Boa notícia! A TNT exibe no Brasil, a partir de 3 de fevereiro, MOB CITY, série noir de seis episódios dirigida por Frank Darabont, o mesmo que levou “Walking Dead” para a telinha. A história é baseada em fatos reais e adaptada a partir do best seller de John Buntin, mostrando o embate entre a lei e o crime organizado em uma glamorosa Los Angeles anos 1940, em plena era de ouro de Hollywood. Qualquer semelhança com “Los Angeles – Cidade Proibida” (L. A. Confidential, de Curtis Hanson, 1997, Warner Bros, baseado no livro de James Ellroy) não é mera coincidência.
Além de méritos por sua qualidade, a nova atração ganha destaque nos tablóides por ser a primeira empreitada de Darabont depois do imbroglio em que se envolveu em “Walking Dead”. Afinal, o diretor adaptou para a tevê, com sucesso, as complicadíssimas histórias em quadrinhos homônimas de Robert Kirkman, mas, ao longo do segundo ano (atualmente, a série está no quarto), andou se desentendendo com os realizadores e, quando a relação azedou, foi sumariamente demitido, ainda em meio à divulgação daquela temporada, se tornando o único caso, até agora, de gente que morreu no seriado e não virou zumbi. Vivinho da silva, o diretor, que havia trabalhado na pré-produção do épico de terror durante cinco anos antes de ser convidado para por o projeto de pé, também disparou, na época, sua metralhadora: “É como se a mulher que eu amo houvesse me trocado pelo instrutor de pilates e eles me mandassem um convite para o casamento. Da mesma forma que não iria às bodas, não assisto nenhum episódio desde então”, revelou com sarcasmo. Sim, a língua do diretor, pelo jeito, parece ter muito mais munição do que as armas dos mafiosos no novo programa que dirige.
Agora, ele conta a história do prefeito Fletcher Bowron (Ron Rifkin), que decide combater a máfia a qualquer custo, pretendendo expurgar a corrupção que tomou conta da cidade dos anjos e contando com a providencial ajuda do Chefe de Polícia William Parker (Neal McDonough). Na história, dá pinta também o famoso empresário ligado ao contrabando e aos jogos de azar, Bugsy Siegel (Ed Burns), aquele mesmo que inventou Las Vegas e que foi interpretado no cinema por Warren Beatty (Bugsy, de Barry Levinson, 1991, Tri Star Pictures). E mais: o roteiro ainda traz o bonitão Milo Ventimiglia (ex-Gilmore Girls e ex-Heroes) no papel Nex Stax, o advogado de um mafioso, prova de que, na telinha, o químico Antoine Lavoisier é levado a sério e, na televisão, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.
Por isso mesmo, dois atores que viraram quitute de morto-vivo em “Walking Dead”, Josh Bernthal e Jeffrey DeMunn, foram aproveitados por Darabont em MOB CITY, atuando como detetives que se encarregam de desvendar aquilo que existe por trás dos night clubs, lindos na fachada, mas verdadeiros covis do submundo, disfarçados sob quilos de maquiagem capaz de fazer a alegria de Max Factor. Dizem, inclusive, que DeMunn, velho colaborador do diretor desde “Um Sonho de Liberdade” (The Shawshank Redemption, 1994, Columbia Pictures e Warner Bros), teria pedido para seu personagem em “Walking Dead” virar petisco de zumbi antes da hora, por não se conformar com a saída do amigo. Agora, resta esperar o início do mês para conferir se valeu a pena ser tão passional.
MOB CITY estreia na TNT na segunda-feira, dia 3 de fevereiro, às 22h30, com exibição dos dois primeiros episódios.
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