* Por Carlos Lima Costa
O Brasil acompanhou a luta de Luciano Szafir para vencer a Covid, que ele contraiu quatro vezes, e as sequelas. Foram várias internações, dias difíceis com respiração por ventilação mecânica na UTI, durante um ano usou bolsa de colostomia. Em novembro, vai se submeter a cirurgia contra a artrose que ele já tinha, mas que foi acentuada pelo vírus. Foi guerreiro e continua sendo. Ao lado dele, que atualmente apresenta o programa de entrevistas “Casa Szafir”, exibido pela VTV, afiliada do SBT, em Campinas, sempre esteve sua mulher, Luhana Melloni. Juntos há quase 11 anos, eles vão casar nesta quarta-feira, dia 12, data do aniversário de Luhana. Nesta entrevista exclusiva, ele relembra o medo da morte e ressalta os planos profissionais. Aos 25 anos de carreira como ator desde a estreia, em “Anjo Mau”, ele planeja encenar duas peças em 2023. Uma será seu primeiro monólogo. Diz que não quer deixar nunca o teatro, mas talvez não faça mais novelas.
“Cheguei a ficar com 84% do pulmão tomado. Se eu falar que estou igual ao preparo físico que eu tinha, é mentira. Foram 40 pontos na minha barriga, mais o espaço onde ficava a bolsa de colostomia, com o intestino pra fora, então, tem uma série de coisas aí. Mas a minha maior luta foi a psicológica, que eu ainda enfrento. A física eu estou superando. Agora, de vez em quando dá uns questionamentos, uns medos, enfim, acho que todo mundo que teve a quase morte deve passar por isso. Eu tive três episódios complicados no hospital. Em dois deles, eu estava consciente. Foram momentos difíceis, deu medo. De certa maneira, me sinto muito frágil, sei que a morte pode bater a qualquer momento. Hoje, estou aqui e, amanhã, posso não estar. Sempre fui um touro, nunca tinha pensado em morte. Mas, hoje, sei que a coisa não é bem assim”, enfatiza.
O casamento vem provocando frisson nos filhos do casal, David, de 8 anos, e Mikael, de 7. “Temos um documento de união estável, mas a gente nunca casou. Eu sou judeu e Luhanna não. Então, não é casamento em igreja, nem em sinagoga. Escolhemos um lugar, vai ter um juiz, um cerimonialista, alguns amigos e família. Vai ser muito legal. Os meninos estão adorando, os amigos deles não entendem e falam: ‘Mas seus pais não são casados?’. É engraçado. E eu fico brincando com ela, que nunca vou esquecer a data do nosso casamento, afinal é o aniversário de Luhana. Mesmo se eu ficar gagá, vai ser mais fácil de lembrar”, diverte-se.
Com a mesma franqueza, ele fala sobre a cirurgia a qual vai ser submetido em novembro. Vale lembrar que, em setembro, seus fãs levaram um susto ao ver uma foto dele em uma cadeira de rodas, no Aeroporto Santos Dumont. “Pratiquei lutas durante muitos anos. Comecei o judô com seis anos e jiu-jitsu com 10 e não parei mais. Até uns 35, 40 anos eu estava a nível de competição. Isso me acarretou uma artrose. Entre o quadril e fêmur já não tem mais líquido ali, ficou osso no osso. Com a Covid isso acelerou muito. Antes, eu tomava antiinflamatório e ok. Agora, não. Tenho dor durante 24 horas. No dia em que estava com cadeira de rodas, fui fazer uma explanação sobre o projeto Planeta Leitura e um debate sobre Educação e Tecnologia. Passei muito tempo em pé e aí começou a dar uma fisgada muito forte na perna, com muita dor, então, pedi a cadeira. De vez em quando acontece, se tenho uma distância longa a caminhar. Então, vou fazer essa cirurgia que resolve isso fácil. Vou colocar uma prótese agora no início do mês”, revela.
