Gabriel Godoy comenta trio com Camila Queiroz e Jesuíta Barbosa em Verão 90: “Generosidade incrível”


Ele estará ainda como protagonista da série “Homens”, ao lado de Fábio Porchat. “Foi difícil de fazer, porque gravamos muitas cenas escrotas”, assumiu o ator

O multifacetado Gabriel Godoy marca sua volta às telinhas com o personagem Galdino. O golpista, que aprontará todas na nova novela das 7, forma o trio de vilões de “Verão 90″, ao lado de Vanessa e Jerônimo, interpretados respectivamente por Camila Queiroz e Jesuíta Barbosa. Entre uma gravação e outra, Gabriel conversou com o site HT sobre a experiência na TV, a parceria com comediantes como Tatá Werneck e Fábio Porchat e os seus tantos projetos para 2019.

Aos 35 anos, o ator, que já se aventurou no teatro, cinema e até na internet, retoma às aparições na telinha, dando vida ao pilantra Galdino, em Verão 90. Para Gabriel, que já interpretou o mal caráter Leozinho, de “Haja Coração“, a vivência de Galdino é uma novidade em sua carreira. “Esse personagem tem um lado mais vilão, mas é muito divertido. Ao mesmo tempo que ele apronta, se atrapalha. Ele forma um trio, junto de Camila Queiroz e o Jesuíta Barbosa, que vai dar muita dor de cabeça. No começo, quando eu recebi o convite e vi que era um golpista, pensei ‘poxa, mas eu acabei de fazer um golpista’. Depois, eu vi que ele é completamente diferente do que eu já fiz”, revelou.

A parceria com Camila e Jesuíta Barbosa em cena, além de construir um ar mais leve entre os vilões, vem acrescentando ao trabalho de Gabriel, que elogiou os colegas: “Eles são de uma generosidade incrível. Nós nos demos muito bem e temos uma parceria de construir junto. Tenho tido muito prazer em ir gravar, sabe? Na verdade, o elenco como um todo é assim. Eu estou gostando muito do ar que a novela está trazendo. Espero que todos sintam o mesmo que eu”. E prosseguiu comentando em tom bem-humorado a rotina de gravações com os colegas: “Eu não tenho um núcleo e brinco dizendo que sou um solitário nessa novela. Fico vendo os stories dos meus amigos de elenco e o camarim está sempre lotado. Quando eu gravo, só tem eu, porque eu trabalho a maior parte do tempo apenas com o Jesuíta e a Camila”.

Caracterizado como o Galdino, pilantra de Verão 90, que formará o trio de vilões com Camila Queiroz e Jesuíta Barbosa (Foto: Divulgação)

Além desse trio, que promete gerar raiva e ao mesmo tempo tirar gargalhadas do público, Gabriel vem construindo, ao longo de sua carreira, muitas outras parcerias incríveis. “Eu quase zerei os comediantes geniais da nova geração. Já trabalhei com a Tatá [Werneck], o Fábio [Porchat] e o Paulo Gustavo, falta só o [Marcelo] Adnet”, comentou, sobre os respectivos trabalhos em “Haja Coração”, “Homens” e “Além da Ilha”. Muito orgulhoso das amizades que vem formando com esses e outros profissionais, o ator admitiu que se inspira nos próprios colegas. Para ele, o trabalho realizado por nomes como Fábio Porchat representa um diferencial no mercado e na vida: “Na produção de ‘Homens’, eu pude observar mais o Porchat e presenciar a inquietude dele, aquela mente pensante e criativa. Dá vontade de produzir e de melhorar cada dia mais. Ele me inspira muito mesmo”. E continuou dando mais detalhes sobre a atração que está prevista para estrear em março na TV fechada: “É uma série muito provocadora porque somos quatro protagonistas machistas. Queremos mostrar que não dá mais para repetir esses comportamentos e foi difícil de fazer, porque gravamos muitas cenas escrotas. Ao mesmo tempo, como é uma comédia, acho que o pessoal vai gostar”.

Raphael Logam, Fábio Porchat, Gabriel Godoy e Gabriel Louchard são os protagonistas da série “Homens”, prevista para março (Foto: Divulgação)

Para complementar a agenda corrida, Gabriel estreará ainda em 2019 nos filmes “Maior que o mundo” e “Incompatível”. Assim, passando pela história de um cinquentão com bloqueio criativo em uma produção e pelos relacionamentos modernos na outra, o ator é um dos defensores da arte enquanto provocadora de reflexões sobre a vida. “Sem dúvida alguma a arte está aqui com o papel de propor debates sobre os mais variados assuntos. Nesse contexto, a comédia tem uma possibilidade ainda maior de tocar em feridas e assuntos que precisamos refletir, tanto de uma forma mais subliminar quanto de uma forma mais direta. Eu fico feliz de ver a comédia nesses tempos sombrios disposta a não regredir, sabe?”, afirmou ele, parabenizando em seguida os colegas que formam o elenco de Tá no Ar, da Rede Globo.

Assim, com cada vez mais papeis nos diversos formatos que a atuação proporciona, Gabriel vem construindo sua carreira muito consciente dos pontos que ainda precisam melhorar nesse meio. “Existe ainda uma coisa de sempre chamar os mesmos atores, né? O Brasil é um lugar que tem tantos talentos de norte a sul e de leste a oeste. É impressionante ver a quantidade de pessoas talentosas que acabam não tendo oportunidade. É uma dificuldade tanto política quanto da própria engrenagem artística. É preciso arriscarmos e apostarmos em rostos novos, ao invés de continuarmos na mesma panelinha”, pontuou. Para ele, modificar esse cenário é responsabilidade dos atores que já conseguiram se estabelecer: “Sei que eu, enquanto ator já inserido no meio, estarei em panelas em algum momento e já estou em algumas. Só que a minha função é apontar para isso e fazer um alerta. Não podemos desperdiçar talentos. Precisamos ter sempre uma bandeira para estimular que não tenhamos medo em apostar no que é novo”.