Em editorial exclusivo na Grande Rio, Monique Alfradique fala sobre humor e carnaval: “Vibração e energia tão boas que eu tenho que estar perto!”


A atriz revelou, ainda, os planos para depois de “A regra de jogo”, disse que quer investir em produção e contou que não pretende largar a comédia tão cedo. “É tão – se não mais – difícil do que o drama. O ator que faz comédia faz drama, mas nem todos que fazem drama fazem comédia. É tênue o limite para não ficar gaiato”

Evoé, Momo! “Somos muito bem tratados aqui na Grande Rio. O pessoal da escola é muito receptivo, o carinho é enorme. Isso independe de ser atriz da Globo, funcionário ou ter qualquer cargo. Gosto do carnaval porque tem isso de as pessoas serem felizes por estarem aqui. Tem toda uma vibração no entorno de vestir a camisa”. Essas foram as palavras de Monique Alfradique durante um ensaio exclusivo para o site HT no barracão da Grande Rio, na Cidade do Samba, escola em que sairá como musa esse ano. E o tema do nosso editorial não poderia ser outro: a alegria do Carnaval. Em fotos de Alex Santana, styling de Anderson Vescah e beleza de Mary Saavedra, Monique posou entre os carros alegóricos, fantasias e adereços com todo o brilho da folia mais brasileira que existe. “Eu adoro estar aqui. Amo carnaval. Decidi desfilar assim este ano: fui em uma festa da Grande Rio, não ia sair, tudo certo. Aí me chamaram para dar uma sambada e a Paloma (Bernardi, rainha da bateria) me perguntou se eu ia desfilar esse ano. Quando eu disse que não sabia ela me puxou para o meio da roda da bateria e eu sambei muito. Quando saí dali falei: ‘De onde eu tirei que estava em dúvida? Estou louca!’. Eu sou do carnaval, não tem jeito”, declarou.

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Vestido vermelho longo Karamello (R$ 399,00) l Brinco Tereza Xavier diamantes granada mandarim (preço sob consulta) l Anel Tereza Xavier granada mandarim e diamantes (preço sob consulta) l Anel Tereza Xavier citrino e diamante (preço sob consulta) | Foto: Alex Santana

É mesmo: o brilho nos olhos não nega o prazer que ela tem de falar da festa. Mas Monique pretende ter mais do que apenas um par de olhos brilhantes na Avenida. “Não influenciei em nada na fantasia, só pedi muito brilho”, brincou. E o que pode adiantar, Monique? “Só digo que o nome é ‘sol e mar’. É tudo que eu posso contar. Só fiz uma prova até hoje, na primeira semana de janeiro. Mas estou muito ansiosa”, confessou. Nascida em Niterói, ela contou que a família toda adora cair no samba. “Meus tios integraram a bateria da Viradouro e eu frequentei demais a quadra. Cheguei a ser rainha da bateria em 2012. A minha família é muito animada, carnavalesca e todos me cobram para desfilar todo ano. Eles se divertem”, contou, aos risos. Da época da Viradouro, só guarda boas lembranças. “Niterói é Viradouro, né? Quando eu desfilei ainda era acesso, não era Grupo Especial. Tive um ano de intervalo do carnaval e, depois, a Grande Rio me convidou. Desfilei no carro e quis chão. É outra coisa. Você sente a Avenida, a plateia, precisa de uma resistência e tanto. Mas é um cansaço muito bom! Eu saí do ensaio técnico, na semana passada, e foi tão rápido que quando entrei na van nem vi que já tinha acabado, queria entrar de novo. A rainha de bateria é a que curte mais, porque fica a escola inteira. Nós do chão ou do carro passamos 20 minutos na Avenida. É um tempo curto”, disse. E qual é a escola do coração hoje? “A Grande Rio. Ficamos tanto tempo aqui que pegamos um carinho. Mas a Viradouro também sempre vai ter um espaço enorme no meu coração”, garantiu.

Como atriz, ela confessou: gosta de entender a história dramatúrgica por trás do enredo da escola. “Sem dúvida há um pouco de teatro no carnaval. Eu decoro o samba enredo, me envolvo, quero saber a letra, converso com a plateia no sentido da música na Avenida. Até por que o carnaval é uma festa que move muita gente e gera trabalhos. Muitas pessoas vivem dessa festa, tem uns que fazem só por amor. É uma vibração e energia tão boas que eu tenho que estar perto”, declarou.

