Giovanna Lancellotti posa para ensaio exclusivo inspirado em Audrey Hepburn, na suíte do Rio Othon Palace, e fala sobre os “nãos” da carreira, teatro, independência e muito mais


Jovem, animada e cheia de amigos, volta e meia a atriz vê boatos envolvendo seu nome, mas continua vivendo sua vida normalmente e garante: “Hoje em dia com o tempo, conhecendo gente desse meio que tem mais experiência do que eu e que foi me dando conselhos e tendo uma assessoria ótima, não tem porque eu me preocupar tanto. Até porque o que é mentira o tempo mostra”

“Eu sou fácil”. Assim Giovanna Lancellotti, aos 23 anos, se define. E é mesmo. Explicamos: a atriz, que tem um enorme grupo de amigos, conversa com qualquer pessoa. “É difícil mesmo eu não me dar bem com alguém. A pessoa precisa se esforçar para eu não gostar dela, ser muito ruim”. De fato: do tipo que sorri para todo mundo, não à toa que, volta e meia, aparecem boatos de namoros envolvendo seu nome. Mas a menina que saiu do interior de São Paulo, mais precisamente de São João, aprendeu a abstrair as notícias falsas a seu respeito.

“Foi bem louco o assédio no início, eu não me acostumava. Era um mundo que eu via de fora e foi assustador estar ali. Quando surgiam matérias ou boatos eu ligava para todo mundo que eu conhecia falando que era mentira, tinha a necessidade de provar, queria postar. Hoje em dia, também com o tempo, conhecendo gente desse meio que tem mais experiência do que eu e que foi me dando conselhos e tendo uma assessoria ótima, não tem porque eu me preocupar tanto. Até porque o que é mentira o tempo mostra. E também, se você não dá tanta importância, as pessoas também não dão. Antes, quando eu sofria, as pessoas ligavam mais, hoje em dia tem nota que eu nem vejo. Eu até tenho o alerta que mostra o que sai de mim no meu celular, mas, às vezes, vem um título que eu penso: ‘nem vou abrir’ e não abro. Não perco meu tempo. Até fico curiosa, mas prefiro não ler”, disse a atriz enquanto se preparava para a sessão de fotos do nosso editorial exclusivo, inspirado em Audrey Hepburn, na suíte luxo do Rio Othon Palace, com uma vista de tirar o fôlego de Copacabana.

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Jovem, bonita e simpática, ela aprendeu a lidar com tudo isso de forma gradativa. “A sensação que eu tenho é que, quando eu me mudei para o Rio de Janeiro, aos 17, não tinha essa vida tão exposta. Por mais que eu já tivesse morado em São Paulo, eu não saía tanto também, tinha a rotina de ir para a escola a pé, fazia teatro. Cheguei aqui sem conhecer ninguém e foi muito estranho, porque em São João todo mundo se conhece. Então, eu queria abraçar o mundo, fazer o máximo de amigos, ir a todos os lugares. Não sabia se eu ia fazer uma novela só e voltar para São João, queria aproveitar tudo o que dava”, lembrou. E deu certo: “Tenho muitos amigos, mulheres e homens, claro. E volta e meia sai notícia de que estou pegando alguém. O Miguel Rômulo, por exemplo, namora a minha prima e até hoje ainda sai em alguns lugares que o ‘ex da Giovanna Lancellotti’, meu Deus!”, protestou. Se hoje ela tira as fofocas de letra, morar sozinha em uma cidade grande também não é algo que a assuste. “Quando eu fiz 15 anos fui para São Paulo. Fiquei dois anos lá e já me deu uma boa noção. Foi muito importante esse período antes de vir para o Rio, porque é mais perto de São João, então, se acontecia algo, eu podia voltar. Quando cheguei aqui não tinha muito o desespero de ficar sozinha, porque já tinha passado por isso”, explicou.

