria mostrar que não tenho culpa”.

Apesar de já ter dado vida a tantos tipos diferentes em diversas plataformas, como cinema e teatro, além das mais de 50 novelas, Tony se disse feliz com a oportunidade de viver mais uma história e declarou que ainda tem muito o que aprender. “Pobre daquele que achar que já sabe tudo. A cada trabalho surgem novas apreensões e a preocupação de fazer o melhor possível para o telespectador. É a ele que eu dedico sempre meu trabalho. Apreensão é normal que exista”, confessou. O intérprete avaliou Zé Maria como um homem complexo e surpreendente. “É difícil falar dele em poucos minutos. O que eu posso dizer é que é um personagem absolutamente fascinante que me deram de presente. Um homem que luta para provar sua inocência. Quer mais do que isso? Para mim, não precisa de mais nada”, declarou, alegre.

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De cabelos longos e barba branca, Tony dá vida ao foragido Zé Maria (Foto: AgNews)

Com longos cabelos e barba branca, o ator revelou que sua caracterização foi simples. “Não teve nada especial, é esse rosto de um homem que não tem tempo de se cuidar. Me pediram para deixar o cabelo crescer e a barba sem corte e então fomos gravar”, contou. A novela, feita em um formato inovador chamado caixa cênica, não assusta o veterano, que afirma nunca ter se preocupado com as câmeras em sua carreira. “Não me preocupo. Isso é problema dos técnicos e diretores, eu apenas cumpro as marcas”, disse. Tony afirmou que estuda a fundo o que quer passar para o espectador. “O que interessa, para mim, é a alma do personagem”. E ele imprime com perfeição.