Exclusivo! Prestes a viver Giuseppe em “Sol Nascente”, João Côrtes não tem medo de estigmas: “Cada trabalho soma”

Foi em um comercial de telefonia móvel que João Côrtes viu sua carreira estourar. Carismático, o ruivinho de apenas 20 anos chamou atenção do grande público e, agora, três anos após aparecer na televisão pela primeira vez, já conquistou um papel para lá de especial. Explicamos: ele será Giuseppe em “Sol Nascente”, a próxima trama das 18h de Walter Negrão, Suzana Pires e Julio Fischer. Mas sua história com a atuação já vem de bem antes: “Eu comecei a fazer teatro com 12 anos, no colégio. Montamos ‘O Pequeno Príncipe’, e, no mesmo ano, fiz meu primeiro musical, ‘A Bela e a Fera’ e uma participação no longa ‘Colegas’, que foi meu primeiro filme de cinema. No ano seguinte e, a partir daí, eu segui fazendo cursos de teatro e montagens de peças e musicais”, lembrou ele.

(Foto: Faya)

“Jesus Cristo Superstar”, “Oh Brother”, “The Tempest”, “Filhos do Brasil”, de Oswaldo Montenegro e “Cyrano de Bergerac” foram só alguns dos roteiros que João viveu nos palcos. Pensa que é só? “Depois, fiz curso de clown e de teatro tradicional e, em 2012, aos 16 anos, comecei na televisão. Só que eu fazia canais fechados e publicidade. No ano seguinte, teve a campanha da Vivo e, paralelamente à ela, fiz outros trabalhos, como a série ‘3 Teresas’, no GNT, ao lado de Denise Fraga, Luis Villaça, Claudia Mello e Enrique Diaz. Aprendi muito por lá. No mesmo ano, também fiz meu primeiro longa, ‘Lascados’ com um personagem maior. Contracenei com Chay Suede, Paloma Bernardi, Guilherme Fontes, Paulo Vilela e muitos outros”, contou ele, que, em 2013, fez sua primeira série na Rede Globo. “Foi maravilhoso integrar o elenco de ‘Os Experientes’, ser dirigido por Fernando Meirelles e atuar com Beatriz Segall. Ela é uma alma linda, cheia de luz, generosa, humilde e, como o título da série já diz, muto experiente. Sou muito grato por ter tido a chance de contracenar com essa dama da sétima arte”, declarou.

De lá para cá vieram a segunda temporada de “3 Teresas”, um episódio de “Vai que cola” e um novo longa, o “To Ryca”. “É uma participação pequena, mas foi muito divertido! Eu interpreto um funcionário do hotel caríssimo em que a personagem de Samantha Schmutz se hospeda durante um mês. ‘To Ryca’ é uma comédia leve, e com um elenco hilário”, adiantou.

Agora, se preparando para viver um grande personagem, que ele define como “um desafio diferente de tudo que já fiz”, João não tem medo de estigmas. “Acredito que cada fase é diferente, e tem algo de novo para me agregar. São experiências. Estou muito ansioso por começar o processo da novela. É desafiador, intrigante, mas muito gostoso! Não tenho medo do estigma do ‘ruivivinho da Vivo’. Fico feliz por ter sido escolhido para uma campanha tão bacana com uma equipe tão forte e competente por trás, e que foi uma parceria duradoura e gostosa, só tenho a agradecer, foi um trabalho maravilhoso, assim como outros que fiz. Só soma”, disse ele, que foi escolhido através de um teste. “Não veio por convite, na verdade foi um teste que fiz, passei, fiz o primeiro filme, e tudo foi se desenvolvendo a partir daí”, lembrou.

João já fazia sucesso nos palcos (Foto: Divulgação)

Convite mesmo foi “Sol Nascente”. “Foi através da produtora de elenco da novela, que me chamou para fazer, me contou que o Walter Negrão conhecia e admirava meu trabalho! Quando li o personagem aceitei na hora”, disse. Não para menos: “Giuseppe é meninão. Tem 17 anos, é da terceira geração de italianos da família De Angeli. É um menino muito alegre, alto-atral, mas muito distraído, avoado, e também muito mulherengo, puxando ao irmão Mario (personagem de Bruno Gagliasso). Ele ajuda na padaria da familia, porém ainda é muito irresponsável, e promete aprontar muita história por aí”, adiantou ele, que garantiu: a química entre o elenco já está a mil. “A preparação está sendo incrível. Já estamos ficando todos próximos, criando laços muito bacanas, o que deixará o processo de gravação ainda melhor”, contou.

Com apenas 20 anos e já tendo passado por teatro, cinema e televisão, João sabe do privilégio que tem. “Cada plataforma traz algo novo, refrescante, um desafio diferente. Para mim, como ator, é muito rico poder observar as diferenças entre cada uma. É minusioso, mas ao mesmo, um abismo entre elas. O ritmo muda, a energia muda. O olhar muda. A voz muda. É um aprendizado imenso poder vivenciar cada coisa”, declarou. E ele ainda tem tempo de se dedicar à música! “Eu canto em uma banda de jazz, chamada 8doBem, ao lado de meu pai, que é músico e maestro, o Derico e outros amigos músicos. Eu amo estar no palco, tocando. A energia é surreal. Isso sempre foi muito presente na minha vida, já que minha família paterna é toda ligada a música e meu pai sempre me guiou pelos caminhos musicais. Está no sangue. Além de cantar, eu toco piano e bateria faz alguns anos”, disse.

A banda 8DoBem (Foto: Divulgação)

Realmente, ele sempre foi artista. “Desde que eu comecei a pensar no que eu gostava de fazer, no que poderia seguir como profissão, não enxergava outro caminho, a não ser o artístico. Minha família inteira é, eu amo arte, sou apaixonado. E não tenho plano B. Com orgulho”, declarou ele, que ainda tem grandes sonhos: “O papel dos meus sonhos é fazer um vilão. Inescrupuloso. Sem dó, sem culpa, completamente louco. Eu gosto muito de desafios. Acredito que quanto mais diferente de mim, mais instigante. Quero conseguir não enxergar o João neles”, afirmou.