E, falando em estar perto, na época do carnaval muitas polêmicas surgem na mídia a respeito das rainhas de bateria que não frequentam a comunidade. Qual a opinião de Monique? “A comunidade cobra, né. E com razão. A rainha está ali para representar. Eu, quando era rainha, ia em tudo. Lembro que eu estava gravando ‘Fina estampa’ na época e saía do estúdio depois de cenas de emoção, tristes. Por um lado até me ajudava, porque eu ia para lá e tinha que estar feliz e sambando. Ia com a energia baixa e voltava para casa com um sorriso enorme”, lembrou. Sem rivalidade no carnaval (“isso não existe para mim”), Monique riu ao ser perguntada sobre o que é mais importante na Avenida: sorriso, samba no pé ou corpo em dia? “Os três!”. Mas e as rainhas que não sambam tanto assim? “Ah, sempre tem uma galera que dá uma enganadinha. Segura no carão e tudo bem”, disse, cheia de humor.

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Vestido Mabel Magalhães para Lutsy (R$ 2.363,00) l Brinco Tereza Xavier diamantes safiras e esmeraldas (preço sob consulta) l Anel Tereza Xavier água marinha e diamantes (preço sob consulta) l Sandália Schutz (R$ 360,00) l Fascinator caravela de Denis Linhares (R$1.500,00) | Foto: Alex Santana

Para o corpo em dia, Monique revelou que tem segurado a alimentação e treinado bastante para estar (ainda mais) bonita na Avenida. “Estou total no projeto Carnaval. Já tenho alimentação equilibrada, como direitinho de segunda a sexta e final de semana eu abro mão. Agora, nem isso. Cortei total doce e álcool da minha vida. A academia eu sempre frequentei, mas o treino mudou bastante também”, contou. E o que ela quer mudar no corpão? “Não quero emagrecer, mas definir mais. Diminuir gordura e aumentar a massa magra. Sou muito disciplinada”, ressaltou ela, que garantiu: é uma “formiga” assumida. “Dia 14 de fevereiro, eu vou comer um petit gateau! Eu amo doce. É o mais difícil para mim. Mas treinar e me alimentar certo e ver o corpo mudando dá um incentivo e é o que me faz segurar”, ensinou.

Contracenando direto com Cris Vianna, um dos principais nomes no carnaval e atual rainha da bateria da Imperatriz Leopoldinense, Monique revelou que o clima nos bastidores de “A regra do jogo” é de folia. “Trocamos bastante informação sobre carnaval. Ela é rainha e tem muito mais função do que eu. É bem diferente. Eu levo a sério como tudo na vida, mas estou lá me divertindo. A Cris é do carnaval, né? Eu não peço muitas dicas, mas a gente fala bastante de Passarela do Samba e quadra”, entregou.

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Blusa cropped de renda Fabulous Agilità (R$ 2.139,00) l Calça jeans Levi’s High Rise Skinny (R$ 209,90) l Brinco Tereza Xavier asa de diamantes granada mandarim (preço sob consulta) l Anel Tereza Xavier citrino e diamantes (preço sob consulta) l Sandália prata Schutz (R$ 490,00) | Foto: Alex Santana

Aliás, falando em “A regra do jogo”, Monique é só elogios à trama de João Emanuel Carneiro. “O texto é divertido, inteligente, irônico. Ao mesmo tempo, com a direção da Amora (Mautner) e da equipe, ficamos livres em cena. Às vezes, nem precisa de improviso, porque o texto é redondo, as situações já são engraçadas”, analisou. Se sua Tina é parte do núcleo de humor, a história da patricinha que se muda para a favela é, no fundo, um drama. “A Tina é uma personagem muito contemporânea que retrata uma menina que teve tudo na infância, quis ser estilista, estudou em boa faculdade, se formou mas não conseguiu entrar no mercado de trabalho. Aí surgiu o lado intransigente dela de que se não conseguiu o que queria, prefere não trabalhar. Nisso somos completamente diferentes, porque se fosse eu já tinha me virado em outra coisa. Mas ela e o marido Rui (Bruno Mazzeo) acabaram perdendo tudo. É de fato o que vivemos hoje, de se adaptar à realidade. É se virar com o que tem para evoluir”, refletiu ela, que acredita na função social de sua personagem. “Ela representa os jovens que têm diploma, mas não conseguem trabalhar de fato no que querem. Acabei de gravar uma cena na qual ela virou camelô. É se virar da forma que pode e acreditar que felicidade não é estado pleno. Você experimenta momentos de felicidade na vida e quando vem um desastre, tem que se virar. O humor da Tina vem daí e também a identificação das pessoas”, disse.

