Ora pois, José Fidalgo. Em janeiro, “Deus Salve o Rei” estreia com duplo sotaque português na grade da Globo. Além de Ricardo Pereira, que já é marca registrada de terras lusitanas por aqui, a trama medieval ainda apresenta José Fidalgo. O ator, que é de Lisboa, será Constantino, um duque em busca de um objetivo muito claro, porém misterioso, na próxima novela das 19h. De acordo com José, este desejo do personagem será a resposta de muitas questões da história de Daniel Adjafre. “Ele vem com um objetivo muito claro que é partir para uma conquista. E esta é uma vontade muito ambiciosa que exige que ele estude bem o terreno onde pisa e as fraquezas de cada reino”, adiantou.
Sem dar grandes detalhes, José Fidalgo garantiu que seu personagem irá movimentar a trama. Mas, para que tudo tenha um desfecho positivo a partir de nove de janeiro, quando “Deus Salve o Rei” estreia na programação da Globo, o português comentou o intenso processo de imersão no personagem. “Nós tivemos uma preparação que uniu todo o grupo de atores e também pessoas da produção que quiseram participar. Isso foi muito bom, porque depois garantiu uma sintonia no projeto como um todo”, contou José que, na preparação, teve aulas de coreografia de lutas – que, inclusive, continuarão mesmo após a estreia. “Nós fomos descobrindo experiências novas dentro de nós que abriram horizontes para o personagem”, acrescentou.
Outro elemento que ganhou novo conceito na vida de José Fidalgo foi a forma de falar. Em “Deus Salve o Rei”, o sotaque lusitano aparece um pouco diferente de quando o ator chegou por aqui. De acordo com ele, a direção da novela lhe deu liberdade para escolher como o personagem se comunicaria. E o resultado foi uma mistura certeira. “Eu achei um brasileiro que é muito meu. Na novela, eu encontrei um sotaque único que garante que as pessoas vão entender o que eu estou falando, mas sem perder a minha origem portuguesa”, explicou José que, neste sentindo, afirmou não ter combinado nada com Ricardo Pereira, seu companheiro de elenco lusitano. “Eu fui ouvindo o Ricardo e todas as outras pessoas que cruzaram meu caminho para ir construindo essa maneira de falar, mas sem copiar nada. Para mim, esta precisa ser uma das principais habilidades de um ator. A gente precisa saber ouvir, filtrar e observar o mundo”, apontou.
Desta troca entre Brasil e Portugal, José contou ainda como foi ver a realidade tupiniquim sobre o que sempre acompanhou na ficção. Segundo o ator, embora esta seja sua primeira novela por aqui, a arte brasileira faz parte de sua vida pessoal e profissional há muito tempo – mesmo que do outro lado do Atlântico. “Portugal assiste à cultura brasileira há cerca de 30 anos. Lá, nós temos a perfeita noção do que é o Brasil enquanto arte, seja na televisão, teatro, cinema ou música”, disse o ator que foi só alegrias quando chegou por aqui. “Eu não me decepcionei com nada e em nenhum momento. O que eu percebi foram diferenças culturais que existem, mas estão sendo muito boas de descobrir. Afinal, só o idioma é o mesmo. A atitude com o outro, a forma como vocês vivem e a cultura são totalmente diferentes”, analisou o ator que, para depois da novela, já tem dois trabalhos em Portugal.
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