REALIZAÇÃO COM PROGRAMA DE ENTREVISTAS “CASA SZAFIR”
Em meio a tudo isso, ele está bastante entusiasmado com a carreira de apresentador e seu programa de entrevistas “Casa Szafir”, que o fez se mudar para Campinas, e que é gravado em sua casa, sendo exibido todos os sábados pela VTV, afiliada do SBT, em Campinas, e depois disponibilizado no YouTube. No passado, por exemplo, comandou o “Você Decide”, entre 1999 e 2000. Mas esta é a primeira vez que tem um programa próprio. “Está sendo uma delícia, me surpreendeu muito. Eu tive a sorte de estar com uma produção boa, um excelente diretor, bons roteiristas e, principalmente, convidados com muito conteúdo. É um bate-papo, só que tenho um formato diferente. O pessoal chega aqui em casa cedo, a gente conversa no sofá, aí depois vamos pra cozinha. Tem um chef cozinhando ou o convidado mesmo prepara algo. Em seguida, continuamos a conversa no sofá. Quando a comida fica pronta, vamos comer na piscina. Então, é um programa no qual a pessoa literalmente se sente em casa. Aí ela vai tendo mais intimidade, brincando e abrindo mais sobre os temas, porque se sente confortável. Está sendo gostoso. Existe um roteiro pronto, mas saio muito dele, porque dependendo da resposta me vem outra pergunta, que eu acho que o público teria curiosidade”, explica.
Em relação à comida, conta, com bom humor, que ele próprio não prepara nada. “Eu cozinho só pra mim, apenas para não morrer de fome. Não dá para cozinhar para convidado não (risos). Tinha 20, 21 anos, a primeira vez que morei no exterior para trabalhar como modelo. Não dava para sair comendo em restaurante, tinha que fazer supermercado e cozinhar. Até sei fazer algumas coisas, mas nada refinado. Então, não me aventuro”, diverte-se.
Com entusiasmo, relembra temas relevantes já abordados no “Casa Szafir”. “Tem um assunto que eu já estava querendo levar em pauta e consegui: a inclusão. Na mais recente gravação, trouxemos uma modelo e um chef de cozinha com síndrome de Down, além de uma amiga minha, que esteve na ONU falando sobre isso. Foi um programa interessante”, conta. Agora, uma das conversas que mais o emocionou foi com um menino. “Todos sabem que eu fiquei ostomizado durante um ano. Esse garoto foi ostomizado com cinco, seis anos. Ele sofria bullying na escola e tinha vergonha. Quando a mãe dele mostrou uma foto minha com a bolsa (em novembro do ano passado, Szafir desfilou na 52ª edição da São Paulo Fashion Week, com a bolsa de colostomia exposta), ele perdeu a vergonha, passou a jogar bola sem camisa na escola, ficava com a bolsa exposta. Criança é pura, então, me emocionei com o que falou”, frisa.
O apresentador lembra como lidou com a situação na época. “No início, foi desesperador como qualquer pessoa que passa por isso, mas sem a bolsa a pessoa morre. Eu não conhecia ninguém, nem nada sobre ostomia, aí de repente comecei a viver esse mundo e percebi que a vida continua da mesma maneira, que existe uma tecnologia mais avançada. Hoje em dia você pode tudo de uma certa maneira, mas é uma coisa extra que você está carregando, um objeto estranho ao seu corpo, não é fácil, mas tem muita gente que usa para o resto da vida. Conheci muita gente, fiz muitos amigos que tem bolsa de colostomia. Eu não senti vergonha, minha mulher também não, nem meus filhos. Mas tem gente que não consegue nem olhar, porque dá nervoso. Pra mim não, graças a Deus, levei com tranquilidade”, pontua.
Durante a pandemia, muitas crianças tiveram o esquema vacinal atrasado, o que pode acarretar o retorno de doenças já erradicadas. Nos últimos dias tem se intensificado, por exemplo, campanhas de vacinação contra doenças como a poliomielite. “Ainda não levamos esse tema. O programa é novo, foram apenas 27 apresentações, tem muito conteúdo necessário para ser abordado. Com certeza, esse me interessa. A gente toma vacina a vida inteira, tem vacinas que são obrigatórias. Caso isso não aconteça pode vir uma desgraça aí. Isso é de fundamental importância. Meus filhos estão todos vacinados contra qualquer doença”, conta
APRENDIZ DE APRESENTADOR COM TRIPLA INSPIRAÇÃO
Modesto, Szafir afirma que ainda está “engatinhando” como apresentador e revela em quem se espelha. “Eu falo que sou um aprendiz de apresentador. Se falarmos dos brasileiros, prefiro ser um mix. O Jô Soares (1938-2022) era um cara sensacional, tinha humor, o Pedro Bial tem um conhecimento absurdo, o Serginho Groisman eu admiro pela leveza e pela maneira descontraída que ele leva uma entrevista. Seria ideal, se eu conseguisse ter um pouco de cada um deles, o que provavelmente não vou conseguir, porque são três feras”, comenta.
