Michi Provensi fala de programa na MTV, carreira de DJ e tempos de modelo: “book rosa existe desde o antigo testamento. Puta tem em todo lugar”


A modelo e apresentadora vai comandar, ao lado de Luitha Miraglia e José Trassi, o programa “MÓV3L” na MTV Brasil. Em entrevista ao HT, Provensi disse que vai falar de temas quentes na atração e que não tem “medo de cutucar a ferida”

Michi Provensi (Foto: CLEIBY TREVISAN)

Michi Provensi (Foto: CLEIBY TREVISAN)

Michi Provensi – sim, a top Michelli Provensi quer ser chamada assim agora – é autora do livro “Preciso rodar o mundo”. Não por coincidência foi convidada para um desafio profissional em que saracotear é a palavra chave, mas com um perímetro, digamos, menos amplo que o globo terrestre como um todo. A bordo de um motorhome e junto de Luitha Miraglia e do ator José Trassi ela vai invadir a tela da MTV Brasil a partir de agosto com “MÓV3L”. No programa, enquanto eles rodam por parques, faculdades ou qualquer ponto bacana da metrópole, serão recorrentes todos os assuntos que estiverem quente como o fogo nas rodas de conversa. Seja sobre moda ou música, comportamento ou meio ambiente, além das opiniões afiadas deles, o povo – que é a voz terrena de Deus, afinal – vai colocar a boca no trombone. É mais uma ideia da MTV, agora em parceria com a Conspiração Filmes, de inovar a programação sem perder a identidade underground que chancelou desde sua existência.

HT, quando ficou sabendo da novidade, não precisou pensar muito sobre a escolha de Provensi. A bela, que a gente já conhece de outros carnavais, tem a alma perfeita para “MÓV3L”. Primeiro porque saiu de Santa Catarina com apenas 16 anos para rodar o mundo. Na conta, mais de 30 países labutando como modelo para o crème de la crème da cena fashion. Paralelo ao mundo dos pivôs, Michi escreve crônicas, lançou um livro, canta e atua como DJ. Ou seja: tem propriedade quando o assunto é rodar por aí e bagagem para falar que lhe vem à cabeça. Aliás, falar no impulso não será um problema já que a MTV garante que o trio terá “total liberdade para se expressar” ao mesmo tempo que aposta que eles falarão sobre o que “estiver quente para ser explorado”.

“Palavra é matéria. Eu penso muito no que vou falar lá na essência. A inspiração é sempre levar uma mensagem positiva, mas tenho confiança em divergir nos assuntos. Se acho que alguma coisa não está legal, não tenho medo de cutucar a ferida. A proposta da MTV é que a gente seja um porta-voz da rua”, disse. Michi foi uma das escolhidas para fazer esse eco pela sua participação no Movimento Parque Minhocão e por ter lançado o “Rap das Modelos” que passa, sem papas na línguas, a mensagem de que a  “beleza vai embora e a sabedoria fica”. “A cidade precisa ser pensada diferente e o lance de ser modelo não é o glamour que todos pensam. Tenho vontade de falar e repensar assuntos diversos, então achei que a proposta do programa e a liberdade que a MTV deu veio em boa hora. Eu amo São Paulo e vai ser lindo rodar pela capital paulistana trocando ideia sobre assuntos contemporâneos que movimentam a galera”, disse.

“MÓV3L” é tratado como caráter de experimentação pela emissora mesmo sem ter estreado. Fato que já leva Michi Provensi a pensar numa boa de uma justificativa para mantê-lo na grade. O que ela falaria se tivesse que convencer o diretor de programação? “A MTV mudou, o público mudou, eu também não sou a mesma. O motorhome por onde passa é um sucesso, todo mundo quer embarcar nele e tá uma vibe superlegal com a Luitha e o Zé. A gente está cheio de energia pra movimentar a nova geração”, mandou. Aliás, essa “viber superlegal” foi coisa de sorte. O trio não se conhecia até o teste. “De cara rolou uma cumplicidade. A piada de  um complementa a vontade de rir do outro. Ainda temos muito para aprender sobre cada personalidade, mas é uma coisa que a rotina vai trazer. O clima é astral”, contou. Enquanto as semanas até agosto passam, Provensi tirou um tempinho para responder algumas dúvidas de HT. Vamos?

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Nos bastidores de “MÓV3L”, Luitha Miraglia, Provensi e José Trassi (Foto: CLEIBY TREVISAN)

HT: O que você faz melhor: canta, desfila, escreve ou apresenta? Por que?

MP: Tudo que faço com alegria faço bem. Não me cobro com perfeição. Vou pelo entusiasmo e vontade. Lógico que desfilando devo ser melhor que o Zé Trassi. (ri).

HT: O que você está achando de todo esse furor sobre o book rosa? Existe desde que criaram a passarela, né?

MP: Escrevi um texto para o “Estado de São Paulo” sobre o assunto e foi minha coluna mais lida até hoje. Como escrevi lá, book rosa existe desde o antigo testamento. Puta tem em todo lugar.

HT: Os DJs tidos profissionais criticam quem vem de outra cena para se arriscar nas carrapetas. Você é um desses casos. Como se defende?

MP: Meu apelido é miss simpatia. Não arrumo briga entre as tribos. Não me levo a sério. A música é diversão, não fico mal se erro o drop, por exemplo. A Jess Pauletto que toca comigo é mais séria, ela fica puta quando mixo mal uma música.

HT: Escrever mais? Tocar mais? Apresentar mais? O que vem por aí?

MP: Aprender mais com os três caminhos. O lado de modelo quase me aposentei, mas estou amando desvendar outros caminhos na minha personalidade.

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