*Por Rafael Moura
“A Julia tem uma personalidade bastante misteriosa e introspectiva. É também uma pessoa que carrega grandes paixões e que, desde muito cedo, entendeu que gostaria de trabalhar e estar envolvida com as questões mais técnicas relacionadas ao petróleo, além da importância disso para o nosso país”, revela a atriz Maria Casadevall sobre sua personagem na nova série Ilha de Ferro, na Globo. Originalmente exibida no streaming Globoplay, em 2018, chega à TV aberta misturando ação, drama, aventura e romance em uma história cheia de adrenalina e emoções inflamáveis. Criada e escrita por Max Mallmann e Adriana Lunardi, com supervisão de Mauro Wilson, e tem direção artística e geral de Afonso Poyart, e direção de Roberta Richard e Guga Sander.
A primeira temporada de ‘Ilha de Ferro’ estreou ontem e conta a história de uma equipe de petroleiros que se divide entre os dilemas em terra firme e o clima de ebulição em alto-mar. Nesse contexto está Júlia, personagem de Maria Casadevall, uma engenheira que assume a gerência da plataforma PLT-137, desencadeando a contrariedade – e a paixão – de Dante (Cauã Reymond), preterido do cargo. Disciplinada e valente, ela enfrenta o ambiente hostil e misógino do trabalho em alto-mar, enquanto arrasta uma culpa pela queda fatal do marido durante uma escalada. Vinda de uma família que entende de petróleo, ela é neta do presidente do Sindicato dos Petroleiros, João Bravo (Osmar Prado) e filha do Ministro de Minas e Energia, Horácio Bravo (Herbert Richers Jr.).
Uma mulher de personalidade forte que tem como grande paixão a prática do alpinismo. “Durante a preparação, fiz como laboratório algumas aulas de escalada e entendi muito sobre a personalidade dela, sobre a questão da atenção, silêncio, solidão”. revela. Ao longo dos 12 episódios da primeira temporada, a protagonista terá de de impor e travar uma luta por respeito dentro desse ambiente altamente machista. “Ela passa por toda a questão do enfrentamento de um universo extremamente machista, ainda mais escolhendo a formação como Engenheira de Petróleo, e se impõe provando que está preparada para aquele cargo na plataforma e que é absolutamente capaz de exercer aquela autoridade”, completa.
A historia gira em torno de Dante que é o coordenador de produção da PLT-137, uma plataforma petrolífera recordista de acidentes. Ele sonha em se tornar gerente do local, mas fica revoltado quando percebe que precisa competir com a recém-chegada Júlia pelo cargo. No entanto, é no meio dessa disputa que acaba surgindo uma paixão entre os dois capaz de mudar o rumo de suas vidas em que acabam alimentando uma grande e ardente. “Acho que a Júlia tem principalmente uma admiração pelo caráter do Dante e eles têm uma afinidade de valores. Ela tem também uma atração física muito grande por aquele homem. O Dante traz para ela algo avassalador, que ela não consegue entender, mas ao mesmo tempo está totalmente tragada por aquilo”, conta.
A engenheira mantém uma forte relação com seu avô, João Bravo, vivido por Osmar Prado de muita admiração e respeito, em quem ela sempre se espelha. “A Júlia tem uma trajetória de vida que a gente começa a conhecer por meio de flashbacks e pelas atitudes dela. O conflito com o pai é um dos mais importantes e determinantes para o comportamento dela. Acho que quando a Júlia entende, olhando para a figura do pai, o que ela não gostaria de ser, ela consegue se auto definir. Acho isso um processo bastante humano de auto entendimento”, explica.
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