Karine Teles, atriz que deu vida à patroa de “Que Horas Ela Volta?”, se posiciona sobre o cenário atual do Brasil: “Eu não vou pagar pelo golpe”


Atriz destaca ainda a importância da participação e consciência dos adolescentes na política

Atriz considera esse atual momento como de "limpeza da corrupção". (Foto: Reprodução)

Atriz considera esse atual momento como de “limpeza da corrupção”. (Foto: Reprodução)

“Eu não vou pagar pelo golpe. Eu não vou pagar a conta de a gente retroceder na história e voltar a um tempo negro onde as opiniões são controladas, a briga pelo poder e o desejo de mandar no país são mais fortes do que qualquer avanço que possa ser feito”. Em entrevista ao HT na estreia da peça ‘Não vamos pagar’, a atriz Karine Teles expôs alguns pontos de vista de tudo o que está acontecendo no plano político, econômico e social do país. Karine considera esse momento de “limpeza da corrupção” muito delicado e que temos que ficar atentos e nos informar bastante “porque esse impeachment é uma coisa grave, se acontecer”. Para ela, caso a atual presidente saia do poder desta forma, estaríamos “pondo em risco uma conquista de pouco tempo, mas muito suada e que vale a pena zelar por ela”.

A atriz que tem projetos de dois longas para esse ano, acha que “estamos em um processo muito bonito de transformação e que temos que brigar para que isso continue”. Ela ressalta a importância de “tudo o que foi feito em termo de inclusão social e avanço na educação” e destaca a participação dos jovens de hoje em dia e de terem “uma consciência política maior”. “Eu acho que isso é fruto de um trabalho de muito tempo e a gente não pode perder isso”.

Karine Teles com Regina Casé no longa 'Que horas ela volta?' (Foto: Reprodução)

Karine Teles com Regina Casé no longa ‘Que horas ela volta?’ (Foto: Reprodução)

Ano passado, Karine Teles interpretou a patroa do filme ‘Que horas ela volta?’, com Regina Casé. O longa, que foi dirigido por Anna Muylaert, ganhou alguns prêmios e reconhecimentos como o ‘Faz diferença’ no último dia 23. No discurso de agradecimento da premiação, a diretora dedicou o filme ao ex-Presidente Lula e à Presidente Dilma Roussef. Mas, para Karine, o longa foi mais importante pelas discussões que trouxe. “Eu acho que para além das conquistas dentro do cinema, ele foi muito poderoso em levantar questões importantes e debates muito pertinentes”.