Selminha acorda cedo, pega ônibus lotado e trabalha o dia inteiro de segunda-feira a sexta-feira até que… herda R$ 300 milhões de um tio, mas, para usufruir desse dinheiro, precisa gastar R$ 30 milhões em um mês sem acumular nada para ela e sem contar para ninguém. Essa é a história de “Tô Ryca”, longa protagonizado por ninguém menos do que Samantha Schmütz, que apresentou o filme no Brazilian Film Festival of Miami. “Fiquei muito feliz porque a reação da plateia foi calorosa, barulhenta no melhor sentido. As pessoas se divertiram, se emocionaram, perceberam nossas críticas. Eu vi americanos, latinos, entendendo o humor brasileiro, isso é muito importante porque procuro fazer um humor universal e quando é engraçado é para todos. Me senti de missão cumprida ao fazer um humor que não só o brasileiro entende”, analisou ela, que, cada vez mais, tem flertado com o gênero. “Cada vez tem mais espaço para a comédia. Tem muita gente boa, tanto homens como mulheres. Era um espaço mais masculino, mas isso está mudando não só no Brasil. Vejo mais respeito às mulheres como comediantes. É um momento bom no cinema”, analisou.
Apesar disso, Samantha toma cuidado com as mensagens que passa. “Acho que uma ótima maneira de fazermos criticas é através da comédia. Serve pra isso e quando fazemos com humor as pessoas absorvem de maneira melhor. É uma forma colorida de mostrar uma realidade que de repente não é tão colorida. Acho importante esse humor com crítica, não fico a fim de fazer comédia só pela graça, gosto do conteúdo”, defendeu.
Isso ela tem de sobra. Além da comédia, Samantha tem se dedicado ao seu lado musical. “Estou fazendo um show para mim, o ‘Samantha canta’ que quem está dirigindo é o Zé Ricardo. É baseado em um programa do Bis que eu fiz um especial cantando Elis Regina com participação do Criolo e foi muito importante para mim como cantora. É um show baseado nesse programa, mas engloba mais ritmos. O Zé foi quem fez a trilha do meu filme e já estamos ensaiando, levantamos o repertório todo”, contou.
Pois bem, atualmente, Samantha divide seu tempo entre os ensaios desse show e a quarta temporada de “Vai que cola”. Falando de humor com conteúdo, a que ela credita o sucesso do humorístico? “O time, com certeza. A química entre o elenco, equipe, direção, a liberdade que temos, que o canal, por ser a cabo, dá. É diferente de falar na TV aberta. Mas acho que não tem muito segredo, as coisas acontecem ou não. Só que quando temos um time muito bom, como também é o caso do meu filme, é difícil não sair gol”, analisou.
Com tantos trabalhos, Samantha já pensa em fazer mais cinema: “Eu amei, principalmente pelo fato de levar essa história como protagonista, foi muito desafiador”, disse ela, que, casada com um americano, planeja uma carreira internacional. “Penso muito em trabalhar aqui também. A arte é sem fronteiras. Para tocarmos uma pessoa a gente não precisa falar a língua dela, a arte transcende isso. Já estou mexendo meus pauzinhos”, confessou ela. “Era destino, nasci Samantha… amo os Estados Unidos, o profissionalismo, o showbiz. Adoro a conexão Brasil-América”.
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