Programado para estrear nos cinemas no dia 25 de dezembro, “Êxodo – Deuses e Reis”(Exodus: Gods and Kings, 20th Century Fox e outros, 2014) é a versão de Ridley Scott para o épico bíblico sobre a fuga dos hebreus do Egito, cuja versão master da Sétima Arte até agora ainda é a de quase 60 anos atrás, encabeçada pelo Spielberg da Era de Ouro, Cecil B. DeMille (The Ten Commandments, Paramount Pictures, 1956). Agora, o diretor, que volta e meia flerta com o gênero (Gladiador, Cruzada, Robin Hood), parece querer aproveitar a atual onde das grandes produções históricas que anda tomando conta de Hollywood, repaginando mitologias sob a ótica do hiperrealismo estilizado que somente a tecnologia digital atual consegue imprimir na cinematografia dos grandes estúdios, transformando tudo em puro espetáculo.
No papel de Moisés, Christian Bale assume a túnica que já pertenceu a Charlton Heston quando esse era o primeiro nome pensado pelos tycoons da indústria na hora de escolher quem salvaria o mundo. Mas, como Scott adora um protagonista mais para pitboy do que para um complacente servo de Deus, é de se esperar que o astro escalado para o profeta siga uma caminho mais belicoso do que aquele visto nas produções religiosas de costume, e basta conferir a armadura das fotos e trailer para ver que esse Moisés é chegado a um ultimate combat e tem um certo quê de outro mito que consagrou o ator nos últimos anos: Batman.
No personagem que consolidou de vez a carreira de Yul Brynner, imediatamente após ter ganho o Oscar de ‘Melhor Ator’ por “O Rei eu Eu” (The King and I, de Walter Lang, 20th Century Fox, 1956) – o do faraó Ramsés – está Joel Edgerton. Completam o topo do elenco Sir Ben Kingsley (Nun), Sigourney Weaver (Tuya) e John Turturro (Seti), além de Indira Varma, a Níobe da série “Roma” (Rome, HBO, 2006-2007) e que atualmente interpreta Ellaria Sand em “Game of Thrones”.
Curiosamente, coube a uma atriz pouco conhecida o papel da terceira peça no triângulo amoroso entre os dois príncipes do Egito, a rainha Nefertari: a iraniana Golshifteh Farahani, que é estrela na terra dos aiatolás. Premiada, ela substitui Anne Baxter, que incorporou a mulher do faraó no clássico de DeMille.
Para Ridley Scott, “O desafio foi enorme, um trabalho que consumiu uma equipe de 700 pessoas e quatro mil figurantes. O processo de criação desse filme foi muito difícil”, comenta, sem dar muita bola para o fato de ser conhecido como um cineasta que costuma elaborar cuidadosamente o universo visual de cada história filmada, desde seus primeiros longas, “Os Duelistas” (1977) e “Alien, o oitavo passageiro” (1979). Resta agora esperar o gigantismo das cenas das 10 pragas do Egito e do exôdo através do Mar Vermelho. O diretor de arte Arthur Max e a equipe de efeitos especiais e visual de quase 150 pessoas – número de proporção épica – deve estar lambendo os beiços de prazer.
Makin’ of (Divulgação)
Confira abaixo o trailer!
Trailer Oficial (Divulgação)
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