Prestes a voltar ao horário nobre da Globo, em “A Dona do Pedaço”, Pedro Carvalho bateu um papo exclusivo com o site HT sobre o seu mais novo papel na TV. Na trama escrita por Walcyr Carrasco, ele irá interpretar Abel, que fará parte do núcleo cômico da história ao lado de grandes nomes da dramaturgia brasileira, como Tonico Pereira, Betty Faria, Marco Nanini, Juliana Paes, Ary Fontoura e Rosi Campos. Sobre o seu personagem, ele declarou: “Eu sempre sou chamado para viver o mocinho ou o vilão e essa experiência será importante para que eu possa me desafiar enquanto ator. Eu me divirto bastante interpretando esse português que se mudou do interior de Portugal para a cidade de São Paulo. Como ele veio de uma cidade pequena do interior, a sua personalidade é mais tradicional, fechada para o novo mundo. Ele é ingênuo e meio bronco, o que acaba rendendo situações bem engraçadas. Na trama, ele será braço direito da Maria da Paz, personagem da Juliana Paes, e se tornará chefe de confeitaria na fábrica dela”.
O ator comentou também sobre o cotidiano das gravações e como tem sido o convívio com os seus colegas de trabalho: “Eu tenho muita sorte de estar em um núcleo com pessoas tão talentosas e acessíveis. Eu acompanho a carreira desses atores desde criança. Nunca imaginei que um dia estaria ao lado deles na televisão. Apesar da minha carreira ser extensa, já fiz mais de 13 novelas, estar aqui com essas lendas da TV brasileira é maravilhoso”.
Essa é a segunda produção escrita por Walcyr Carrasco em que ele participa. A primeira foi em “O Outro Lado do Paraíso”, exibida entre outubro de 2017 e maio de 2018. “É incrível trabalhar com ele. Eu já o conhecia em Portugal, pois as novelas passam lá e possuem uma força muito grande, fazem muito sucesso. Quando ele me chamou para participar de “A Dona do Pedaço” eu fiquei muito feliz. Tenho uma enorme admiração pelo trabalho dele. Dessa vez, a vertente do meu personagem é totalmente diferente, o que mostra que ele gostou de mim. Fico lisonjeado”, disse.
“Eu me formei em arquitetura e em artes cênicas. Cursava os dois ao mesmo tempo, um diurno e outro noturno. Queria ter uma garantia. Caso uma profissão não desse certo, eu teria a outra. Mas a vida acabou se encarregando de colocar a arquitetura como hobbie. Eu sempre fui muito ligado às artes. Meus pais sempre me incentivaram. Esse amor pela interpretação e pelo universo cultural sempre fez parte de mim. Quando chegou a época de decidir o que eu iria fazer, eu decidi seguir esse caminho. São duas áreas que se complementam. Mas a vida soube me guiar. A minha arte é a interpretação e a vida de ator”, afirmou Pedro sobre o seu carinho pela profissão.
Apesar da distância, o ator português diz não se incomodar em viver na ponte aérea entre seus projetos nos dois países. Segundo ele, que nutre uma profunda paixão pelo Brasil, a nossa cultura é muito rica: “Eu me sinto completamente em casa. As pessoas acham que eu sempre morei aqui por causa da minha familiaridade com a língua e as pessoas. Eu adoro o Brasil, a beleza natural aqui é linda. Somos todos irmãos e eu adoro estar aqui”. Pedro ainda opinou sobre a recente onda de brasileiros em direção a Portugal, motivada pela insatisfação popular com os rumos político-econômicos do país: “Logo após o fim de “O Outro Lado do Paraíso”, eu voltei para minha terra e percebi um grande número de brasileiros por lá. Principalmente em Lisboa. Eu sinto como se o Brasil fosse parte de mim e fico muito triste com essa descrença de alguns brasileiros em relação à política. Me entristece quando eu ligo o noticiário e vejo essas notícias. A insatisfação leva ao medo e a imigração. Porém, tenho esperança que as coisas mudem para melhor”.
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