E de humor ela entende. Depois de muitos papéis dramáticos, a atriz decidiu mergulhar fundo no gênero. “Eu sou muito de energia, sabe? Vinha de muito drama e queria mudar isso. Aí, eu fui fazer a peça ‘Qualquer gato vira-lata tem uma vida sexual mais sadia do que a nossa’ e foi maravilhoso. Muita gente não tinha ideia que eu fazia humor e saía do teatro falando”, contou ela, que volta com a peça em uma nova temporada após o final da novela. “Na verdade é um plano antigo. Mas, quando íamos para outra temporada em São Paulo, surgiu a oportunidade de eu fazer a série ‘#PartiuShopping’ no Multishow. Era um trabalho muito novo, que misturava teatro e televisão e tinha muito improviso. A Perla, minha personagem, era uma perua que me inspirei na personagem da Sofia Vergara em ‘Modern Family’. Ela tinha uma coisa mais latina. Era muito bacana com retorno imediato, já que não deixava de ser uma peça de teatro, mas estava sendo gravada. Foi muito diferente de tudo. A Nany People virou minha amiga até hoje. Ela tem uma facilidade do humor, do stand up, disso que vai saindo sem precisar pensar. O Tom Cavalcante, que é um mestre, um cara que me incentivou muito, me deu conselhos e é um amigão que carrego para sempre. Já no final das gravações da série foi que surgiu o teste para Tina”, lembrou. Na verdade, o teste era para um papel dramático, mas Monique colocou algo de humor e a direção optou por experimentá-la na personagem. A transição para a comédia foi uma realização. “É aquela coisa da busca, mesmo, sabe? É um movimento que tem que fazer. Nenhum personagem cai do céu. Tem que ter foco, trabalhar por fora”, destacou.

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Blusa jeans Levi’s (R$ 239,90) l Colete Cavalera (R$229,00) l Saia Fabiana Milazzo (preço sob consulta) l Colar Vanessa Lana (preço sob consulta) l Sapato Ana Barroso para Lutsy (R$ 498,00) l Fascinator Denis Linhares (R$300,00) | Foto: Alex Santana

E Monique pretende continuar nesse caminho. “Estou amando muito. O retorno que tenho é bacana, as pessoas estão gostando e isso é fundamental para mim. No humor, você aceita a realidade e transcende ela, porque já entendeu a situação ruim, mas faz graça daquilo. É inteligência cômica. Eu sou muito bem-humorada na vida. Mais positiva que negativa. Não que seja feliz com qualquer coisa, mas tento achar solução, resolver meus problemas. Não fico remoendo nem coloco em ciladas. Sou otimista”, disse ela, que, apesar do mergulho profundo, não se considera uma humorista. “Sou uma atriz que faz comédia, cômica. Eu gosto do humor, ele dá energia, tem um retorno imediato. Principalmente no teatro, que o público só ri se gosta. Na televisão, eu sinto pela abordagem nas ruas. É prazeroso saber que eu provoco o riso, um momento de felicidade ali”, comemorou. Apesar disso, ela sabe: o humor ainda é desprestigiado. “Na televisão é diferente do teatro, mas há sempre a função do respiro, do alívio. O humor é menos reconhecido na função da carreira do ator, mesmo eu fazendo com tanta verdade e tendo tanto retorno como em um papel de drama. É tão difícil fazer o outro rir de fato, no tempo certo. É tão – se não mais – difícil do que o drama. O ator que faz comedia faz drama, mas nem todos que fazem drama fazem comédia. É complicado e tênue esse limite de não ficar gaiato, acertar o ponto, a veracidade da situação”, defendeu.

