Yanna Lavigne comenta papel em “Ligações Perigosas”, fala sobre primeiro trabalho de época e a desconstrução para viver Júlia

Dona de uma beleza exótica, Yanna Lavigne já trabalhou usando a característica a seu favor: chegou a ser Miss no Japão, em 2006. Atualmente, cerca de dez anos depois da coroação, aparece desconstruída na pele de uma personagem em rede nacional. Em “Ligações Perigosas”, Yanna vive Júlia, uma empregada humilde e sem vaidade. O site HT conversou com a atriz antes da primeira cena de sua personagem ir ao ar na noite dessa terça-feira, 5, e ela garantiu: não teme aparecer sem maquiagem nas telas. “Se a vaidade existe, ela fica com o ator, não com o personagem. Não tenho esse problema, quando mergulho em algum trabalho é de cabeça, tudo em prol da trama”, declarou ela, que, no auge de seus 26 anos, gosta da sensação de olhar para trás e ver que, desde 2012 – em sua primeira novela, já teve oportunidade de viver tantas histórias.

Yanna Lavigne vive sua primeira personagem de época em “Ligações Perigosas” (Foto: Ricardo Penna)

“A sensação é de dever cumprido. Acredito que a constância de trabalho seja resultado de muito esforço e dedicação que não canso de ter como base para a profissão que eu escolhi. Todos os personagens me ensinaram muito no campo pessoal e profissional, cada passagem vira uma marca e espero ser marcada por anos-luz”, disse. A dedicação a que se refere é muito séria: Yanna concilia os trabalhos na televisão com a faculdade de teatro. “Agora está trancada vai fazer um ano. Já conciliei a faculdade com uma novela e uma série e é a segunda vez que tenho que trancar. Chega um momento que tenho que optar, escolher estar presente 100% em uma só coisa, não doar de mim 50% em cada. Confesso que é sempre uma escolha difícil, porque amo a faculdade”, contou ela que, tirando o bacharelado, ainda não tem planos para os palcos. “Mas a vontade só aumenta”, garantiu.

A atriz não teme as cenas sensuais e garante: “É arte!” (Foto: Faya)

Em “Ligações Perigosas”, Yanna viverá outro grande desafio: aparecer em cenas bem sensuais (e sexuais) com Renato Góes. “O trabalho envolve muito bom gosto. É arte! Tenho certeza que a aceitação será positiva. As cenas foram tranquilas e com generosidade. Ficamos confiantes em fazê-las”, disse ela que, pela primeira vez, teve experiência em um trabalho de época. “Espero fazer muito mais. Interpretar nesse universo é bastante saboroso, já que demanda mais trabalho e muitas outras referências distantes da nossa realidade. Isso para um ator é parque de diversões”, declarou. A composição de sua Júlia, portanto, foi à base de muita desconstrução. “Desde a minha maneira de falar, andar à me portar. Tive que desconstruir hábitos modernos como o gestual, por exemplo”, contou ela, que fez questão de ter contato com o clássico francês “As ligações perigosas”, de Choderlos de Laclos, que inspirou a minissérie da Globo. “Li o livro e existem variadas versões como filme também. Ter contato com cada uma delas só acrescentou a composição”, disse.

Dar vida a uma empregada também foi desafiador para a atriz. “O trabalho é minucioso, o perigo da caricatura existe, mas o elenco está tão entrosado que eliminamos essa possibilidade”, analisou Yanna, destacando a honra de trabalhar ao lado de nomes como Marjorie Estiano e Selton Mello. “Para mim, trabalhar com grandes talentos está sendo uma escola de primeira classe. Fico no set observando, absorvendo cada detalhe para minha bagagem. É um grande presente”, declarou.

Com o horário das 23h alavancado pelo sucesso de “Verdades secretas”, Yanna não teme a expectativa de manter a audiência. “Em qualquer trabalho, a expectativa é sempre grande. Tenho certeza que será um sucesso”, afirmou. Serena e querida pelo público, a atriz não se incomoda nem quando vê seu nome envolvido em fofocas. “Para mim é natural, essa curiosidade é consequência e fruto do meu trabalho, logo eu vejo tudo isso de forma positiva”, garantiu. Fora isso, olhar para trás e ver a trajetória desde o início até hoje é motivo de muita alegria. “O balanço pessoal é a grande realização! De ter batalhado e ver que valeu a pena cada esforço, cada experiência, boa ou ruim – como em toda trajetória”, disse. A gente só torce por mais sucesso para Yanna!