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Aliás, morar sozinha também foi um dos motivos que a fez construir amizades sinceras em um meio difícil. “Eu faço muita reunião em casa, mas só para os amigos mais íntimos, que já são uns dez (risos). No Dia das Mães, mesmo, ficamos juntos. Acaba que vira uma família também”, declarou ela, que, atualmente, não se vê morando com os pais de novo. “No começo eu sentia muita falta, mas já tem oito anos que é assim. Não saberia morar com pai e mãe, perguntando aonde vou, que horas eu volto, esse tipo de situação que é normal, que as meninas da minha idade passam e eu já não passo mais tem muito tempo. Sei que não fariam de cobrança, até porque meus pais são muito tranquilos e sempre confiaram demais em mim. Mas é questão de ter a minha casa, meu espaço”, explicou.

De fato: a relação com a família é prioridade na vida de Giovanna. Durante nosso editorial, ela falou sobre a mãe algumas vezes – com direito a muitas fotos no celular, que ela mostrou para a equipe. “Minha mãe é linda”, orgulhou-se. E é mesmo. “Posto foto com ela e sai em todos os sites (risos). Toda vez que ela aparece comigo em algum evento tem matéria sobre ela. Ela é dentista e em São João todo mundo a conhece. Então, o povo de lá comenta. Ela gosta, fica animada”, contou.

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O lado artístico de Giovanna, aliás, é de família. “Quando eu era mais nova, eu aprontava. Minha avó é advogada, mas tem uma veia artística muito forte. Ela pinta quadros, borda, faz sabonete, tem uma fábrica de bijuterias. Ela me influenciou muito, eu vivia pintando, e também fazia uns produtos para vender na escola. Além disso, ainda tinha o teatro. Sempre participava de tudo, desde pequena, e foi a minha avó que percebeu que eu tinha vocação para a profissão e falou para minha mãe, que me matriculou nas aulas de teatro. Depois que eu descobri o que era, não quis mais parar. E isso aos 10 anos”, afirmou. Por isso, não é exagero quando ela diz: “Eu sempre soube minha profissão, sempre quis ser atriz”. Apesar disso, ela investiu em um “plano B” – como muitos dos artistas fazem. “Eu ia fazer publicidade que, querendo ou não, tem um pouco a ver com a visão artística, até para as campanhas também. Imagino que seja uma visão de diretor. Não sei, não comecei a fazer, porque graças a Deus as coisas deram certo e nem precisei”, explicou.

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Mas ela chegou a cursar as sala de aula de uma faculdade. “Passei para publicidade mas fui fazer cinema, porque era ao lado da minha casa e a ESPM, de publicidade, era no Centro. Gravando não dava para conciliar. Fiquei um semestre na faculdade, mas entrei em outra novela e o ritmo era alucinante, então ou eu me dedicava a um ou outro”, lembrou ela, que, apesar disso, nunca parou de estudar. “Faço muitos cursos. Esse ano fiz um de Shakespeare da Globo em uma turma maravilhosa. Era eu, Cássia Kiss, Osmar Prado, Patrícia Pillar, Juliano Cazarré… foi incrível. Eu entrei na turma de monstros da atuação. Não foi uma faculdade, mas era como se fosse. E eu faço muitos workshops, já fiz umas dez vezes o do Sergio Penna, o do Eduardo Milewicz, Teatro do Soleil. Nunca paro de estudar teatro”, garantiu.

Ainda assim, mesmo tendo sido seu primeiro contato com a atuação, o palco ainda é um local onde Giovanna não teve muitas oportunidades. “Acabou que a última coisa que eu faço é teatro, infelizmente. Não sobra muito tempo. Até fiz uma peça, ‘Pequeno dicionário amoroso’, em que eu dividia o palco com Eri Johnson, entre ‘Gabriela’ e ‘Alto astral’. A direção era do Jorginho (Jorge Fernando). Foi ali que ele me conheceu e me convocou para a novela. Quando eu fazia teatro cheguei a encenar peças, mas era só para o povo de lá, não era bilheteria, então considero essa minha estreia nos palcos. Era uma comédia, muito divertida, gostosa de fazer. Foi ótimo para ter essa aproximação, falávamos com o público e isso tirou meu tabu e insegurança de palco. Penso muito em voltar para o teatro”, declarou.

