Manter um programa há 30 anos liderando a audiência na TV aberta é uma tarefa para poucos. Em uma era de novas mídias e atualizações em tempo real, a inovação e o inusitado são cada vez mais essenciais para garantir o sucesso. E disto o apresentador Fausto Silva sabe muito bem. Há três décadas à frente do Domingão do Faustão, ele consolidou um dos produtos mais tradicionais das telinhas da Globo. “O desafio da TV aberta é continuar crescendo, algo que é uma realidade nos Estados Unidos. Cada vez mais, as emissoras de lá estão elevando o seu público com ótimos conteúdos ao vivo, seja esporte, programa popular ou jornalismo. Temos que agir mais. Todo mundo acha que não vai dar certo e acaba deixando de lado. Qualquer que seja a profissão, se você não tiver criatividade e ousadia não irá a lugar nenhum”, comentou o especialista. Em papo com o site HT, Fausto Silva falou sobre as novidades para 2019, aposentadoria e seus possíveis sucessores.
Mas é claro que de audiência Faustão sabe muito, afinal, não é fácil continuar atuando por tantos anos na televisão brasileira. De acordo com ele, o segredo do sucesso é bem simples: coerência. “A credibilidade só é encontrada se seguirmos por um caminho daquilo que acreditamos. Muita gente deseja se manter líder a qualquer custo, mas o resultado disto é passageiro. Enjoa depois de um tempo. Além disso, o anunciante dificilmente irá se relacionar com um programa que não possui um nível bacana. Claro que, às vezes, temos algumas derrapadas, afinal, ninguém é perfeito. No entanto, é importante ter consciência dos nossos atos. Fora isso, temos que nos manter insatisfeitos. A renovação deve ser constante”, sugeriu o comunicador. Apesar do saldo positivo, o apresentador garantiu nem acreditar que se mantém há tantos anos no ar.
Mesmo sendo líder de audiência, Fausto Silva não espera se manter por mais tanto tempo. “Vamos ver se conseguimos mais dois ou três anos de programa. Quero esticar um pouco mais para poder pagar as contas e não perder o pique”, brincou. Apesar da humildade, aposentadoria não é algo que o comunicador cogita. “Não quero e nem posso. Com filho pequeno em casa, me aposentar se torna algo cada vez mais distante. Tenho uma pilha de carnê para pagar. Preciso correr muito”, garantiu. Mesmo não pensando muito sobre o assunto, o apresentador garantiu já visualizar muitas pessoas que poderiam substituí-lo na TV aberta. “Tem muita gente por aí. Não sei se os meus filhos, por exemplo, gostariam, mas quero deixar este poder de escolha com eles”, comentou.
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