Jô atuava, depois enveredou na linha de humor, até que deixou de atuar e se dedicou ao seu programa de entrevistas. Na cabeça de Szafir não passa a ideia de uma mudança radical. “É porque eu amo teatro, não vivo sem. Novela provavelmente sim, talvez eu deixe, porque toma muito tempo, você fica um ano inteiro gravando. Cinema é eventual e toma menos tempo. Se não tenho um programa ao vivo, posso organizar. Tem dois espetáculos que estão sendo preparados para 2023. Um é um monólogo e o outro é uma peça francesa, que fez sucesso em Portugal, são dois atores. Devo contracenar com a Rita Porto, atriz portuguesa. Estamos comprando os direitos autorais para começar a ensaiar. O monólogo devo começar a ensaiar só em 2023. Este vai ser o meu primeiro. Eu sempre tive vontade, então, vai ser um prazer imenso”, vibra.
A TRAJETÓRIA COMO ATOR
Neste momento que planeja o monólogo, Szafir celebra 25 anos de sua estreia na TV, na novela “Anjo Mau“. “Foram muitos trabalhos em cinema, teatro e TV. É claro que a gente olha papéis de alguns colegas e fala: ‘Demais isso’. Mas, eu também tive personagens muito interessantes. E não tenho medo de encarar nenhum papel hoje em dia. Meu balanço é de que consegui trabalhar bastante, com bons projetos e quero continuar fazendo. Esse primeiro monólogo vai ser um desafio, mas vai me dar um grande prazer. A peça será uma lição de vida, vamos falar sobre o Rei Salomão”, revela.
Ao longo dessas duas décadas e meia, Szafir atuou em novelas como “O Clone”, “Vidas Opostas”, “Rebelde” e “Os Dez Mandamentos”, filmes como “Nossa Senhora de Caravaggio”, “Xuxa e os Duendes 2 – No Caminho das Fadas” e “Réquiem Para Laura Martin”, e no teatro encenou, por exemplo, “A Paixão de Cristo” e “Estúpido Cupido”.
MEMÓRIAS DOS MOMENTOS DE AGONIA
Após falar de seus planos, Szafir relembra momentos difíceis provocados pelo coronavírus. O sofrimento foi grande. Quando estava mal, eram os filhos, principalmente, que vinham à sua mente. “Eu pensei: ‘Vou deixar meus três filhos, minha mulher, minha mãe (Beth Szafir) vai enterrar o segundo filho, ela já enterrou a minha irmã mais velha (a advogada Alexandra Szafir morreu aos 50 anos, em 2016, após dez anos lutando contra a Esclerose Lateral Amiotrófica – ELA). É muita dor para eles. O primeiro pensamento foram os filhos. A Sasha (Meneghel) se casou tem pouco tempo, daqui sei lá dois, três anos deve ter filho. Os meus pequenos, que precisam mais, porque ela pelo menos já está formada, com a vida organizada. E minha mulher sozinha, como iria lidar com isso?”, indaga.
Szafir realmente temeu o pior. “Depois, comecei a ficar com medo de morrer. ‘Não estou pronto’, eu pensava. Quer dizer, além de pensar neles, comecei a pensar em mim também. Sempre imaginei que aqui é uma passagem. Graças a Deus, tive uma vida com pais amorosos, viajei muito, conheci pessoas interessantíssimas, tive sempre uma saúde de touro. Como todas as pessoas, tive percalços, mas comparados com o mundo, faço parte de um ou dois por cento que realmente teve uma vida muito boa. Mas quando a hora chega, a gente fala: ‘Não está certo, quero ficar mais’. É muito difícil! Quando você consegue passar por isso, vê que nada é tão sério. Eu não levo mais nada muito a sério, sem confundir com não ter responsabilidade. Só que nada é tão importante assim. A gente aprende a dizer ‘não’ para uma série de coisas, que normalmente a gente se sacrifica para fazer”, enfatiza.