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Mas os planos não são para agora, já que ela está no elenco de “Sol nascente”. “É a próxima das 18h, escrita por Walter Negrão, Suzana Pires e Julio Fischer. Faço parte do núcleo italiano e eu sou realmente descendente de italiano, da Sicília, mesmo lugar da novela. Minha personagem é a Milena, uma adolescente que vai passar por uma transformação ao longo da novela, de menina para mulher. É uma menina que foi criada pelos avós, pais e irmãos, então não teve muito uma presença feminina, de mãe, por isso é meio travada, vai ter todo esse processo dela descobrindo a feminilidade. Meu núcleo é composto por Francisco Cuoco e Aracy Balabanian, meu pai é o Marcello Novaes, que era meu tio em ‘A regra do jogo’, minha mãe é a Claudia Ohana e meus irmãos são o Bruno Gagliasso e o João Côrtes (aliás, já leu nossa matéria com ele aqui?). Estou superbem acompanhada”, elogiou.

Aliás, Giovanna tem sorte em seus núcleos. Nossa sessão de fotos coincidiu com o dia do aniversário de Felipe Roque, que foi seu irmão na ficção, e ela abriu uma mensagem de áudio carinhosa de Alexandra Richter – que interpretava a mãe dos dois – em um grupo conjunto de Whatsapp. “Minhas famílias são sempre incríveis. Em ‘A regra do jogo’ ficamos muito unidos. Em ‘Alto astral’ também fiz uma turma muito legal. Era todo mundo jovem e ficamos muito amigos, eu, Gabriel Godoy, Sabrina Petraglia, Alejandro Claveaux, Conrado Caputo… além disso tinha a Elizabeth Savalla e o Leopoldo Pacheco, que eram os pais. Também temos o grupo até hoje”, revelou.

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Olhando para trás, Giovanna sabe que é privilegiada, mas nem tudo foi fácil para chegar à posição que tem. “Eu fazia teatro em São Paulo, fiz um teste para ‘Malhação’ e fui até a última fase, mas não passei. Lembro que o Rodrigo Simas também não passou, ai eu entrei na próxima temporada, ele na seguinte, e somos amigos até hoje. Eu estava muito ansiosa e, quando vi que não passei, fiquei meio conformada, porque o meu foco era mais teatro do que televisão, mas quando surgiu o convite fiquei empolgada. Aí não rolou, eu me conformei tipo ‘vou voltar para o meu teatro’ e tal. Um mês depois me ligaram falando que pegaram meu teste de ‘Malhação’ e mandaram para o André Reis, produtor de elenco da novela das 21h e, pelo teste, eu já estava na final”, lembrou. Foi quando surgiu a Cecília, de “Insensato Coração”. “Fiz, mas nem liguei, não criei expectativas. Fui viajar sem esperar nada e eu lembro que estava na Disney e minha mãe me ligou, na época eram aqueles telefones de rádio, e me falou que eu tinha passado. Aí eu ‘ah, ok, quando é a próxima fase?’, e ela: ‘não tem mais. Você está na novela’. Eu estava no parque do Harry Potter, lembro que chorava. O engraçado é que, esses dias, uma menina comentou em uma rede social minha que estava atrás de mim e ouviu minha mãe me dando a notícia de que eu estava na minha primeira novela. Loucura, né?”, disse.

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Cecília fez com que Giovanna conquistasse milhares de fãs Brasil afora. “Mas quando acabou fiquei angustiada, do tipo ‘e agora?’”, lembrou. “Aí, um ano depois, veio a Lindinalva, de ‘Gabriela’, que foi um divisor de águas na minha vida”, disse. Em “Gabriela”, ela provou que chegou para ficar. “O primeiro papel é aquilo de estarem te conhecendo, pode ser uma atriz de um papel só. O segundo é meio que a prova do que temos a mostrar. Eu agarrei a Lindinalva com todas as minhas forças e era uma personagem muito incrível, tinha muitos elementos para brincar. Ela era dramática, sofrida, era uma época diferente, o figurino, tudo ajudou a embarcar na história. Minha vontade é de voltar no tempo e gravar de novo, porque eu amava demais fazer”, confessou. Foi nesse trabalho, aliás, que Giovanna encarou suas primeiras cenas ousadas. “Antes da primeira, eu fiquei bem nervosa. Depois, quando vi o cuidado que era, foi tranquilo. E no meu caso não tive cena de nudez que envolvesse amor, eram todas ruins para ela, fazendo programa, sendo estuprada. Meu nervosismo como atriz passava para a cena e encaixava no personagem. Talvez se fosse amor, nudez, sexy, teria sido mais difícil”, arriscou.