E o que vem para sua Tina agora, Monique? “Teve a troca de casais, né. Ela teve que se adaptar na Macaca. A admiração pelo marido foi minando e isso é a base de qualquer relação. Aí veio o Oziel (Fábio Lago), que fazia tudo por ela, que ela viu que cresceu ali dentro, veio do nada, conseguiu se virar. Ela se envolveu. Agora, tenta conquistar ele. Na cabeça da Tina, o Oziel gosta de meninas que vivem ali, se vestem daquele jeito. Aí ela começa a mudar o visual. Vou aparecer de top, shortinho jeans, cabelo frisado. A Tina já fez essa mudança antes, quando ainda estava com o Rui, mas, agora, é de fato para se manter nesse relacionamento que, na cabeça dela, admiração vai vir pelo físico”, adiantou. Como a Tina, será que a Monique já mudou por uma paixão? “Acho que ninguém muda radicalmente por uma relação, mas tenta melhora alguns pontos, sim. Em qualquer relação, amor ou amizade, para seguir junto”, disse.

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Macaquinho Leader (R$ 99,00) l Capa Traquinage (R$490,00) l Anel Tereza Xavier citrino e diamantes (preço sob consulta) l Cartola Denis Linhares (R$700,00) | Foto: Alex Santana

Falando da Tina e da intransigência em relação à carreira, é impossível não comparar com a instabilidade da vida de um ator. “Essa carreira é totalmente instável mesmo. Mas nunca pensei em plano B. Eu tenho os meus projetos, corro atrás das coisas, formo grupos, esse é o meu plano B, no caso. A novela está terminando e como eu não tinha conseguido fazer o ‘Qualquer gato vira-lata’ em São Paulo, corri atrás do meu produtor para irmos agora. E ainda pretendo entrar nesse meio. Aliás, esse é um projeto meu para 2016: fazer cursos de produção”, confessou ela, que sabe do movimento dos atores nesse caminho. “Acho superpositivo, porque as pessoas começam a fazer projetos que realmente querem e mostrar, de fato, o que querem que os outros conheçam de seu trabalho”, analisou.

Apaixonada por interpretação desde nova, ela nunca teve dúvidas de que seria atriz. A única artista da família, aliás. “Sempre quis ser atriz desde que descobri que isso era uma profissão. Comecei a fazer teatro muito nova. Eu fazia cursinhos porque, na minha cabeça aos 9 anos, eram brincadeiras que me estimulavam e que não tinham na escola, no meu prédio. Isso me interessava muito. Quando eu montei meu primeiro espetáculo com 10 anos, que era um infantil, fiquei em cartaz no teatro Abel, em Niterói, e recebi por aquilo entendi que era profissão e quis investir. Para mim foi muito mais fácil, porque comecei a focar. Lógico que tudo no seu tempo, mas com o apoio dos meus pais eu consegui me voltar para aquele objetivo, aos poucos”, destacou ela, que chegou a fazer um período da faculdade de Artes Dramáticas. “Na época, recebi o convite para a novela ‘A lua me disse’. Era a minha primeira trama com um papel bacana e personagem maior. Lembro que fiquei encantada, porque era com Aracy Balabanian, Débora Bloch, Maitê Proença. Então, tranquei a faculdade e não consegui voltar mais, graças a Deus por um lado. Mas o teatro sempre fez parte da minha vida”, declarou.

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Macacão Fernando Cozendey (R$ 1.000,00) l Sandália Schutz (R$ 410,00) l Luva Empório Armani (acervo pessoal) l Cabeça Eduardo Laurino (R$ 350,00) | Foto: Alex Santana

Não à toa, já que a carreira começou nos palcos. “E eu sempre tento voltar. Todos os meios se complementam, mas o teatro é o lugar do ator. O trabalho nos palcos é do ator como um todo. Quem escolhe o que vai ver é o publico, que, se quiser olhar para sua mão ao invés de para quem está falando, vai olhar. É completo demais e dá oportunidade de aprimorar o personagem durante a temporada inteira. No ‘Qualquer gato vira-lata’ tinham coisas que eu descobri muito depois e pensava: ‘caramba, estava perdendo isso que é bacana’. É conseguir aprimorar o mesmo personagem, com o mesmo texto e com a energia do público. Gosto desse desafio e adoro a rotina do teatro de chegar antes, concentrar, o frio na barriga”, assumiu ela.

