*Por Brunna Condini
Nesta terça-feira (10) Fátima Bernardes conversou sobre seu novo programa, ‘Assim Como a Gente’, que marca sua estreia no GNT. Na atração que estreia nesta sexta-feira (13), a cada episódio a apresentadora recebe dois convidados que possuem algum desafio em comum e irão compartilhar relatos, em um formato que permite que dividam dores, erros, acertos e recomeços. A atração também dá voz à plateia, proporcionando uma conexão geral no formato. “A ideia é que todo mundo tenha uma horinha ali nas sextas-feiras para ouvir, conversar. Quem sabe, ouvindo o outro, a gente perceba mais semelhanças do que diferenças. Aconteceu de tudo nas gravações, choro, emoção, risadas, inclusive da minha parte”.
Em 10 episódios, Fátima recebe Ludmilla e Lulu Santos. Entre os convidados da atração, também estão Cauã Reymond, Dira Paes, Fábio Assunção, Felipe Camargo, Ivete Sangalo, Jojo Todynho, Karol Conka, Kondzilla, Leandra Leal, Maria Rita, Paolla Oliveira, Samuel de Assis, Serginho Groismann, Taís Araújo, Tatá Werneck e Vera Fischer, e dá um spoiler: “Também participo do programa como entrevistada, estou ao lado da Ivete (Sangalo), só não posso contar qual é o tema. É o último episódio e a plateia é a entrevistadora. Nós também nos entrevistamos. O público vai poder me ver de uma forma que ainda não viu e vai entender porque nós duas estamos juntas ali, que tema nos uniu. São temas mais relacionados à nossa realidade”, anuncia.
Aprendi a ouvir verdadeiramente o outro. Olhando mesmo, querendo receber o que ele está dizendo e isso faz toda diferença – Fátima Bernardes
Trazendo um lado mais pessoal dos convidados, a jornalista diz que as conversas baseadas em muita verdade e isso a emociona. “É um momento em que essas figuras públicas estão despidas daquela imagem que conhecemos, do lado profissional bem-sucedido, falando de ser humano para ser humano. isso pode criar uma outra conexão. Por mais que esses artistas tenham sucesso por seus trabalhos, acho que vão poder despertar nas pessoas outros sentimentos, se abrindo de um outro jeito e isso é bem interessante. É bem como o nome do programa, eles podem reagir a questões ‘assim como a gente’, como o espectador que está em casa. O principal na dinâmica do programa não são os temas propostos, mas sim como aquelas pessoas reagem às situações”, observa.
“Existe uma idealização e uma idolatria em relação aos famosos no Brasil. E acho que tem uma minoria que pensa que os perrengues deles seriam os ‘perrengues chiques’, e não reais. Mas acho que esse programa consegue fazer uma conexão para um outro olhar, porque falamos das questões humanas comuns. Entrevistamos a pessoa, não o artista. posso dizer, que senti a plateia já muito conectada, senti a energia. Espero que seja uma amostra feliz do que vamos conseguir conectar as pessoas em casa”, conclui Fátima.
Aconteceu de tudo nas gravações, choro, emoção, risadas, inclusive da minha parte – Fátima Bernardes
Depois de 10 anos à frente do ‘Encontro’, com passagem pelo ‘The Voice Brasil’, ambos na Globo, ela comenta o novo desafio no programa idealizado pelo diretor Carlos Jardim. “É a primeira vez com um programa totalmente gravado. Não tive dificuldades, as vezes era um pouco enlouquecedor quando gravamos dois episódios em um dia. Difícil mesmo, só quando não conseguíamos encaixar a agenda do convidado, como com a Sandy, que estava muito a fim de participar, mas não conseguiu”. E adiciona: “Tenho mudado bastante, inclusive dentro do próprio jornalismo, o que dá uma habilidade de me enquadrar rapidamente em um novo formato. Este programa, em um aspecto acaba sendo mais fácil, porque tenho mais tempo para ouvir as pessoas. Gravamos como se fosse ao vivo, com a tranquilidade de ter material para edição. Conseguimos fazer isso sem muita gordura. Pessoalmente, a minha dificuldade está em segurar a ansiedade para ver o produto final no ar”.
Com quase quatro décadas de carreira, Fátima elabora os aprendizados principais até aqui. “Primeiro aprendi a ouvir verdadeiramente o outro. Olhando mesmo, querendo receber o que ele está dizendo e isso faz toda diferença. Passa a ser mais transformador. Muito mais do que a pessoa ir respondendo e eu estar preocupada com o que vou perguntar. O que aprendi na prática de entrevistas, vou carregando na minha ‘mochilinha’ há 37 anos. E uso isso de formas diferentes, de acordo com a atração. No formato desta, o meu posicionamento pode estar presente, diferente de uma entrevista jornalística, onde mantenho aquela utopia de estar o mais distante possível. Então avaliar o timing dessas intervenções também é um aprendizado”.
E avisa: “Prestem a atenção no fim de cada episódio, porque os convidados vão falar um sobre o outro, dizendo o que acharam após a conversa que tiveram. As pessoas estão se abrindo. E a forma como estamos começamos o programa está bem interessante também”.
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