Minha maior luta foi a psicológica, que eu ainda enfrento. De vez em quando dá uns questionamentos, uns medos, enfim, acho que todo mundo que teve a quase morte deve passar por isso – Luciano Szafir
Atualmente, chega um determinado momento do dia em que ele larga o celular, não atende mais as chamadas e para de trabalhar para ficar com os filhos e a mulher ou para ler um livro. “Ah, mas se tem que resolver algo, eu acerto no dia seguinte. Não vai mudar. Passamos a vida inteira sem celular, sem esse imediatismo, trabalhava até um horário e ninguém ficou mais rico nem mais pobre. Vivemos uma pressão hoje em dia em virtude de internet. Isso não me pega mais. Aprendi a dizer mais ‘não’ também para trabalhos. Se vai me tomar muito tempo, se vai ser exaustivo demais, reflito se vai valer a pena. Hoje, penso muito mais em qualidade de vida”, reforça ele, que se submeteu a operação de reconstrução do intestino, em junho. “Eu tirei a minha bolsa de colostomia. Foi uma cirurgia de oito horas, muito mais longa do que eu esperava. Foi bem complicada”, recorda. Dias depois, teve que se internar com quadro de suboclusão intestinal.
Szafir foi imunizado com as quatro doses da vacina. Mas quando teve a doença pela primeira vez, ainda não tinha tomado nenhuma. “Comecei a me sentir mal dentro de um avião, em uma sexta-feira, indo para Salvador. Comecei a tossir, cheguei lá com dor de cabeça, fiz um PCR e deu negativo, foi um falso negativo. À noite, peguei o voo de volta. A vacinação para 52 anos era na segunda-feira. Minha médica disse para não tomar de jeito nenhum, que se eu tivesse infectado, o negócio ia ficar feio. Eu tinha que fazer uma tomografia no pulmão. Por isso que, quando peguei a variante Delta, ficou grave. Eu não estava vacinado. Depois que saí do hospital demorei ainda uns dois, três meses, até meu médico, o dr. (João) Pantoja, me liberar. Eu precisava ficar forte. Depois, fui tomando todas as doses”, conta.
Szafir ressalta que apesar de ter contraído o vírus quatro vezes (uma das vezes, estava com a bolsa de colostomia), ele sempre se preveniu bastante. “Eu não ia para lugar nenhum, geralmente. E se fosse, era sempre com máscara, trocando a cada três horas, álcool gel o tempo todo. Ainda hoje, sabemos muito pouco sobre essa doença, tanto que a minha mulher não pegou e ficou comigo o tempo todo, meus filhos também não tiveram. Só marcava reunião em lugar aberto. Eu comia um sanduiche em casa, colocava a máscara e não tirava nem para tomar água. Se viajava de avião, botava duas máscaras, mais aquele protetor por cima e não tirava de jeito nenhum. Eu sempre tive muito medo. Tirava a roupa quando chegava em casa, mas acho que o vírus gosta de mim, infelizmente”, relata.
E prossegue: “Eu já perdi a conta das datas em que tive a doença. Foi tudo tão ruim que eu meio que deletei. Mas foram quatro vezes. Três inofensivas, sem grandes dores. Um pouquinho de cansaço, de dor de cabeça, no corpo e aquela mais forte que todo mundo soube, que me deu uma embolia”, cita. Os médicos não souberam lhe falar o motivo dele contrair o vírus com essa facilidade. “A primeira coisa que me perguntavam era se eu tinha me metido em alguma aglomeração, se eu me descuidava. Nunca. Eu ficava com a minha família. Quando ia trabalhar, mantinha distância das pessoas. Eu não atuei. Minha mulher jogava álcool em tudo, em todas as sacolas que chegavam de mercado. Cansei de morder maça que estava com gosto de álcool, então, não sei, ninguém sabe. Na verdade, sabemos pouco sobre o vírus”, aponta.