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Entre seu primeiro papel na televisão e Lindinalva, ela se arriscou em outros testes. “Não passar é uma sensação ruim, claro, porque a gente dá o nosso melhor. Quando eu leio o personagem já me imagino fazendo, mas acredito muito que cada papel é para uma pessoa certa. Tem tanta gente que passa no teste, assina contrato, chega até a gravar e depois tem algum problema e precisa ser trocado. Isso tudo é muito instável. Antes de uma novela ir ao ar, muita gente entra e sai dela. Então, eu aprendi a acalmar meu coração. Quando não passo, eu fico triste, mas não era para ser. E geralmente sempre aparece outra coisa melhor”, disse ela, que tem dicas para quem está começando nesse meio. “Primeiro de tudo tem que ter muita certeza do que quer, que não é afobação, é amor pela arte. O resto vem como consequência. Segundo é saber que é uma profissão instável, difícil. Tenho tantos amigos excelentes atores que fazem curso, fazem teste e não rola. Então é ter paciência. Por mais experiente que a pessoa seja, nunca tem algo certo, garantido. Ainda mais o início, que é muito complicado. Se a pessoa tem certeza que quer isso, que nada mais vai satisfazer, não pode desistir”, ensinou.

E os exemplos são claros: “Tem tanta gente que leva ‘não’ dez anos, tantos atores maravilhosos apareceram na televisão depois dos 50. O próprio (Juliano) Cazarré, que já era do teatro e cinema, mas só fez sucesso na televisão depois. O Domingos Montagner, que era do circo, só foi aparecer na TV mais velho e é um grande ator. Se isso realmente é o que a pessoa quer, não pode desistir nem achar que a TV é o único meio para ser ator e ser feliz atuando. Existem mil outros e a pessoa também pode ter a iniciativa de fazer seu próprio projeto”, disse ela, que já tem o seu na cabeça.

“É uma peça que eu quero muito fazer, que é um livro que já foi adaptado pelo Juca de Oliveira e nunca mais foi feito. Eu li – não vou nem falar o nome apra não pegarem minha ideia (risos) – e me apaixonei pela história. Tenho muita vontade de transformar em teatro, até cheguei a conversar isso com o Mauro Mendonça Filho, que era meu diretor em ‘Gabriela’, pensei alguns nome, mas na época todos os artistas estavam ocupados e a história morreu. Mas assim que eu tiver um tempo vou ressuscitar. É um desafio produzir, tomar as rédeas”, explicou.

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Realmente, viver de arte no país não é fácil. “Para quem está na televisão é um pouco melhor, porque, querendo ou não, a exposição é grande, acaba que as empresas querem vincular sua imagem, então ganhamos com isso também. Mas realmente está difícil para todo mundo. Na Globo, os contratos são por obra, então tem muita gente. É um momento delicado no nosso país, se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”, analisou. Falando nisso, qual a opinião de Giovanna sobre tudo isso? “Prefiro não opinar sobre política. Sei que algo tem que ser feito. Não sei se impeachment é a solução mais cabível, mas, pelo menos, é um passo que o país está dando para uma mudança. São anos aí com o mesmo poder”, opinou.

