Lançando filme, Cleo diz: “Quero ser mãe, ter mais sucesso, muito mais dinheiro. Falta muita coisa ainda!”

*Por Brunna Condini

Com estreia em 22 de dezembro nos cinemas do país, a comédia romântica ‘O Amor dá Voltas‘, traz Cleo no papel de uma mulher apaixonada pelo namorado (Igor Angelkorte) da irmã vivida por Juliana Didone. A trama de Marcos Bernstein evidencia que o racional e os sentimentos nem sempre se comunicam, mas também que amar, por si só, pode ser libertador. “Eu, por exemplo, estou me sentindo bem amando neste momento. Falar de amor é sobre parceria, paixão, troca, fechamento. E também desejo de compreender o outro, experimentando um pouco sua história e vice-versa. Sinto que hoje estou vivendo isso”, diz Cleo, casada há um ano com o modelo e empresário Leandro D’Lucca.

Atriz, produtora, cantora e agora também escritora, estreando na ficção com o livro ‘Todo mundo que amei já me fez chorar‘, escrito com Tatiana Maciel, que tem música e clipe homônimos, ela comenta sobre a ‘patrulha’ em cima de quem é múltiplo. “Acho um saco esse tipo de crítica. É limitador, um pensamento pequeno e uma bobagem, porque somos diversos em nossa essência. Vermos alguém exercendo sua pluralidade deveria ser um foco de inspiração e não de hate“, avalia a artista, que já anunciou que, em breve, também pretende lançar uma grife própria.

Cleo fala do filme ‘O Amor dá Voltas’, que lança dia 22, e também dos caminhos múltiplos da carreira (Reprodução/Instagram)

O que falta pra você hoje? “Ser melhor em tudo o que me proponho. Ser uma atriz, cantora e produtora melhor. Também quero ser mãe, ter muito mais sucesso do que eu tenho, muito mais dinheiro. Falta muita coisa ainda pra mim!”. Investindo em seus talentos, ela analisa: “Você não precisa escolher e, pronto. A gente vem vendo o quanto experimentar é importante. As pessoas também têm a necessidade de achar que nos compreenderam, e quando apresentamos coisas mais simples, elas acham que conseguiram. Querem classificar. As redes sociais potencializaram isso. Você encontra seu grupo e aí acha que não precisa mais explicar nada, refletir sobre o diverso, porque já está acolhido naquela maneira mais singular de pensar”.

Cleo em cena de ‘O amor dá Voltas’ ao lado de Igor Angelkorte (Foto: Rachel Tanugi)

Novos tempos

A atriz apoiou nas redes sociais a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva e destaca que, após tempos tão duros, alguma leveza é bem-vinda. “Como artista, a contribuição que pretendo dar não é só em relação à realização dos meus desejos criativos, mas também das pessoas que estão trabalhando comigo. E que elas possam trabalhar de forma justa, honesta, com equidade, acho que são posições importantes. Também quero colocá-las em lugares de liderança, que poderiam estar e muitas vezes não estão pelo sistema de opressão. Pretendo cada vez mais falar de temas importantes para o ser humano, como o amor, que abordamos neste filme”.

“A diversão pode ser uma ótima contribuição para o país. Trazer respiro para as pessoas neste momento” (Foto: Reprodução/ Instagram)

E pontua sobre o momento: “Termos de agora em diante alguém na gestão que fala sobre equidade social, políticas públicas onde prevalece o coletivo, o bem-estar de todos, a saúde, educação, isso também dá um alívio. Poder falar de construção, possibilidades, e não de desmontagem, faz toda a diferença, é bom para todo mundo. Este filme também é essa possibilidade de construção. Além disso, a diversão pode ser uma ótima contribuição para o país, trazendo respiro”.

Amor e outros papos

Ao lado de Cleo na entrevista, o co-roteirista e diretor do longa Marcos Bernstein faz questão de complementar sobre a obra. “É um filme leve, mas não alienante. Ali colocamos na roda temas pertinentes nos relacionamentos”, diz ele,  que conta na telona a história de André (Igor Angelkorte), um jovem médico que, ao retornar ao Brasil após mais de um ano cuidando de doentes e feridos num acampamento da Médicos Sem Fronteiras, descobre que havia trocado cartas de amor não com sua namorada, Beta (Juliana Didone), mas, sim, com a irmã dela, Dani (Cleo), que sempre gostou dele. Na pauta as dores e delícias dos encontros e desencontros amorosos. “Hoje falar de amor, é falar de muita coisa, e até de uma aproximação que não se atingiria em outra épocas por conta do digital, por exemplo. As pessoas estão sempre buscando nas relações, seja a dois, a três, a paixão, mas também a parceria. Talvez a dificuldade que se tenha hoje é essa variedade de opções. O filme lida com um universo mais tradicional de uma confusão amorosa com dilemas contemporâneos”, acrescenta, sobre o longa rodado em 2016.

Cleo e Igor Angelkorte estão na comédia romântica ‘O amor dá voltas’ (Foto: Páprica filmes)