E até a Tina veio por conta do teatro! “Eu comecei a fazer o ‘Qualquer gato vira-lata’, porque estava querendo entrar no humor já há um tempo. Precisava de desafios, sair da zona de conforto. Fiz uma série no Multishow, ‘A segunda vez’, com o Marcos Palmeira, eu era garota de programa, um personagem transgressor e um universo totalmente diferente do meu. Tinham cenas fortes, de nudez, que eu não tinha feito ate então. Eu fui buscar a verdade dessas meninas, fiz um laboratório bacana, fui nas casas das garotas de programa, conversei com elas, mais buscando a história da Luísa, minha personagem, que estava nesse mundo para conseguir pagar a faculdade. E aí descobri que tem muitas ‘Luísas’. Como capto muita energia, principalmente dos personagens, terminei essa série com uma carga pesada. Se é um papel mais difícil, eu fico mais quieta, mais fechada. Senti que comecei a entrar muito nisso, até porque já tinha vindo de um drama na novela das oito. Já estava vindo nesse campo nebuloso e decidi investir na comédia”, lembrou.

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Vestido Barbara Bella (preço sob consulta) l Luva Casa Alberto (R$ 280,00) l Brinco Tereza Xavier asa diamantes granada mandarim (preço sob consulta) l Anel Tereza Xavier citrino e diamantes (preço sob consulta) l Sandália Lace Up gold Arezzo (R$ 259,90) l Casquete Eduardo Laurino (R$ 350,00) | Foto: Alex Santana

Energia, aliás, é algo em que acredita veementemente. Prova disso é que, a cada novo personagem, Monique escolhe um perfume e um signo. “Eu sempre sento, escrevo a história, crio as situações da infância. Faço caderno de colagens. Nesse processo, sempre escolho um signo e um perfume, porque cheiro é algo que me transporta. E é só para mim, mesmo, porque não chega pela televisão. Mas faço sempre, em TV, teatro, cinema. O da Tina é um da marca Chloé. Escolho conforme índole, classe social e coloco sempre antes de entrar em cena. Se é patricinha e tinha condição de comprar perfume legal, escolho esses de marca. Já fui uma vedete e usava alfazema, que era um perfume antigo. Eu não gostava do cheiro, mas era bom, porque me colocava no lugar que eu deveria estar. Me ajuda em cena”, explicou.

Outro elemento que usa para compor seus personagens é a moda. “Diz muito da personalidade. A Tina está de cabelo frisado, top, shortinho, mas usa scarpin, sabe? O que mostra que ela ainda não perdeu aquela patricinha”, ressaltou. E a Monique, como usa a moda? “Eu amo. Não sigo tudo, até porque tenho 1,60 metro e nem tudo que é bonito na passarela é em mim. Tem que adaptar. Tem coisas lindas que em mim não funcionam. Nós temos que entender nosso estilo”, disse. E ela define o seu como “clássica com pitadas rock”. “Gosto de acompanhar e saber o que está em alta, mas não necessariamente sigo. Eu tento fugir do que meus personagens usam. Eu usava strappy bra antes da Tina. Mas ela usa tanto que eu me sentia na personagem quando vestia”, entregou.

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Vestido Barbara Bella (preço sob consulta) l Luva Casa Alberto (R$ 280,00) l Brinco Tereza Xavier asa diamantes granada mandarim (preço sob consulta) l Anel Tereza Xavier granada mandarim e diamantes (preço sob consulta) l Casquete Eduardo Laurino (R$ 350,00) | Foto: Alex Santana

Porém, ela sempre dá um “presente” para seus personagens que possa guardar depois. “Para a Tina, eu dei um brinco de brilho e três colares. Eu gosto de ter algo do personagem depois, sabe? Eu sinto que o personagem existe mesmo. Você dá vida a alguém que existe de fato. É quase uma amizade intensa e, depois, você não vê mais”, disse ela, que, apesar disso, não se considera nostálgica. Perto do fim da novela, declarou: “Me despedir de uma personagem é uma amizade que levei por oito meses e acaba. Vou ter que arranjar outra melhor amiga”, definiu. E nós vamos ter muitas amigas personificadas em Monique. Ainda bem.

Créditos:
Foto: Alex Santana
Styling: Anderson Vescah
Beleza: Mary Saavedra
Tratamento de imagem: Octavio Duarte

Agradecimentos:
Grande Rio
Liège Monteiro e Luiz Fernando Coutinho
Ju Mattoni Comunicação

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