“Luhanna foi tudo na minha vida. Foi e é. Ela segurou uma barra muito forte. Sabia as notícias em primeira mão e contava para toda a família, cuidava de mim, das crianças, enfim, foi uma grande guerreira, uma baita companheira, a razão da minha vida é ela – Luciano Szafir
FOCO NA LEITURA E NA EDUCAÇÃO
Szafir atua como diretor de distribuidoras da Melhoramentos e tem o projeto Planeta Leitura, que começou um pouco antes da pandemia. “Eu sempre li muito. A minha irmã mais velha imbuiu isso na gente. A ideia surgiu em uma conversa de amigos. Um trabalhava com educação, aí conheci os donos da Melhoramentos, fui lá dar uma palestra e me apaixonei por um dos projetos deles que forma leitores. Eu fiz um estudo. Todos os países que tem uma qualidade de leitura, a economia cresce de forma proporcional. Então, por exemplo, quais são os países que dominam o mundo hoje? Os asiáticos. São os primeiros em leitura no mundo. Passaram Islândia, Finlândia, os que estavam à frente. O brasileiro lê pouco. Enquanto na França se leem 20 livros no ano, o brasileiro lê 2.5, não é nada. Então, esse projeto forma leitores e dá uma biblioteca pessoal para cada criança de escola pública. Isso desperta a imaginação, o conhecimento”, diz.
Szafir se reúne com as equipes de educação dos municípios. “Explico exatamente o que é o projeto, como funciona, a que público atende, que são crianças de dois a cinco anos, do Fundamental I e II. Eu falo sobre as obras que cada um tem. Cada aluno tem nove livros durante um ano, são livros de dificuldades escalonáveis, uns mais fáceis, outros mais difíceis. Depois disso, tem treinamento do professor em parceria com o Instituto Singularidade, fundado pelo grupo Pão de Açúcar, que tem nota máxima no Enade, que mesura os Institutos de formação para o professor. Depois existe um evento literário no qual a gente leva autores, que leem para as crianças. Trazemos a família para próximo do professor, o que é importante. A família faz uma diferença incrível. E faço as campanhas”, conta.
E acrescenta: “Agora mesmo vai ter um evento, dias 17, 18, 19 e 20, em Americana. Vou levar Gabriel, o Pensador, que é autor de um livro pela Melhoramentos. Ele vai ler o livro dele, vai falar com as crianças. Eu abro o evento, converso com os pais, com as crianças e aí vem o autor e lê a sua obra, que geralmente está na pauta dos professores”, explica Szafir.
“Se você pegar um livro meu, vê que o conteúdo de um não bate com o outro. Eu vou desde livros sobre economia, de viagem, culinária, história. Depende do meu humor. E leio ao mesmo tempo quatro ou cinco livros de temas diferentes. Procuro ler à noite, pelo menos 20, 30 páginas antes de dormir. Vinha grudado no ‘Pantanal‘, então, acabava a novela eu ia para a leitura”.
O hábito de ler para os filhos David e Mikael ficou no passado. “Hoje em dia, eu já não leio mais para as criança, porque pegam o livro e falam: ‘Vamos ler gente!’. Nem que seja um pouquinho, mas estão lendo direto. Todos os pais deveriam incentivar os filhos a leitura. Ela desperta a imaginação, abre caminhos, sonhos. E quanto à educação, em virtude da pandemia, começamos muito a trabalhar a educação virtual. O Brasil ainda tem dificuldade em comunidades, porque, às vezes, não tem o sinal da internet, o wi-fi não é bom, não tem 5G. Acredito que, em alguns anos, a educação virtual vai estar ainda mais forte. As verbas são poucas, nunca são suficientes, seja na Saúde, seja na Educação, seja onde for. Sempre pode ser melhor. Então, acho que a tecnologia que tem avançado vai nos ajudar muito nessa área. Não sei como vai ser, mas acredito que daqui há 10 anos as universidades de ensino estejam totalmente diferentes”, ressalta.
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