Além da televisão, Giovanna também poderá ser vista no cinema. É que ela acabou de rodar “Festa da firma”, ao lado de Marcos Veras e grande elenco. “É humor e eu faço uma estagiária maluquete, sem noção. É a primeira vez que vou usar mais meu sotaque caipira. O nome da personagem é Priscila”, adiantou. De fato, quem conversa com Giovanna pode ter dificuldade de acreditar que é a mesma menina das telas. É que o sotaque do interior é forte, com direito a erres puxados. “Meu sotaque é assim mesmo. Não sei como tiro nas personagens, mas consigo. Foram poucas as vezes que tive que voltar a gravação por conta disso, porque eu já decoro o texto com o sotaque que precisa”, entregou. Se esse não é seu desafio em “Festa da firma”, trabalhar com humor ainda é um terreno pouco conhecido. “Meus amigos me acham engraçada, mas não sei se consigo passar isso. Não sei se seria uma humorista, mas gosto demais e estou me arriscando a fazer. A personagem é cômica, vamos ver no que vai dar”, disse.

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Esse não é seu primeiro trabalho nas telonas. Antes, ela já estrelou “Entre abelhas” ao lado de Fábio Porchat, Letícia Lima, Irene Ravache, Marcos Veras e outros. “Eu gosto muito do cinema. É uma plataforma diferente, porque já sabemos começo, meio e fim do personagem e, por mais que tenham mudanças, são poucas. Na televisão, na novela, a gente nunca pode fechar portas, ser tão incisiva, a não ser que seja um personagem muito característico. Fora isso, sempre temos que deixar dúvida, porque, se mais para frente, algo mudar, a gente não sai de louco. O personagem é humano, pode mudar de opinião. Esse é o grande desafio: pensar em uma forma de dizer aquilo sem fechar portas para o personagem. O cinema é mais obra fechada, assim como o teatro, mas a cada sessão de teatro descobrimos tiradas novas, graças em pontos que não tinha achado antes. Cada plateia responde de uma forma, então a gente vai mudando entonações. A peça, por mais que seja o mesmo personagem e texto, sempre tem algo diferente”, analisou.

Depois de ter dado vida a tantos tipos diferentes, qual personagem Giovanna ainda sonha em fazer? “Nossa, tem muitos. Eu já fiz época, mas era 1920, tenho vontade de algo ainda mais antigo, tipo ‘Liberdade, liberdade’ (novela das 23h que está no ar). Em ‘Gabriela’ o figurino não era totalmente de época, daquelas roupas de princesa, como ‘Cordel encantado’, por exemplo. Vilã eu também já fiz, mas era uma jovem. A Bélgica (de “Alto astral”) não fazia maldades arquitetadas, ela era sem noção e ia fazendo as maluquices dela. Tenho vontade de fazer uma pessoa ruim mesmo”, entregou ela, que vai além. “Sempre que eu vejo um filme bom penso que adoraria fazer. Quero papéis que me tirem da minha zona de conforto, aqueles que quando a gente vê nem reconhece o ator. Eu mudaria qualquer coisa se acreditasse no personagem”, garantiu.

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Mesmo engordar não seria um problema. “Eu emagreço, engordo, emagreço, engordo. Não sou disciplinada, mas malho”, disse, modesta, em um corpo perfeito. “Faço muay thai que já ajuda bastante, e corro. Tinha época que eu corria dez quilômetros por dia e quebrei os dois pés, primeiro foi um e, quando consertou, foi o outro. Fiquei seis meses sem correr e já não consigo mais fazer dez quilômetros como antes, mas é prática. Eu não gostava e hoje é uma terapia, corro pensando na vida. Mas não gosto de esteira, faço ao ar livre no meu condomínio”, disse. Já dietas não são seu forte: “Faço naquelas. Esse final de semana fui a um lanchonete fast food e comi tanto! Pedi batata, nugget, hambúrguer”, listou, aos risos, tipo “gente como a gente”.

Assim é Giovanna. Uma jovem alegre, apaixonada, sorridente e fácil de conversar. Nós havíamos dito.

Créditos:
Foto: Daniel Benassi
Styling: Anderson Vescah
Produção de moda: Herik Birkheuer
Beleza: Cleide Araújo

Agradecimentos:
Hoteis Othon
Ju Mattoni Comunicação

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