Na reta final das gravações de “Liberdade, liberdade”, Sheron Menezzes arranjou um tempo na agenda para um programa mais do que especial: prestigiar a irmã, Sol Menezzes, nos palcos com a peça “Os insones”, dirigida por Erika Mader. “Eu não conhecia o texto, eu amei. Fiquei extremamente orgulhosa da minha irmã muito feliz. Acho que foi uma estreia maravilhosa e eu quero que todo mundo assista”, elogiou ela, que não chegou a acompanhar o processo de Sol para dar vida à Chayene. “Eu estou gravando muito e ela começou outra peça, então ficou entre todos esses ensaios e deu uma misturada na vida (risos). Não a vejo tem uns dez dias, já, então estou louca para dar um abraço”, contou, enquanto esperava a caçula, de apenas 20 anos, chegar do camarim.
A atriz, que vive Bertoleza na trama global das 23hs ressaltou que gosta muito da oportunidade de interpretar personagens históricos. “Eu adoro fazer a novela, porque as pessoas assistem para aprender também. Claro que é um pouco ficcional, mas tem história de verdade. ‘Lado a lado’, que eu fiz também, era assim. São novelas que a gente aprende quando estuda para a personagem e o público quando assiste, então não tem como não ficar muito feliz”, disse.
E Bertoleza talvez seja uma das personagens mais complexas de sua carreira. Comprada e alforriada por Raposo (personagem de Dalton Vigh), foi criada junto com Joaquina (Andreia Horta) e André (Caio Blat) em Portugal e, ao chegar ao Brasil, conheceu a situação dos escravos de perto. Em cenas fortes, foi sequestrada por Gaspar (Romulo Estrela), um contrabandista de escravos, e torturada – com direito a ferro quente na pele.
“Como falar dela? A Bertoleza já passou por tanta coisa. Mas ela está em outro momento da novela, muito forte. Acho que ela se encontrou, achou seu lugar. Ela começou ali muito perdida, era uma personagem muito singular, que não se entendia com os negros e nem com os brancos por várias questões. Depois de tudo o que aconteceu com ela, acho que se encontrou. Entendeu pelo que a Joaquina batalha – que ela não compreendia bem. Acho que ela está nesse momento de entendimento mesmo”, explicou.
Se as cenas que já passaram foram intensas, as próximas também prometem grandes emoções. “A novela ainda vai dar algumas reviravoltas muito bacanas, ainda não sabemos todas, mas eu sei que vai estar bem forte”, adiantou ela, que já tem sua torcida. “Acho que a Bertoleza deve dicar com o Ventura (Vitor Thiré), porque eles tem essa coisa em comum: ela é discriminada por ser negra, ele por ser cego, e na minoria, nas diferenças, eles se encontraram. Então eu acho que devem ficar juntos, espero”, torceu ela, antes de “correr para casa” para assistir a cena de amor histórica entre André e Tolentino (Ricardo Pereira): “A novela é maravilhosa, é um sucesso realmente e vai acabar muito bem. O capítulo de hoje está espetacular, vou correr para assistir”, confessou. A gente também fez isso.
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