*Por Brunna Condini
Fernanda Rodrigues celebra a nova personagem em ‘Fuzuê‘, nova novela das sete da Globo. Alícia, filha de Nero (Edson Celulari), dono da loja de mesmo nome e coração da trama, sonha ser it girl e deixar o passado popular para trás. Ela também é casada com Cláudio (Douglas Silva), com quem tem a filha Valentina (Maria Flor Samarão), considerada a pessoa mais madura da família. A personagem é bem diferente de Fernanda, que é mãe cuidadosa de Luisa, 13, e Bento, 6, do casamento de 14 anos com o diretor Raoni Carneiro. “Nasci para isso, sempre sonhei ser mãe e viver isso intensamente”. E externa o desejo de dar continuidade à uma produção voltada para este tema – ela já tem um blog sobre maternidade, o ‘Cheguei ao Mundo’, desde o nascimento da filha Luísa, que deu origem ao seu primeiro livro, ‘
. “Vou escrever um outro livro, falando dessa nova etapa da maternidade. Porque ser mãe são muitas fases. Agora é outra maternidade. Neste período, com eles crescendo, uma adolescente, por exemplo, existe um maior desgaste mental, porque exige muita paciência, conversa, escuta aberta, resiliência. Essa maternidade afetuosa e atenta também é cansativa. Quero falar sobre isso”, revela a atriz, que também apresentou o programa ‘Fazendo a Festa‘ para o mesmo público, no GNT.A maternidade me chamou, na profissão também – Fernanda Rodrigues
Fernanda também exalta a filha de Douglas Silva, Maria Flor, que estreia na TV com a mesma idade que ela, aos 11 anos. “Maria está começando cedo como eu, mas é bem mais segura que eu era na minha época. Comecei em ‘Vamp’ (‘1991) e levava a sério o trabalho, mas vivia muito mais a diversão. Maria Flor é muito madura, é impressionante. É segura em cena, lindo de ver. Fico emocionada contracenando com ela. É uma atriz pronta, muito linda”.
E comenta a ‘vocação’ para as artes já identificada na primogênita, Luisa. “Ela já teve fases que falava mais de querer ser atriz. Agora já tem outros focos. Outro dia mesmo disse que está pensando em trabalhar na ONU, olha só (risos). Gente, essas crianças são muito maduras. Então, estou deixando ela no tempinho dela. Mas vejo sim, que tem essa veia artística. Não só ligada a mim que sou atriz, mas também ao pai, que é diretor. Vamos ver. Se ela demonstrar essa vontade real daqui para frente, vamos ajudar, orientar. São profissões como outras, precisam de dedicação, estudo”, observa Fernanda. “Já Bento, é menor ainda para pensar nisso, de profissão. Tudo tem seu tempo, né?”.
Vou escrever um outro livro, falando dessa nova etapa da maternidade. Porque ser mãe são muitas fases – Fernanda Rodrigues
De aparências: só na ficção
No folhetim que estreia 14 de agosto, Alícia é irmã de Miguel (Nicolas Prattes) e Francisco (Michel Joelsas). Trabalha na Fuzuê como a garota-propaganda da loja e é a atual ‘Rainha’ do estabelecimento, mas sonha se tornar uma influenciadora pop. “Ela tem os sonhos dela e é um pouco sem noção, vive pensando nas aparências, é deslumbrada, quer ser famosa. Mas é muito divertida”, define.
Ao falar da nova personagem, Fernanda faz um contraponto, pensando na própria vida. “Já eu, não sou uma pessoa que foco tanto no material, que se deslumbra com as coisas. Trabalho desde pequena e minha mãe sempre guardou, preservou o dinheiro que eu ganhava. Isso foi muito importante, porque quando fiz 18 anos comecei a desejar ter minhas coisas e ela tinha feito essa espécie de poupança. Mas cresci com os pés no hão neste sentido. Hoje posso dizer que vivo bem, guardo minha graninha. Não posso dizer que fiz ela render, fiquei rica e tal, mas está tudo bem. Minha vida é boa, estou satisfeita”.
Uma nova história
A atriz e apresentadora comenta o que tem mudado na rotina da família com o cotidiano de gravações intensas, coisa que não estava mais acostuma há cinco anos, quando fez seu último folhetim, ‘O Outro lado do Paraíso’. “Agora está um verdadeiro fuzuê (risos). Trabalhei nestes anos que estive longe da TV. Fiz programa, filme, mas era uma agenda mais calma, previsível. Agora está tudo diferente e eles também estão se adaptando. Mas estão felizes porque vão poder ver a mamãe em uma novela. Estão animados que o horário permite e estão em uma idade hoje que já permite que entendam o meu trabalho, acompanhem”, diz ela, que destaca sobre os trabalhos anteriores: “A maior parte das minhas novelas foi no horário das sete. Fiz do Silvio de Abreu, Jorge Fernando (1955-2019), Miguel Falabella, e essa novela tem inspiração dessas outras tramas. É divertida, com personagens para cima. É um resgate, uma homenagem”. Inclusive, no lançamento da novela, o autor Gustavo Reiz e o diretor Fabricio Mamberti fizeram, literalmente, uma homenagem a Jorge Fernando e ao gênero, colocando uma foto do diretor no telão.
Não sou uma pessoa que foco tanto no material, que se deslumbra com as coisas – Fernanda Rodrigues
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