*Por Brunna Condini
Lucy Alves volta às novelas em ‘Renascer’, a partir desta terça-feira (13). No remake de Bruno Luperi ela é Lilith, uma sanfoneira contratada por Norberto (Matheus Nachtergaele) para atrair o público para o forró no bar. E vai revelar que é filha de Jacutinga (Juliana Paes) e irmã de Morena (Ana Cecília Costa). A cantora e atriz enaltece a personagem, mas desconversa e não revela muito mais. “Ela me parece uma mulher bem potente, despretensiosa e que caminha com o vento. Tem um estilão independente e temos isso em comum. Mas é muito misteriosa, o público terá que acompanhar os capítulos para conhecê-la. Eu mesma estou conhecendo a Lilith a cada cena gravada”, comenta.
Com Lucy tem tudo ido muito bem, obrigada: na vida profissional, entrou na novela das nove, tem rodado o país com shows, lançou recentemente três singles e tem projetos a caminho como cantora e como atriz. E, na parte pessoal, não poderia estar melhor. O namoro com Indira Nascimento, assumido publicamente no carnaval deste ano, segue firme. Aqui, ela fala sobre tudo isso, e também sobre este agosto, considerado o Mês da Visibilidade Lésbica.
Este mês tem duas datas dedicadas ao fortalecimento da luta por igualdade, direitos e inclusão e pelo fim da lesbofobia. O dia 19 é considerado o Dia do Orgulho Lésbico, enquanto o 29 é o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica. Lucy se identifica dentro da sigla LGBTQIAP+, como bissexual, e reflete sobre o fato de vivermos em um país que ainda persegue e mata por conta da orientação de gênero. O que acha que a pessoas precisam compreender de uma vez por todas para transformar essa realidade? “Eu fico me perguntando se alguém tem que compreender mesmo algo… não acho que seja um caso de compreensão, mas de respeito ao próximo. É apenas isso. Estamos falando sobre amor, sobre sentimento”. E reforça:
Não entendo como o amor do outro pode incomodar tanto. E isso é bem triste. Você quer ser feliz? Acredito que sim. Seja feliz e deixe o próximo ser feliz também – Lucy Alves
Firme no propósito de falar do relacionamento com Indira apenas para dar visibilidade ao amor, em suas diferentes formas, a artista diz sobre o namoro: “Está tudo bem, tudo ótimo. Eu sempre fui muito reservada a respeito da minha vida afetiva, particular. Sempre foi uma característica. Entendo muito a curiosidade das pessoas, mas gosto de ter essa parte da vida para mim. Como figura pública, sei o quanto que é importante falar sobre o nosso amor. E, por isso, nós tornamos pública a nossa relação, mas tem coisas que eu acho que são importantes apenas para nós duas”.
Amor tem que ser bom, sempre! Tem que ser algo para somar, para deixar a gente feliz. Não consigo associar esse sentimento se não for a algo bom. Relação é parceria, admiração, amizade… é um conjunto de coisas que juntas nos fazem bem – Lucy Alves
Renascer
Ao pensar no significado do nome da personagem, Lilith, com suas representações mitológicas e espirituais, associando-o a uma mulher que é símbolo de rebeldia porque não se submete, é dona das suas vontades, caminhos, Lucy parece se identificar: “Busco ser fiel ao que é importante para mim, aos meus valores, aos meus sentimentos. E sou uma mulher transparente. Eu não sou uma pessoa que finge ser algo, sou quem eu sou. E viver essa verdade é algo potente demais. Já me importei mais com o que os outros diriam. Hoje só quero seguir meu coração sempre. Para isso tento fortalecer meu espiritual”.
Na novela das 21h, Lilith chega dando uma ‘bagunçando’ sentimentos: dá um fora em Zé Bento (Marcello Melo Jr.), que se interessa por ela, e demonstra admiração por Zinha (Samantha Jones), por exemplo. Lucy já precisou lidar com algo do tipo? “Acredito que a ficção nos dá boas oportunidades de viver situações que não experimentamos na vida. O trabalho sempre me trouxe possibilidades de explorar caminhos diferentes da minha história. E é o caso da Lilith, que chega mexendo com corações e movimentando a trama de alguns personagens”.
Raízes
Terceira colocada no ranking geral da Dança dos Famosos 2024, neste momento artístico, a cantora traz trabalhos autorais em músicas conectadas com suas raízes nordestinas. Assim lançou os seus três últimos singles: ‘Carta Branca’, ‘Para morrer de amor’ e ‘Forró em Cabedelo’. E também tem rodado o país com shows. “Eu amo esse período pé, durante e pós São João. Sou realmente apaixonada por essa época do ano e me sinto realizada por poder cantar e fazer shows para esse público. Amo estar no meu Nordeste cantando, enaltecendo as minhas raízes. O brasileiro, apesar de todas as adversidades, é um povo que busca a alegria diariamente. É um povo que sabe festejar muito! É o melhor público do mundo! Adoro nosso jeitinho. E a nossa realidade é difícil, então, me sinto extremamente honrada por saber que de alguma forma estou dividindo essa alegria com o público”.
E finaliza: “Têm novidades na área musical e na carreira como atriz. Tem sido um ano bom, com muitas coisas e eu amo esse movimento todo. Gosto muito do que eu faço, então trabalhar é algo que me deixa feliz e realizada”.
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